vinte e seis

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ITÁLIA, SICÍLIA

PETRUS FORCHHAMMER

CINCO ANOS ATRÁS.

Fazem dois dias que eu não vejo ela, tudo por causa da minha sogrinha que inventou de seguir umas tradições antigas de que o noivo não pode ver a noiva até o dia do casamento. Uma grande tolice, mas tive que aceitar, infelizmente.

A ideia de que vou finalmente tê-la para mim é incrível. Saber que aquele pequeno anjo será todo meu me deixa feliz pra caralho. 

Eu sempre a quis. E agora a terei.

Me olhando no espelho vejo o sorriso aparecer em meu rosto ao ver a afirmação que minha própria mente fez. 

Saio do quarto indo em direção a sala de estar, meu irmão deve está por lá. 

— Olha ele aí... Pensei que tinha desistido de se casar com a ruiva. — ele diz, sorrindo assim que me vê. 

— Você sabe que essa é a única coisa que eu nunca faria. — falo me aproximando dele e pegando um copo de whisky. 

— É... Eu sei. Você é louco por ela, tão louco ao ponto de se prender a alguém ainda tão jovem, não quero isso pra mim nem tão cedo. 

— Você não quer porque não achou a certa, mas quando isso acontecer, ah irmão... Tudo muda. — digo sorrindo. 

— Não quero encontrar por um bom tempo. Já tive muitos problemas, você sabe... — diz, colocando seu copo em cima da mesinha. — Vou terminar de me arrumar, espera aí. 

— Ok... — falo me levantando e seguindo até a janela de nosso apartamento. 

Falta pouco, muito pouco para eu ser totalmente dela. 

Falta pouco para eu finalmente a ver ser a minha Srª Forchhammer.

Sorrio com esse pensamento. Ultimamente, meus sorrisos são todos dela. Tudo é dela. 

Escuto um barulho atrás de mim e me viro rapidamente com minha glock em punho para ver quem é.

— Eh... Senh-or... Eu vim trazer a garrafa de champanhe que seu irmão pediu. Aqui está. 

Estranho. Adam mal fala com nossa empregada. 

Abaixo a arma rapidamente.

— Humm, pode deixar aí. — falo me aproximando dela. — E por favor, dá próxima vez, não chegue assim silenciosamente, vai que na próxima você leve um tiro no meio da testa sem motivo — ela parece se assustar com o que eu digo, e a intenção é exatamente essa. 

Ela acena nervosa e se retira. 

Observo a garrafa em cima da mesa. Realmente é um momento para se comemorar.

Alguns minutos depois meu irmão surge com terno totalmente alinhado e pronto para irmos. 

— Vamos comemorar? — ele me pergunta assim que ver a garrafa em cima da mesinha. 

— Sim... Você que pediu, não? 

— Eu não pedi nada... Mas também, esse momento merece uma comemoração — ele diz, pegando a garrafa e as taças. — Vamos? 

Não dou muito importância ao fato de que ele não pediu, talvez ela tenha trazido por antecipação. Não deve ser nada.

— Vamos... — falo, saindo atrás dele. 

Aperto o botão do térreo enquanto ele abre garrafa sorridente. Às vezes ele parece ter quinze anos.

Quando chegamos lá embaixo, três suvs nos esperam, entramos no do meio e seguimos em direção a casa de Valentina. 

Vamos conversando sobre tudo que aconteceu em nossas vidas até o momento. 

— Um brinde ao seu casamento... — ele diz, levantando a taça. 

Sigo seu movimento fazendo o mesmo. 

— A felicidade! — falo, levando a taça a boca e o líquido âmbar desce por minha garganta.

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