Knowing someone is.

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   P. O. V. Frank

  
  Seguro suas mãos já temendo sua resposta, Gerard me olha curioso esperando.

   — Depois que elas nascerem, acha que vamos nos ver novamente? — Pergunto e ele olha para as nossas mãos pensando.

   Tudo o que eu vivi com Gerard, me fez perceber que eu não só gosto dele, eu amo ele. Mesmo que ele esteja fazendo isso tudo por dinheiro, sei que ele faz porque no fundo gosta de mim e das meninas.

   — Eu não sei.

     Gerard se levanta soltando minhas mãos e passa a andar pelo quarto, ele procura por alguma coisa na gaveta da cômoda ao lado da cama.

   — Mas eu queria te devolver esse, o único que não vendi. — Gerard volta com um relógio em mãos, esse com o meu sobrenome atrás. — Sei que é especial.

    Pego o relógio, um presente do meu falecido avô e melhor amigo. Eu não costumo me apegar em coisas materiais, mas quando o Gee levou o relógio, eu fiquei bem triste, pois era uma das únicas coisas que eu tinha dele.

    — Obrigado. — Sorrio e ele se senta novamente na cama.

    — De quem você ganhou?

    — Meu avô, ele era um cara legal. — Repondo. — Era a parte da minha família que nunca me julgou, sabe, sempre tem alguém que está com você na sua família.

   Me lembro que Gerard é órfão e não conheceu os pais, me arrependo de tocar no assunto.

      — Desculpa, eu não quis te fazer lembrar de coisas ruins.

      — Tudo bem. Na verdade... — O ômega se ajeita na cama e se aproxima. — Eu consegui o endereço deles, mas não vou ir atrás.

      — Mas você vai poder conhecer eles, Gee.

       — Se eles não quiseram me ver antes, não vão querer agora. Eu não vou atrapalhar a linda vida deles sem mim. — Ele suspira.

      — Já imaginou que eles tenham um motivo? Que eles não o abandonaram só por ser ômega? — Digo pegando sua mão novamente. — Se você for e ser exatamente como pensou que seria, eu vou estar lá e segurar a sua mão.

     Digo e Gerard assente, ele decide então conhecer a sua origem.

   
     (...)

   

  
   P. O. V. Gerard

  
    Frank me encoraja a encontrar aquela que deveria ser a minha família, no fundo eu estava mesmo querendo fazer isso, só me faltava incentivo.

   Nos programamos para ir ao dia seguinte e assim fazemos, Jeph me mandou o endereço e agradeci muito à ele. Não é tão longe daqui, em quarenta minutos chegamos lá se não tiver muito trânsito.

    — Será que eles estarão em casa? Será que vão me reconhecer? Me humilhar? — Pergunto para Frank, me sentindo ansioso olhando o semáforo vermelho.

    — Se acalma, quando chegarmos lá a gente vai saber. — O alfa me entrega um selinho e me acalmo com suas palavras.

   Uma demora chata e um enjôo me irritando, sinto vontade de vomitar.

    Fecho os olhos cochilando, depois de alguns minutos Frank me acorda indicando que já chegamos e de repente eu me sinto mal. Invento que vou desmaiar, que estou dolorido, choramingo, mas ele não me deixa desistir.

      — Nós já chegamos até aqui, é só bater na porta, Gerard. — Frank diz calmo e respiro fundo algumas vezes me preparando.

      — Você vai estar comigo né? Em todo momento. — Confirmo com ele e aceito então me dirigir até a porta de entrada da grande casa.
    
     Tudo parece desaparecer, eu estou prestes a conhecer eles. Jeph só me informou o endereço da casa, nenhum nome, mais nada. Olho Frank tentando adquirir confiança e ele sorri de uma forma doce, me fazendo retribuir ainda que nervoso. Bato na porta.

It's My Baby - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora