Die With Your Family.

301 28 36
                                    

  P. O. V. Gerard

   Frank só pode ser um cabeça de girino. Como ele aceita seus pais depois de eles terem sido totalmente homofóbicos com ele? Eu não digo mais nada, é só uma visita, eu vou me esconder no quarto e fingir que não existo, simples.
    Frank sai pra trabalhar e levanto super disposto e alegre, coloco meu shorts mais curto e meu cropped ainda me sentindo "gostoso" enquanto não ganho uma barriga gigante. Olho em volta e sorrio admirando o apartamento de Frank, pra que morar em um lugar tão grande sozinho?
     Pego o controle da tv e coloco uma música animada, spice girls? Wannabe, perfeito.
     Uso o controle como microfone e começo a dublar a música e dançar animado, canto a parte de todas as meninas do grupo e quando me viro pra imitar a coreografia, encontro um casal de meia idade no meio da sala e grito em tom agudo. A mulher também grita e após um minuto de gritos, paramos nos afastando:

    — Quem é você? — Pergunto assustado analisando o homem e mulher de mala e cunha e desligo a música.

    — Eu é quem pergunto, Fran, liga pra polícia! — Ela diz para o homem me olhando de cima a baixo.

    — Eu é quem vou ligar pra polícia. — Digo bravo e logo me recordo que Frank havia me dito que sua família chegaria... mas era pra ser semana que vem. — Espera... vocês são os pais do Frank?

     — Sim, e quem é você, ômega obseceno? — Ela pergunta e reviro os olhos.
 
      — Vou ignorar sua pergunta e vou ligar pro Frank. — Digo pegando meu celular e indo até a sacada.

     O que esses loucos estão fazendo aqui tão cedo? Essa velha louca é tão ousada, quem ela pensa que é pra falar assim comigo?
  
    — Alô?

    — Frank, não querendo alarmar mas já alarmando, sua família está aqui de mala e cunha. — Digo.

    — Droga, sério? — Não, brincadeirinha.

     — É, vem logo que eu não tô afim de aturar. Tchau. — Desligo e suspiro.
   Me tranco no quarto e coloco música voltando a dançar e ignoro os idosos na casa.

    (...)

   Destranco a porta após uma hora e escuto a conversa da linda família:

     — Quem é aquele garoto ômega com cabelos de pica pau? — A voz da mulher arrogante ecoava no apartamento. — Não me diga que...

      — Não, mãe. Ele é só um colega de apartamento. O nome dele é Gerard. — Frank responde e rio baixo.

     — Ficamos aliviados. — Escuto agora o pai.

    Saio do meu quarto e sigo pelo corredor até a cozinha passando por todos, Frank me segue deixando os pais na sala de estar. Abro a geladeira e pego suco bebendo na caixa:

   — Eu pensei que eles chegariam pela semana que vem. — Disse mais baixo encostando na bancada.

    — Pensei que fossem vir visitar você e não morar aqui. — Respondo deixando o suco na bancada.

    A mulher aparece na cozinha e forço um sorriso igual o dela ao me ver:

    — Então Gerard, meu filho disse que estava morando aqui com ele. — Jura? Eu nem percebi. — Quando você vai embora?

     — Eu ia perguntar a mesma coisa. — Digo e Frank se intromete.

      — Ei, ei, vocês poderiam respeitar um ao outro durante essa convivência? — Ele pergunta e suspiro cruzando os braços.

     — Certo. Onde é o nosso quarto? — Ela pergunta abrindo um novo falso sorriso.

      — Vem mãe, vou te mostrar. — Ele diz e leva ela. Sigo os dois.

It's My Baby - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora