Smart Girls.

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  P. O. V. Frank

   Analiso as roupas femininas da sessão infantil, minhas bochechas doem de tanto sorrir. Gerard reclama estar cansado e com fome desde que chegamos, isso porque nós viemos de uma lanchonete agora pouco.

    — Bem vindos, senhores. Eu posso ajudar? — Um atendente surge do além sorrindo.

    — Sim, vocês com certeza devem ter roupinhas de bebês não é? É que eu vou ter gêmeas e queria ver algumas coisas. — Digo orgulho olhando Gerard e ele revira os olhos suspirando e cruzando os braços.

     — Incrível! — O homem parece fingir animação. — Tem uma sessão perfeita, me acompanhem.

      Sigo o homem e depois de escolher por muitas roupas e algumas fantasias para o o Halloween, compro alguns acessórios, sapatinhos e chapéus, compro quase a loja inteira e Gerard me condena dizendo que as meninas não vão ser bebês pra sempre.

     No final eu saio com o necessário e contente, eu liguei pra uma empresa de reformar quartos e eles estão à caminho do meu apartamento.

      — Sabe, não querendo cortar toda a sua empolgação, mas bebês não são as coisas mais lindas do mundos. — Ele diz mexendo no celular enquanto dirijo.

      — Claro que são, ser pai deve ser incrível. Será que elas vão parecer comigo?

     — Será que eu vou desmaiar de fome?

     — Mas você acabou de comer. — Digo virando a rua com o carro.

     — Não culpe as suas filhas por estarem famintas. — Ele enfatiza o fato de serem minhas filhas.

     Faço como ele quer e compro algo pra ele comer, Gerard vai acabar virando uma bolinha. Ele concordou em voltar a morar comigo, mas com a condição de que a nossa relação não pode ser discutida.

     Quando chego na entrada do apartamento, encontro Dallon com um celular na mão e instantaneamente o meu toca. Paro o carro e Gerard sorri sem tirar os olhos do aparelho, deve estar felizinho com tudo isso.

     — Eu estava tentando te ligar. — Ele diz enquanto saio do carro.

     — É, eu estive um pouco... Ocupado. — Digo me aproximando.

     — Tá acontecendo alguma coisa? — Dan guarda o celular e se aproxima cruzando os braços.

    Me preparo emocionalmente e talvez fisicamente para contar à ele, contar que eu menti quando disse que não sentia nada pelo Gee, contar que eu posso ter confundido meus sentimentos e me desculpar por tudo isso.

      — Na verdade, tá sim. — Digo e ele balança a cabeça abrindo um sorriso indignado.

      — Eu sabia, não deveria nem ter vindo aqui. Quem é?

      — Adivinha. — Gerard grita estupidamente do carro e suspiro nervoso.

      — Como eu fui... Idiota. Aproveita sua vida e sua famíliazinha que você tanto ama, Frank. — Dallon sai andando e fuzilo Gee com os olhos.

     — Por que fez isso? — Volto para o carro nervoso e dirijo até o estacionamento.

     — Eu costumo ser bastante sincero, sabe? — Ele diz cínico.

     Ao que entramos em casa, fecho a porta ainda bravo por minutos antes. Gerard foi insensível com Dallon, ele não tinha que ter dito nada. Guardo as chaves do carro e sigo pra cozinha bebendo água gelada.

It's My Baby - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora