I Will Kill Her.

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  P. O. V. Gerard

     Quatro meses namorando com o Frank e eu passei a conhecer melhor a pessoa dele, na verdade eu já sabia o que esperar.

     — Você não mandou fazer as compras? Como assim? — Grito fechando a geladeira. — Vamos todos morrer de fome.

     — Que exagero, Gerard. — Frank finalmente sai da seu escritório que mais parece uma caverna.

      — Nós não somos pobres, eu vou sair com as meninas e quando voltar eu quero ver o armário e geladeira cheios! — Digo nervoso e vou até o tapete colorido com os brinquedos pra pegar elas.

      Levo as gêmeas para o quarto e coloco elas na cama, procurando por roupas bonitas pra colocar nelas.

      — O pai de vocês não sai mais daquela caverna, a gente vai morrer de fome se depender dele. — Digo pegando dois bodys cor-de-rosa e branco, com lindas saias embutidas. — Gostei desses.

     Troco a fralda delas, tentando manter as duas em cima da cama e troco elas. Pego o bracinho de Lily passando pelo buraco e faço a mesma coisa com o outro, depois ajeito e fecho embaixo. Faço o mesmo com Cherry e procuro por sapatinhos que combinem, encontrando algo perfeitamente combinado com a roupa. Coloco as sapatilhas delicadamente em cada uma e fecho a fivela, tão lindas.
 
     Sento as meninas que não param mais quietas e dou as bonecas delas, Bert deve ter enfeitiçado elas. Pego a escova de bebê e penteio os poucos cabelinhos delas, logo coloco uma faixa com um grande laço na cabeça de cada uma.

      — E o toque final. — Digo animado pegando a caixinha dentro da gaveta.

      Abro e escolho dois pares de brincos, um de coração e outro de estrelinha, troco os que estão nas orelhas delas e coloco os que escolhi. Perfumo as meninas e me Afasto um pouco observando elas, parecem princesas, elas puxaram a mim. Me arrumo também e saio do quarto com elas.

    Faço Frank descer com o carrinho delas e as coloco dentro já na portaria, ele me observa com os braços cruzados.

      — Que foi? — Fecho o cinto de segurança do carrinho nas duas e olho ele.

      — Onde vocês vão? — Ele pergunta e sorrio.

       — Por quê? Tá com ciumes? — Cruzo os braços também.

      — Claro que não. — Ele sorri nervoso.

     — Vamos sair por aí, e quando a gente voltar eu quero ver esse apartamento esbanjando comida. — Digo e viro o carrinho delas para a saída. — Ah, quase me esqueci.

     Volto e envolvo meus braços envolta de seu pescoço e beijo sua boca, Frank se empolga em nosso beijo e me traz pra mais perto dele.

       — Hm... — Me afasto desgrudando as nossas bocas. — Ainda tô bravo pela comida. — Sorrio.

      — Não demora, vou ficar com saudade. — Ele sela meus lábios e pisca pra mim.

     Penso em desistir do nosso passeio mas prossigo, Frank tem que aprender a ser um bom ancião, onde já de viu deixar o namorado sem comida?

    Saio com as gêmeas e vou caminhando pensando em algum lugar, logo me vem a cabeça o lugar onde Frank me obrigou a fazer yoga. Lá tinha um lugar para bebês brincarem e um salão de beleza para as mães, talvez as meninas gostem de lá, eu vou gostar.

  

(...)

     Me recordo da última vez que estive aqui, me sentia enjoado e tinha uma barriga gigante. Observo as meninas, tudo ok. Entro com o carrinho e me informo na recepção, já pagando a taxa da creche.

    Deixo as meninas na área dos bebês e peço que cuidem bem dela, ameaço mais um pouco e sigo para o salão de beleza. Dá pra ver tudo que acontece na área das crianças pelo salão, as mães observando as cuidadoras de bebês. Passo pela porta e meus ouvidos já escutam as fofocas, entro e todas as mulheres param me olhando, sou o único homem aqui?

     — Olha só, mamãe nova. — A loira tingida diz e as outras riem.

     — Bem vindo, ignore as mães e nos diga o qual bonito você quer ficar. — Uma mulher simpática com o uniforme do salão me diz e sorrio empinando o nariz para aquela loira.

     — Quero ficar tão bonito quanto uma princesa da Disney. — Digo e ela me conduz.

      As mãos macias esfregando o meu cabelo me trazem relaxamento, mas meus ouvidos continuam atentos.

     — A Nour está aprendendo a andar, estou tão orgulhosa dela. — A cacheada diz.

     — Susan, como ela pode estar andando se nem sequer tem um ano? Me poupe.

     — Meu marido está sendo promovido, parece que o Cruzeiro do Natal vai super rolar. — A loira diz e as outras riem com ela.

      — Você é casado? — A pergunta é direcionada à mim, todas prestam atenção enquanto recebo uma hidratação. — Qual seu nome?

      — Não sou e é Gerard. — Respondo curto e as fofoqueiras não se contentam.

      — Então teve aquelas meninas fora do casamento? — Eve pergunta e observo que todas tem um crachá com seus nomes.

      — Na verdade, as filhas são dele. — Fecho os olhos sentindo a água morna lavar meu cabelo.

       — Está namorando com um homem que tem duas filhas e não são suas? — A loira, Dana, pergunta e todas se chocam.

      — São, mas é uma longa história.

      — No que ele trabalha? Qual o nome dele? — Susan pergunta observando as unhas serem pintadas.

      — Ele é empresário e o nome dele é Frank, mais alguma pergunta sobre a minha vida? — Pergunto debochando e elas riem. Onde elas pretendem chegar?

      — Frank, já ouvi falar nesse nome. — Dana diz e logo parece se lembrar. — Iero, Frank Iero.

      — Deixa eu adivinhar, seu marido trabalha com ele né? — Pergunto e rio irônico.

       — Isso mesmo, olha que coincidência. — Ela sorri e eu tiro o meu sorriso do rosto. — Que tal marcarmos um jantar? Dois casais com homens bem sucedidos.

       — Que inveja, nunca me convidou pra um jantar. — Eve diz dramática e Dana ri.

       — Quando tiver um marido importante, nós conversamos. Mas e então, Gerard. O que acha?

     
       — Tudo bem, eu vou falar com Frank. — Digo sem animação alguma terminando a minha hidratação.

     Mais fofocas e eu saio dali, mas que droga de lugar é esse? Essa tal Dana cismou comigo, eu hein. É só eu não tocar no assunto do jantar e tá tudo resolvido. Pego as meninas e saio dali, logo recebendo uma ligação do Frank. Atendo.

    — Espero que tenha comida aí.

    — Tem sim, mas Gee, quem é Dana e porque nós vamos jantar com ela e meu colega de trabalho amanhã? — Frank pergunta e respiro fundo tentando me acalmar.

     Ela ligou pro Frank e marcou um jantar, eu não vou matar ela, eu não posso. Suspiro e volto ao celular.

      — Sim, nós vamos participar de um jantar com eles, mas será a única vez. — Digo calmo.

      Eu vou matar essa mulher, eu não acredito.
    
    
 


  

    

It's My Baby - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora