FRAGILE | ✓

oito

ITÁLIA, SICÍLIA

VALENTINA MONTANARI 

NOVE ANOS ATRÁS.

"Só você pode incendiar meu coração

Sim, vou te deixar determinar o ritmo

Porque não estou pensando direito

Minha cabeça está girando, não consigo mais ver com clareza."

 Ellie Goulding | love me like do you.

Ao ver a grande fila da boate me arrependo de ter vindo, ela tinha que vim logo para uma tão longe? Tudo bem que foi aberta agora, mas meu pai tem tantas por aqui, todas ótimas. Mas ela tinha que querer vim para uma do outro lado da cidade. Meu pai vai surtar se sonhar com isso.

— Alina, a gente pode vim outro dia, olha essa fila, vamos embora… — falo, mas ela continua simplesmente ignorando.

Quero ir embora porque os seguranças estão olhando demais para mim e isso está me deixando nervosa, muito. 

Essa boate é nova, não sei quem é dono, se for algum inimigo de meu pai, tô morta. 

O segurança fala algo em seu microfone perto do pescoço ainda olhando em minha direção.

— É sério, estou achando que aqui não é um bom lugar, vamos embora! — insisto mais uma vez. 

Ela aparentemente está tão animada que mal escuta o que falo, já estamos na metade da fila mesmo e antes de chegarmos na porta o segurança vem até nós nos dando uma pulseira, com certeza da área vip.

— Srtª Montanari, que honra ter você aqui em nossa boate, o chefe mandou liberar sua entrada e vocês duas tem passo livre para a área vip!

Não sei se devo aceitar, não conheço essa área e muito menos o dono, mas minha amiga pega as pulseiras antes de eu falar qualquer coisa e me puxa para dentro.

Muita gente junta, não gosto disso, só consigo pensar no que pode acontecer aqui. Sempre ando com uma pequena arma comigo, me pai me obrigou a isso, disse que não posso está despreparada em alguma situação.

— Você não está preocupada? Estamos em um local que não conhecemos e você sabe que não somos "normais"

Ela bufa, e para, me olhando.

— Ninguém seria louco de tocar em uma de nós duas, você sabe, seu pai surtaria e acabaria matando todo mundo, vai ver o dono só está tentando ser gentil com a filha do prefeito! — seu sorriso de menina travessa me deixa mais relaxada um pouco, mas só um pouco. Para ela tudo é tão fácil. 

Quando entramos na área vip, uma música mais calma é ouvida, pessoas sentadas em sofás tomando suas respectivas bebidas, algumas dançando,  e fugindo da realidade.

Resolvo deixar de lado um pouco toda a merda que vem acontecendo e vou para pista sendo arrastada por ela. 

Dançamos juntas, o que faz alguns caras chegarem até nós, mas eu, dou um jeito de me sair de cada um, já ela, bom, é a Alina, nunca deixa uns bons amassos passar. 

Saio da pista para ir buscar uma bebida, como não tenho 18 ainda, fiz uma carteira falsa para esses momentos.

— Uma água por favor. — Peço mal olhando para o barman. Não estou afim de ficar bêbada hoje, preciso está super alerta ao que acontece ao meu redor.