vinte e três

1.1K 245 93
                                    

ITÁLIA, SICÍLIA

VALENTINA MONTANARI

SEIS ANOS ATRÁS.


"Sim, eu vou admitir que sou louca por você
porque você é meu, eu ando na linha

Porque você é meu, eu ando na linha."

Halsey | i walk the line.

Eu simplesmente odeio festas do fundo do meu coração. Ainda mais quando nessa festa as mulheres não param de olhar e dar em cima do meu noivo! Porra, eu estou do lado dele e elas têm a cara de pau de ainda fazer isso.

Eu nunca entendi bem qual o problema delas. De verdade. 

É ser muito baixa para vim falar com ele como se eu não tivesse aqui. 

O jeito como ela fala tocando nele. Colocando as mãos de vaca dela em cima dele me deixa mais furiosa. E o pior, ele não manda ela tirar a porra da mão.

Eu estou quase indo lá fazer ela tirar as mãos de cima dele do meu jeito. Talvez cortando elas, ou quem sabe, matando a dona destas.

Meus olhos não saem deles. Não saem da forma como ele sorrir ao ouvir ela dizer algo para ele também sorrindo. Inferno! Queria poder ser mais controlada, apenas. 

— Se você não parar de apertar a taça desse jeito, você irá terminar a quebrando Val. — Alina diz, com uma cara de que está achando super divertido tudo isso. 

Olho para ela puta. 

— Me deixa Lina! Você tá vendo aquilo? Ele nem se quer manda ela tirar as mãos! — falo realmente furiosa. 

Ela sorrir mais ainda. 

— Calma... Não é como se ela fosse comer ele ali. Estão apenas conversando. — ele diz ainda sorrindo. Com certeza achando graça de tudo isso. 

— Ela podia falar com ele sem tocar nele. Eu vou lá! — digo, já me levantando da mesa, tomando o resto da bebida. 

Ela se levanta junto comigo.

— Você não vai não! — diz, segurando em meu braço. — Se tem uma coisa que é nítido, é que o Petrus odeia escândalos. Não invente de fazer um aqui. — Continua me prendendo na mesa. 

Olho para ela e depois para ceninha do outro lado. Agora foi longe demais. Valéria eu não vou suportar!

Puxo meu braço com tudo indo em direção a ele. Alina até tenta me parar mas não consegue.

Valéria foi uma antiga ficante de Petrus, que sempre que pode tenta me deixar insegura, e posso dizer que ela consegue. Uma mulher tão linda como ela é impossível de não ter medo. Sem dizer que ela é bem mais experiente que eu. 

Sigo marchando até eles. 

— Estou atrapalhando alguma coisa aqui? — pergunto, assim que chego ao lado dos dois. 

Ele me olha com os olhos brilhantes, passando logo em seguida seus braços por minha cintura. Já Valéria e sua amiguinha não gostam nem um pouco.

— É claro que não amore. Estava falando sobre você. — ele diz, me dando um selinho. 

Elas fazem uma cara de nojo com isso. Eu sorrio internamente. 

— Sobre o que? — pergunto, agora tocando em seu rosto. 

FRAGILE | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora