ITÁLIA, SICÍLIA
PETRUS FORCHHAMMER
CINCO ANOS ATRÁS.
Fazem dois dias que eu não vejo ela, tudo por causa da minha sogrinha que inventou de seguir umas tradições antigas de que o noivo não pode ver a noiva até o dia do casamento. Uma grande tolice, mas tive que aceitar, infelizmente.
A ideia de que vou finalmente tê-la para mim é incrível. Saber que aquele pequeno anjo será todo meu me deixa feliz pra caralho.
Eu sempre a quis. E agora a terei.
Me olhando no espelho vejo o sorriso aparecer em meu rosto ao ver a afirmação que minha própria mente fez.
Saio do quarto indo em direção a sala de estar, meu irmão deve está por lá.
— Olha ele aí... Pensei que tinha desistido de se casar com a ruiva. — ele diz, sorrindo assim que me vê.
— Você sabe que essa é a única coisa que eu nunca faria. — falo me aproximando dele e pegando um copo de whisky.
— É... Eu sei. Você é louco por ela, tão louco ao ponto de se prender a alguém ainda tão jovem, não quero isso pra mim nem tão cedo.
— Você não quer porque não achou a certa, mas quando isso acontecer, ah irmão... Tudo muda. — digo sorrindo.
— Não quero encontrar por um bom tempo. Já tive muitos problemas, você sabe... — diz, colocando seu copo em cima da mesinha. — Vou terminar de me arrumar, espera aí.
— Ok... — falo me levantando e seguindo até a janela de nosso apartamento.
Falta pouco, muito pouco para eu ser totalmente dela.
Falta pouco para eu finalmente a ver ser a minha Srª Forchhammer.
Sorrio com esse pensamento. Ultimamente, meus sorrisos são todos dela. Tudo é dela.
Escuto um barulho atrás de mim e me viro rapidamente com minha glock em punho para ver quem é.
— Eh... Senh-or... Eu vim trazer a garrafa de champanhe que seu irmão pediu. Aqui está.
Estranho. Adam mal fala com nossa empregada.
Abaixo a arma rapidamente.
— Humm, pode deixar aí. — falo me aproximando dela. — E por favor, dá próxima vez, não chegue assim silenciosamente, vai que na próxima você leve um tiro no meio da testa sem motivo — ela parece se assustar com o que eu digo, e a intenção é exatamente essa.
Ela acena nervosa e se retira.
Observo a garrafa em cima da mesa. Realmente é um momento para se comemorar.
Alguns minutos depois meu irmão surge com terno totalmente alinhado e pronto para irmos.
— Vamos comemorar? — ele me pergunta assim que ver a garrafa em cima da mesinha.
— Sim... Você que pediu, não?
— Eu não pedi nada... Mas também, esse momento merece uma comemoração — ele diz, pegando a garrafa e as taças. — Vamos?
Não dou muito importância ao fato de que ele não pediu, talvez ela tenha trazido por antecipação. Não deve ser nada.
— Vamos... — falo, saindo atrás dele.
Aperto o botão do térreo enquanto ele abre garrafa sorridente. Às vezes ele parece ter quinze anos.
Quando chegamos lá embaixo, três suvs nos esperam, entramos no do meio e seguimos em direção a casa de Valentina.
Vamos conversando sobre tudo que aconteceu em nossas vidas até o momento.
— Um brinde ao seu casamento... — ele diz, levantando a taça.
Sigo seu movimento fazendo o mesmo.
— A felicidade! — falo, levando a taça a boca e o líquido âmbar desce por minha garganta.
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FRAGILE | ✓
RomanceDurante toda minha vida eu sempre ouvi as pessoas falarem sobre o amor, e eu sempre quis viver um, e eu vivi. Um amor leal. Um amor terno. Um amor recíproco. Mas nada na vida é eterno. Se posso afirmar algo com plena certeza é que uma decisão errada...