All i want.

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   P. O. V. Gerard

    

Danço em sincronia com as luzes coloridas do lugar, a batida da música me faz entrar em puro êxtase. O álcool nas minhas veias me dão toda a coragem que eu preciso pra chegar no homem gato dançando próximo a mim, eu me aproximo como quem não quer nada.

     Em questão de segundos nós já estamos dançando grudados, sussurro algumas coisas pervertidas em seu ouvido e ele segura a minha mão, me tirando daquela festa. Passamos a nos beijar a partir da saída do lugar, onde outros casais se pegam descaradamente.

    Ele me põe contra a parede e morde o lábio sorrindo e aproximando o rosto do meu ouvido.

     — Você tem um cheiro muito bom. — Ele sussurra e sorrio fechando os olhos.

     — Verdade?

     — Sim. Um cheiro... Infantil, como de um bebê. — Ele diz e abro os olhos o empurrado.

     — Imbecil. — Saio dali e ele fica sem entender.

     Meus hormônios ainda estão afetados por conta da gravidez recente, pior é o meu aroma, eu devo ter cheiro de mãe agora.

      Volto para o hotel triste e sem sexo, parece que vai ser bem difícil voltar ao meu cotidiano, se o cara sempre dizer a mesma coisa eu vou acabar virando assexual. Entro no meu lar temporário e me jogo diretamente na cama, amaldiçoando meu cheiro e minha cabeça, que parece ter ficado no apartamento do Frank.

     Cherry e Lily se parecem um pouco com o Frank, não tanto já que elas tem cara de nada, igual todo bebê. Será que elas vão se parecer um pouco comigo? Um traço meu?

      Espera, mas o que isso importa? Droga, por que eu tô pensando nelas? Eu não sou pai delas, aliás estou feliz de não ter que estar trocando fraldas agora.

      Fecho os olhos com força e logo acabo dormindo.
   

    (...)

    
      Hoje eu acordei motivado a escolher o meu apartamento, o mais luxuoso vai ser o escolhido. Bebê nenhum vai ficar na minha cabeça hoje, não quero saber de nada delas, eu só quero o meu apê.

      Mais uma vez eu me encontro prestes a bater na porta dele, por que eu sinto esse nervosismo sempre que estou prestes a bater nessa porta? Eu hein.

      A porta se abre e Frank abre a porta com uma das gêmeas no braço, seu olhar cansado com a menina berrando nos nossos ouvidos me dá até certa pena dele.

      — Entra. — Ele dá espaço e assim o faço, notando a casa um pouco desorganizada. — Não repara na bagunça, não consegui fazer nada já que a Lily chora o tempo inteiro e não quer sair do colo.

      — Talvez ela esteja entediada. — Sugiro e ele ri.

       — Não é isso, acho que são as cólicas. — Ele diz e suspira.

       — Eu tô atrapalhando? — Pergunto me sentando no sofá.

       — Não, é só que... Minha mãe me ligou dizendo que estava chegando hoje, ela sempre faz isso, avisa de última hora.

       — Bert não vai vir te ajudar? — Pergunto e ele nega.

        — Pedi que ele não viesse hoje, minha mãe ficaria me fazendo perguntas e enchendo Bert com isso e aquilo. — Ele  diz e maneio a cabeça confirmando.

       A mãe do Frank tá vindo e provavelmente vai ficar enchendo o saco como sempre fez, pelo menos dessa vez não vou ser obrigado a suportar ela todo dia como antes.

It's My Baby - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora