P. O. V. Gerard
Frank passa a geleia em sua torrada, as meninas resmungam querendo também e coloco o suco no meu copo, tudo parece calmo. Cherry puxa a meia tentando comer e arregalo os olhos sem soltar meu copo:— Frank, ela vai comer a meia! — Digo atento e tomo meu suco preocupado.
— Ela não conseguiria. — Ele diz despreocupado e morde a torrada.
— Se depender do pai de vocês, logo a gente vai ter que escolher caixões pequenininho. — Digo dando de ombros e ele quase engasga.
— Credo, vira essa boca pra lá. — Frank me repreende e elas riem. — Não acho isso engraçado, bobas. — Ele mostra a lingua pra elas, fazendo Lily tentar o imitar.
Sorrio achando eles adoráveis, tão pacíficos e fofos. Mas logo me passa na cabeça todo o sofrimento durante a gravidez, meu Deus, essas duas coisinhas estavam dentro de mim roubando a minha comida. Termino meu suco e me levanto.
— Onde vai? — Frank pergunta.
— É sábado, nós somos namorados, não casados. — Pisco pra ele e me aproximo do carrinho. — Cuidem do papai pra mim. — Sussurro para elas e beijo Frank, pegando a torrada de sua mão. — Bye.
Saio do apartamento e sigo para a lanchonete do Bert, ele tem trabalhado bastante nos últimos dias. Vejo que meu amigo precisa de uma noitada, Jeph ainda tá na cabeça dele e isso me irrita, aquele alfa idiota não merece estar na cabeça de uma pessoa tão boa, meu amigo merece coisa melhor.
Decido que vou sair com Bert hoje e tirar ele da seca, hoje a gente vai botar o pé na jaca. É esse o ditado? Sei lá, só sei que ele vai me agradecer.
(...)
— Como assim sair? Agora? — Ele pergunta enquanto arrasto ele para o quarto.— Vamos pra balada, escolhe uma roupa bem bonita e fácil de tirar. — Digo animado e solto ele.
— Gee, por que tá fazendo isso? — Bert cerra os olhos cruzando os braços.
— Eu... Você sabe, eu estava grávido e nem podia aproveitar. Agora eu posso. — Sorrio.
— Mas você não me disse que tá namorando o Frank? Já terminaram, foi?
— Eu namoro, não sou casado. Só vou pra me divertir, eu hein. — Digo mostrando a língua e volto a sorrir. — Agora vamos nos arrumar que nossa noite vai ser agitada.
Bert engoliu minha história de sair pra aproveitar e decidiu ir comigo, agora é fichinha, só preciso deixar as coisas rolarem e voltarei pra casa do Frank hoje a noite.
A placa que eu tanto amo ver, com as luzes piscando em volta e indicando o funcionamento do lugar, minha adorável Quincez. Passo por todos na fila e entro com Bert escondido enquanto o segurança briga com um garoto exaltado, eu sou ótimo nisso. As luzes piscam e iluminam todo o lugar, caras bonitos passam de um lado para o outro e confesso que meu olhos seguem alguns deles.
— Vem, vamos beber umas. — Grito no ouvido de Bert por conta do som e ele assente.
Puxo ele pela mão, chegando ao bar e piscando pro bartender. Ele se escora no balcão com seu sorriso maroto.
— Uma dose de alegria pra mim e outra pro meu amigo. — Digo colocando o dinheiro no balcão.
— É pra já. — Ele vai buscar e me viro pra Bert, que olha pra baixo desanimado. — Prontinho. — As bebidas ficam na mesa.
— Babe, que carinha é essa? — Pergunto conseguindo ouvir minha voz, a música aqui é mais baixa.
— Não é nada. — Ele volta a sorrir.
— Bebe essa aqui e prometo que vai ver estrelinhas. — Sussurro e ele ri bebendo a dose, faço o mesmo e me balanço animado. — Pista.
