ITÁLIA, SICÍLIA
VALENTINA MONTANARI
NOVE ANOS ATRÁS.
Depois do que Petrus fez não consigo tirar as mãos de meu rosto. A forma como agi, como uma louca tarada me faz ter mais vergonha ainda, cada pensamento sobre o que aconteceu me faz com certeza ficar mais vermelha.
Sinto seu olhar, mas não tenho coragem de olhar em seus olhos. Até que sinto suas mãos tocando as minhas.
— Piccola, não precisa ficar com vergonha, isso é normal de acontecer entre um casal. Vou fazer isso sempre agora que provei seu sabor maravilhoso. — ele fala, enquanto beija meu pescoço, com beijos molhados e quentes, muito quentes.
Seria errado dizer que amei a sensação de seus lábios lá em baixo, e em toda minha pele?
— Vai fazer sempre? — pergunto, ainda mais envergonhada.
Como ele consegue falar sobre isso assim abertamente? Tudo bem que ele é bem mais experiente mas é estranho e bom ao mesmo tempo.
Ele balança a cabeça confirmando minha pergunta. E vem beijar meus lábios mais uma vez e agora posso sentir o quão excitado ele está. Mas ele para o beijo logo em seguida, um pouco incomodado.
— Que tal você tomar um banho e depois por um biquíni? Mandei trazer alguns para você. Depois vamos a praia. — ele fala como se nada tivesse acabado de acontecer nessa sala.
E aí me dou conta que a casa é toda de vidro, será que pode ter alguém por aqui e tenha nos visto?
— O que foi? Por que você está com essa cara de assustada? Viu algo? — pergunta, olhando na mesma direção que eu.
Volto meus olhos pra ele.
— Não... É que... Tem alguém por aqui? Ou estamos sozinhos?
Ele começa rir após minha pergunta.
— Não, não há ninguém aqui. Jamais deixaria alguém ver seu corpo ou o que fizemos. — ele diz, vindo novamente na minha direção e percebo duas coisas: Estou quase pelada e ele está me olhando! Merda.
Pego minhas roupas e coloco minha calcinha de volta. Ainda olhando para ele que me encara com um olhar faminto.
— Acho melhor você ir tomar um banho, ok? — diz, e sai me avisando que vai para o outro quarto da casa.
×××
De banho tomado encontro os biquínis e algumas roupas, todas com etiquetas e tamanho p, bom saber que ele sabe o tamanho do meu corpo.
Sua safada, ele sabe bem mais sobre seu corpo agora. Minha consciência grita para mim.
Escolho um biquíni branco, não muito pequeno e um vestidinho preto bem curtinho, coloco meus óculos e desço para ver se ele já está pronto.
O encontro na cozinha preparando alguma coisa, e o cheiro está ótimo.
— O que você está fazendo? Não sabia que sabia cozinhar.
Quem diria que o mafioso Petrus Forchhammer saberia cozinhar?
— Sei fazer muitas coisas, você já conheceu algumas delas e agora vai provar da minha comida. — ele fala me deixando vermelha como um pimentão.
— Dio mio! Você não presta! — falo morta de vergonha. — Você quer ajuda aí? — pergunto mesmo não sabendo cozinhar nem um macarrão.
Ele me encara com um sorriso lindo.
— Se bem te conheço, você nem sabe fazer um ovo Valentina. — responde, se divertindo. — Mas se quiser ajudar, pode montar a mesa. Já está tudo pronto aqui.
Faço o que disse, arrumo tudo do jeitinho que minha mãe me ensinou em uma das aulas chatas de etiqueta.
Depois de tudo pronto ele vem com uma macarronada de peperoni, o cheiro está ótimo e posso perceber que estou morrendo de fome, e claro, não posso fingir que não dei uma rápida olhada nele, que está sem camisa mostrando seu peitoral lindo.
Depois que almoçamos ele me puxa para fora da casa me levando para a praia, que também está vazia, tem algumas casas um pouco mais longe.
Em seguida, ao tirarmos nossas roupas ele me pega no colo me levando para o mar, que está super gelado e bem calmo. Me agarro mais ainda nele.
— Eu quero guardar cada momento nosso na minha memória, para sempre. Tenho medo de tudo que pode acontecer. Eu só queria poder fugir para um lugar assim contigo e ficar lá para ninguém não nos achar nunca… — falo ainda grudada nele.
Ele me encara, com seus lindos olhos.
— Se depender de mim, nossos momentos vão ser sempre renovados... Agora que te tenho, não vou te perder mais, só se você não me quiser mais. — ele diz, dando selinhos em meu colo, agora molhado.
O olho ainda mais apaixonada, essas palavras me acabam. Saber que ele me quer de verdade, é incrível.
— Bom saber Sr Forchhammer, bom saber... — digo, beijando seus lábios carnudos.
Ele aperta mais forte minha cintura, e isso me deixa louca. Posso sentir sua ereção novamente, mas ele vai diminuindo o ritmo do beijo.
— Você me deixa louco Piccola, muito... — ele diz me abraçando, e me puxando para fora da água.
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FRAGILE | ✓
RomanceDurante toda minha vida eu sempre ouvi as pessoas falarem sobre o amor, e eu sempre quis viver um, e eu vivi. Um amor leal. Um amor terno. Um amor recíproco. Mas nada na vida é eterno. Se posso afirmar algo com plena certeza é que uma decisão errada...