FRAGILE | ✓

sessenta

ITÁLIA, PALERMO

GIOVANNI VITALI

ATUALMENTE.

Desde mais novo eu planejo como destruir Petrus Forchhammer. Eu o odiava por ter tudo que eu sempre quis. Na verdade, eu odiava por ser ele. Eu o odiava por ter ela e todo o poder.

Foi por isso que eu me mantive o tempo todo ali, observando, somente esperando o momento certo para atacar.

Ele sempre foi um homem sábio, muito perigoso e quase impossível de ser pego. Mas eu fui ganhando força, me chegando aos poucos, como dizem; comendo pelas beiradas, e olha, deu certo. Mas de certa forma, só deu porque eu tive uma ajudinha de alguém maior. Só foi por isso que tudo deu "certo", no início do plano, foi só eu oferecer um bom valor para um de seus seguranças de "confiança" para conseguir ter acesso a toda sua rota naquele dia.

Foi tão simples.

Quando meus homens o sequestraram naquela noite, ele estava dopado, assim como seu irmão, o plano começou a dar errado a partir daí, os idiotas dos seguranças não conseguiram pegar os dois porque aparentemente Adam não bebeu o suficiente da bebida e estava acordando, por isso só trouxeram ele.

Em nenhum momento eu queria deixar algum Forchhammer vivo, mas infelizmente fui obrigado.

Era um plano perfeito, matar os dois e ficar com tudo. Principalmente com ela. Mas deu errado quando o pai de Alina Ferraro descobriu que ele estava comigo, no quarto dia de tortura e foi nesse momento que eu achei que seria morto sem qualquer chance de sobreviver. Mas foi quando a surpresa veio.

Alina Ferraro queria ele pra si, assim como eu queria Valentina Montanari.

Seu pai fez um trato comigo, eu entregava ele a sua filha e tudo seria escondido. Foi o que fiz, com a condição que ele nunca mais voltasse. Mas no fundo eu sabia que corria um sério risco. Ele podia voltar. Na verdade, ele iria se lembrar de tudo.

Então, dei uma condição a eles: manter ele dopado tomando alucinógenos assim não ia ser possível  que ele se lembrasse de muita coisa. Como ele ficou muito machucado, vi em sua ficha hospitalar que houve contusões na cabeça, seria bem fácil.

Não sei exatamente pra onde eles foram, só sei que sumiram do mapa.

Mas a uns dias atrás Alina me ligou desesperada dizendo que Adam estava a cercando e que talvez tudo começasse a dar errado.

A partir daí eu me dei conta que as coisas iriam começar a mudar. Eu sabia que ele nunca gostou de mim, desde que me casei com Valentina.

Foi nesse momento que me veio uma ideia na cabeça: Colocar a culpa em Adam e quase deu certo.

Ela quase acreditou em mim, mas mais uma vez deu errado. Ela confia cegamente naquele filho da puta e eu me preocupei, as coisas estavam saindo do controle e tudo estava seguindo um caminho ao contrário do que eu imaginei.

Pra começar, nós achávamos que ela iria se apaixonar por mim depois de algum tempo de convivência. Ledo engano. A mulher parece uma pedra de gelo e isso me deixou puto, até o cara "morto" a tinha nas mãos. Eu não acreditava nisso. E foi quando eu disse pra mim mesmo que dessa vez eu ia fazer direito. Dessa vez, eu ia matar Petrus Forchhammer sem dó. Irei tirá-lo do meu caminho de todas as formas.

Quando ela pegou Maltino eu decidi que estava na hora de sair do escuro. De mostrar quem eu era e a quê eu vim. Também porque no fundo eu sabia que aquele rato não ia aguentar muito tempo. Eu sabia que ele ia revelar minha identidade.

Entrei em contato com todos os capos que eu consegui trazer para o meu lado, não foram muitos, mas consegui uma boa quantidade.

Agora a guerra começará e a minha esposinha vai amar ver a minha nova versão. Tenho certeza.

Informo a todos eles que agora tudo ia realmente começar.

A primeira coisa que fiz foi explodir toda a sede das empresas Montanari, uma das maiores do mundo.

Atingi uma das melhores empresas de minha esposa a fará surtar e eu gosto muito disso.

Ao ver o prédio desabafar no chão de onde estou, me dou conta que a partir de agora é matar ou morrer. E eu espero de verdade que seja a primeira opção.