cinquenta e sete

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ITÁLIA, PALERMO

VALENTINA MONTANARI

ATUALMENTE.

Ao entrar na sala de tortura mais uma vez, eu sinto que dessa vez eu vou sair com informações concretas

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Ao entrar na sala de tortura mais uma vez, eu sinto que dessa vez eu vou sair com informações concretas. Na verdade, eu necessito disso.

O cheiro de mofo me deixa um pouco tonta, até parece que não estou acostumada com tudo isso.

— Como é bom nos reencontrarmos nessas circunstâncias Maltino. O cenário não é lindo? — Meu sarcasmo irrita. E eu amo irritar aqueles que irão morrer pelas minhas mãos.

— Realmente é um tanto interessante. — ele fala de onde está, pendurado pelas correntes, sem camisa só com a calça. Seu corpo já está machucado. Mas as coisas irão ficar interessantes agora.

— Tudo pode ser fácil pra você... É só você me dizer um nome. Simplesmente. — falo enquanto vou em direção a mesa de armas.

É interessante porque você olhando direito, aparenta que vai ser feito uma cirurgia. E eu sempre tive interesse no corpo humano na verdade.

— Eu não sou idiota! Depois de tudo que aconteceu na sua vida nesses anos você acha mesmo que vou acreditar que as coisas vão ser fáceis pra mim? Faça-me o favor né! — ele diz, no momento em que cospe um bolo de sangue.

— Que bom que você não acredita... Assim fala mais rápido. — Me viro com um alicate em mãos. — Vou começar bem leve com você. Quero você bem vivo pra tudo que irá acontecer com você.

— Não tenho medo. Pode vim que aguento tudo bebê. — ele diz sorridente. Cretino. Uma pena pra ele que meu sorriso é maior que o dele.

Vou em sua direção e sem pensar duas vezes metendo o alicate em seu rosto.

— Já que você aguenta tudo... Vamos começar arrancando seus dentes. — falo quando pego em seu rosto machucado abrindo sua boca. Não hesito em arrancar o primeiro dente e ele se debate querendo que eu pare. Vou arrancando cada um sem dó. Sua boca não para de jorrar sangue sujando toda minha roupa. Que nojo!

— Sua desgraçada... — ele fala arrastado por estar com a boca toda machucada. — Não vejo a hora de ver você morta — Cospe em meu rosto e eu reajo socando seu rosto outra vez.

— Você não irá ver amor... Estará dez palmos abaixo da terra ainda hoje, pode relaxar. — Meu sorriso é diabólico. Vou novamente em direção a mesa pegando uma faca, dessa vez tenho algo bem interessante para fazer. — Sabe... Vou testar uma coisa nova com você. Espero que goste. — digo assim que chego na sua frente novamente puxando sua calça e cueca pra baixo.

— Você vai me violentar sua louca? — ele me pergunta sorrindo. Nojento.

— Haha... Você é tão engraçado. Claro que não... Vou fazer isso! — falo assim que pego em seu pênis e não resisto em corta-lo sem dó. Seu grito é ensurdecedor.

— AHHHHHHH! SUA FILHA DA PUTA DESGRAÇADA. — ele fala se debatendo em minha frente. Chega a ser engraçado ver seu membro no chão e o sangue jorrando do seu corpo.

Uma pena amigo.

— Se você me contar quem é o filho da puta que armou tudo o que vem acontecendo na minha vida, eu tiro a ordem que eu dei a um putinho pra vim te comer aqui. — falo deixando claro o que vai acontecer aqui caso ele não me conte. Com a mesma faca começo a fazer cortes em seu rosto. E em sua barriga escrevo uma frase.

"Traidores sempre morrem."

Ele grita cada vez mais e eu estou pouco me importando pra ele, ou pra meu corpo todo sujo de sangue.

Sou atrapalhada por um dos meus seguranças que entra na sala sem avisar.

— Senhora... — Ele fala comigo olhando um tanto assustado pra situação. — Um dos prédios das empresas Montanari acabou de ser explodido. — ele diz e isso só me dá um pensamento: o traidor está com medo e eu gosto muito disso.

— Mande Derek resolver a situação! Daqui eu só saio quando esse desgraçado me contar tudo que eu preciso. — falo me virando novamente em direção a ele que já está quase apagado. Está perdendo muito sangue e eu sinceramente preciso que ele comece a falar.

Meu segurança sai da sala com um balançar de cabeça nos deixando a sós novamente.

— Então Maltino resolveu se vai dar a bunda antes de morrer ou vai me dar informações? — Espero que seja uma maneira de conseguir as respostas. Foi a única forma que achei de conseguir algo com ele. Ferindo sua masculinidade. Porque os homens da máfia sempre tem um ego enorme.

— Me prometa... Que vai proteger ... Minha família... Por favor... — ele me pede, e eu penso um pouco e sua família não tem nada a ver com isso.

— Eu dou minha palavra que sua família ficará bem. — falo indo em sua direção novamente. — Agora comece a falar! Quem é o filho da puta?

Ele levanta seu olhar pra mim com um sorriso sem os dentes no rosto.

— Você... — Tosse antes de continuar — Vai cair... pra trás... — Outra tosse — Quando souber... Quem é... — ele continua tentando falar.

— Diz a porra do nome! Eu só preciso disso! — digo já me estressando dando outro soco em seu rosto. Mesmo sabendo que é arriscado. Ele já perdeu muito sangue, qualquer machucado a mais pode fazê-lo morrer. — Diz!

Ele olha dentro de meus olhos e sem qualquer aviso fala o nome que nunca imaginei, nem se quer se passou pela minha cabeça ser ele. Nunca.

— Giovanni... Vitali! — ele diz. E eu só percebo uma coisa, pra mim ele era palerma demais para algo tão grande assim.

Eu sempre achei que ele fosse incapaz de planejar qualquer coisa. E agora, percebo que eu o subestimei demais. E sim, Maltino estava certo. Eu literalmente cai pra trás ao ouvir aquele nome saindo de sua boca, ao mesmo tempo que seu corpo falece em minha frente.

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