I'ts Dangerous.

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   P. O. V. Frank

    Penso em mil coisas, mas todas elas se voltam na inicial. Gerard.
    Abaixo meus olhos encarando o garoto de programa, que me chupa com a maior agilidade do mundo, simplesmente por estar sendo pago por isso.
    Seguro seus fios de cabelo e forço mais seu rosto contra mim, sentindo o fundo de sua garganta enquanto imagino outra pessoa ali.
    Tudo perfeito até a droga do som da porta estragar o clima, o garoto não para os movimentos e puxo seus cabelos afastando sua boca do meu pau.

   — Espera aqui. — Digo levantando a calça e fechando com dificuldade.

     Me dirijo até a porta e abro sem paciência. Não escondo a minha surpresa ao ver ele e arqueio uma sobrancelha:

     — Veio buscar suas coisas tão cedo. — Digo e ele ri passando por mim.

      — Não, na verdade eu tenho uma surpresa pra você. — Gerard para e se vira à mim abrindo um misterioso sorriso.

     Quando ele abre a boca pra me dizer, o garoto aparece no cômodo com cara de tédio e eu perco a cor, que droga ele está fazendo? E ainda por cima eu esqueci do fato de eu ainda estar duro, que infeliz descuido.
     Gerard ri ao perceber a situação e cruza os braços ainda com o sorriso divertido.

     — Oh, estou atrapalhando?

     — Não, de jeito nenhum. — Digo pegando minha carteira e retirando dinheiro. — Já pode ir embora... Jaspion?

      — Jason. — O garoto corrige revirando os olhos e pega o dinheiro saindo.

    Assim que escutamos o barulho da porta bater, o ômega cai na gargalhada e cruzo os braços sem entender a graça.

    
     — Veio pra rir da minha cara ou o quê?

     Minha pergunta lhe dá noção e ele para de rir com a expressão ainda alegre, alguma coisa me diz que esse sorriso brevemente vai me contagiar com essa tal "surpresa".

     — Tá, desculpa. — Ele coloca uma mão sobre a barriga e fica mais sério. — Eu vou ter seus dois bebês.

   Meus ouvidos me enganam? Gerard está mesmo cedendo ao meu pedido?
   Sorrio mesmo sem confirmação e ele também, eu vou ser pai em três meses. É real e oficial, papai de primeira viagem, eu não acredito.

    
    — E eu vou querer o do... — Gerard para de falar ficando pasmo. — Eu... — Ele coloca as mãos na barriga e me preocupo me aproximando.

    — Gee?

    — Tá mexendo, eu... Eu sinto. — Ele pega a minha mão colocando sobre sua barriga.

    Algo se mexe contra a minha mão, meu coração derrete ao sentir provavelmente um pé ou mão de um dos bebês. Gerard está apavorado, ele travou desde que começou a sentir os bebês e minha vontade é rir de sua cara assim como ele fez comigo agora a pouco.
    Sorrio feito bobo com a barriga e logo Way me olha com certa preocupação nos olhos.

    
    — Posso me mexer agora? — Ele pergunta cauteloso e rio afirmando.

   — Pode agir normalmente quando o bebê mexer, provavelmente ele só está feliz de ter o papai por perto. — Digo me gabando ainda sem tirar as mãos de sua barriga.

   — Eles parecem vermes na barriga, sem ofensa. — Gerard diz e coloca a mão por cima da minha. — Como eu estava dizendo, quero o dobro do combinado.

     O ômega volta a sorrir e balanço a cabeça sorrindo junto, ele não perde a oportunidade de ganhar com isso.


 
   (...)

  
 
    Chego em casa sentindo meus pés doerem de cansaço, ao entrar eu deixo meu casaco próximo à entrada. Escuto uma música alta acompanhada da voz de Gerard e suspiro me preparando pra ter que aguentar isso a noite inteira.
    Entro na sala e ele está com um microfone jogando um jogo que ele tirou de sei lá onde, Gerard cantando desafinado é péssimo.
    Noto uma touca térmica na sua cabeça e ele me fita parando de cantar, tento imaginar o que ele esconde atrás da touca e ele se afasta subitamente largando o microfone.

  
   — F-Frank, chegou cedo. — Ele força um sorriso.

    — O que tá fazendo no cabelo?

    — Só descolorindo a raiz, sabe, eu não tenho cabelo vermelho naturalmente. — Gerard diz e cruzo os braços.

    — Isso vai prejudicar os bebês, tem química? — Me aproximo dele e Gerard se encolhe assentindo. — Vamos tirar agora.

    Levo ele até o banheiro e ligo o chuveiro colocando Gerard debaixo dele, ainda com roupas. O ruivo resmunga e pede pra soltar ele, mas não desligo até toda aquela coisa sair do cabelo dele.
    Saio do banheiro o deixando pra tomar banho e vou até a cozinha preparar algo pra minha barriga que ronca de fome.
    Termino meu breve sanduíche e volto para o quarto, Gerard deitado com cobertas sobre o corpo.

     — Gee, você quer um...

     — Isso é uma droga, eu não posso fazer nada! — Ele grita sem se virar pra mim.

     — Não é bem assim, você só não pode fazer coisas perigosas.

     — E o que eu posso fazer, Frank? — Gerard se senta e me olha nervoso. — Ficar deitado o resto dos três meses até dar a luz aos seus filhos?

      — Eu marquei Yoga para grávidos, e você também pode caminhar, ler um livro, desenhar, sei lá. — Digo já sem idéias.

    Gerard se levanta revirando os olhos e só então percebo que ele está com o meu roupão, ele percebe minha frustração e sorri provocando.

     — Que foi, tá com ciúmes das suas coisas? — O ômega perguntas se aproximando. — Quer que eu tire?

   Way morde o lábio inferior e pisca pra mim, me deixando ligeiramente hipnotizado.
   Curvo os lábios num sorriso, por que sua boca me parece tão convidativa? E seus olhos quase me implorando por um toque.
   Gerard abre o roupão e retira ele lentamente do corpo, revelando seu torso nu. Em milésimos de segundos eu sinto um calor intenso percorrer por meu rosto e corpo, principalmente no momento em que ele retira a peça por completo e mostra seu corpo nu e atrativo. O ômega desvia da peça no chão e se aproxima me deixando mais eufórico, ao que ele se aproxima, pego sua mão bruscamente a puxando e grudando seu corpo no meu.
     Ele ri. Eu deixaria passar, isso se ele não se afastasse no mesmo momento:

  
    — Olha só, ele ficou todo excitado. — Gerard me provoca voltando pra cama ainda sem roupas. — Infelizmente não vai rolar nada, isso é perigoso para os bebês.

    — Ei, isso não afeta os bebês. — Digo com indignação me dirigindo à cama.

     — Nem nada do que eu faço, agora me deixa em paz que eu tô cansado.

     Esperto, agora ele vai ficar me provocando e depois jogando na minha cara. Ele não sabe que não pode falar assim com um alfa?

    
      — Tudo bem. Pelo menos os bebês estão seguros. — Digo fingindo contentamento.

   


   

It's My Baby - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora