quinze

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ITÁLIA, SICÍLIA

VALENTINA MONTANARI

NOVE ANOS ATRÁS.

(Obs: Capítulo se passa momentos depois da festa.)

Assim que chegamos em casa, corro para meu quarto, e tento ligar para Petrus, mas o celular só chama, droga!

Me jogo na cama e fico pensando sobre hoje, achei que ia chegar em casa e ficar mais uma vez sozinha e triste mais como podemos ver, não aconteceu. Pelo menos ele voltou e não me ignorou, isso já é um bom sinal.

Pego o celular mais uma vez e tento ligar para ele de novo mas sou interrompida por minha mãe que entra em meu quarto como um furacão.

— Quero que você me conte tudo que vem acontecendo entre você e Petrus agora! — ela fala, sem nem me dar tempo de formular uma boa resposta. 

Sabia que ela tinha percebido algo. Droga!

— Mãe, não está acontecendo nada... — digo tentando ser convincente, mas pela cara dela, acho que não está dando muito certo.

— Você acha que sou idiota? Venho percebendo sua felicidade e também os olhares que você deu para dele durante a festa. Seu pai também não é nenhum bobo, ele percebeu que há algo ali, acho melhor você contar a verdade logo. 

Seu tom me dá medo. Última vez que ela falou comigo assim eu tinha pego um batom em uma loja no shopping, só por brincadeira mesmo.

— Mãe... 

Ela me olha com um olhar me repreendendo.

— Sem mentiras!

— Ok... Eu e Petrus estamos... namorando — falo, a última parte num tom bem baixo.

— O QUÊ??? — ela fala, gritando comigo. — Eu ouvi isso mesmo Valentina? Namorando? — ela me pergunta andando de um lado para o outro no quarto. — Eu sempre quis que você ficasse longe desse mundo e olha com quem você inventa de namorar, com a porra do capo da Alemanha minha filha! Você sabe do que chamam ele? — pergunta, muito irritada comigo.

— A senhora sempre soube que tinha uma paixão por ele, desde criança... Se ele me quer, por que não? — falo, ignorando a última pergunta.

Já ouvi falar sobre o que chamam ele, mas preferi me manter longe de pensamentos de porque o chamam de demônio.

— Você não entende, eu não quero você dentro desse mundo de jeito nenhum minha filha. — ela fala agora em um tom mais calmo. — Por que você acha que o chamam de demônio hum? Ele deve fazer as piores coisas amore, siga o que eu digo pelo menos uma vez. — ela fala, tentando me fazer mudar de opinião sobre ele.

— A senhora não pode me julgar, ou a senhora acha que meu pai dar beijinhos nas pessoas que vão contra o que ele quer? — falo claramente irritada, ela tem que entender que o Petrus nunca irá me machucar fisicamente. 

Ela me encara um tanto magoada com o que eu disse, mas só falei verdades.

— Petrus era um bom rapaz, mas não o conhecemos mais minha filha, ele passou muito tempo fora, e com certeza ele não é mais o mesmo. — ela fala agora acariciando meu rosto. — Mas sei que você é teimosa e não vai desistir dele tão facilmente, então, vou apoiar a relação de vocês, farei com que seu pai aceite também. Só espero que não me arrependa depois. — ela fala isso e beija minha testa.

— Obrigada, de verdade. — falo dando um abraço nela.

— Não faça eu me arrepender! — ela diz, saindo logo em seguida do quarto.

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