Puxo Bert comigo e vou dançando com ele no meio das pessoas, essas músicas de baladas parecem ser as mesmas de todas as vezes que eu venho aqui. Acho que sempre estou drogado ou bêbado, então a música nunca importa.
O efeito da bebida batizada começa a fazer efeito no meu corpo, uma energia repentina surge em mim e puxo um alfa maravilhoso que dança na nossa frente, juntando ele com Bert. Meu amigo me olha assustado e pisco me afastando, agora é com a vadia McCracken. Vou dançando até o banheiro e entro, me olho no espelho admirando a minha beleza, como eu posso ser tão lindo e gostoso? Sorrio ajeitando o cabelo.
Um homem entra no banheiro e me olha dos pés a cabeça, ele apenas entra no box e penso. Dou de ombros e entro no mesmo box que ele, recebendo um puxão assim que chego.
— Aguenta o tranco, princesa?
— Tenho cara de quem não aguenta? — Pergunto lambendo os lábios e ele sorri me soltando.
Me agacho e abro sua calça, mas me lembro do último golpe e olho o cara desconfiado.
— Mostra. — Digo e ele tira o saquinho do bolso.
— Agora chupa, cadela. — Ele diz e reviro os olhos.Chupar paus por cocaína? Não é coisa nova para Gerard Way, alguns até dizem que nasci pra isso, besteira. Esse cara é bem estranho, mas tem gosto de sabonete, ainda bem né. Poucos minutos de pagamento e finalmente consigo o que quero, me levanto e pego o saquinho de sua mão.
— Qual seu nome? — Ele pergunta ofegante com sua voz grossa e sorrio abrindo a porta do box.
— Meu nome é ninguém. — Saio e vou até a pia estranhamente seca. Faço carreira e inalo, logo limpando meu nariz por fora e sorrindo no espelho. — Gerard está livre.
O resto da noite se passa como um borrão, as coisas acontecem rápido e sem que eu possa pensar. Bebidas e até frutas sendo ingeridas, coquetéis e trocas de olhares. Quando noto, Bert está fora da minha vista desde o cara do banheiro, mas o alfa que eu lhe arranjei está. O que aconteceu enquanto eu não estava aqui?
Saio empurrando as pessoas sem noção da minha frente, até encontrar a saída. Procuro por todo canto e não encontro meu amigo, onde esse maluco foi parar? Pego meu celular ainda me sentindo zonzo e ligo pra ele, chamando, mas sem resposta. Droga, será que ele tá em casa?
Vou andando próximo aos carros estacionados e tento ligar de novo, mas desisto quando presencio uma das cenas mais traumatizantes da minha vida. Cancelo a chamada e me viro chocado, espero conseguir transar pra esquecer o Bert transando com outro cara dentro de um carro, numa posição que eu nem sabia que era possível. Chamo um uber e esqueço toda essa festa, essa coisa não rola mais comigo, talvez eu não seja mais tão jovem quanto antes.
(...)Bato na porta algumas várias vezes, me sinto agitado demais, quando ele vai abrir? Que horas são?
A porta se abre e um Frank sonolento atende, de pijama e com os cabelos bagunçados. Meu Deus, como eu quero transar fofinho com ele agora.
— Gee? — Sua voz sai rouca e abraço ele deitando a cabeça em seu ombro e sorrindo, beijando ali até seu pescoço. — Tá com cheiro de bebida. — Ele se queixa.
— Senti sua falta, eu prefiro vocês do que aquela droga de lugar. — Digo preguiçoso. — Posso entrar?
— Pode. — Ele vira meu rosto ao seu e sorri fofo me beijando.
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It's My Baby - Frerard
FanfictionOnde Frank é um alfa que se assume gay pra família e por conta disso é rejeitado pela mesma. Ele acaba se mudando e resolve sair pra beber, Frank acaba encontrando um Ômega por quem se apaixona. Após abrigar ele e ser roubado pelo mesmo, encontra o...