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ITÁLIA, PALERMO

PETRUS FORCHHAMMER

ATUALMENTE

Desde que tomei posse do meu posto na máfia novamente, as coisas mudaram um pouco.

Pra mim, no início, tudo isso era estranho, mas com o tempo eu fui me acostumando.

Minha relação com a Valentina só melhorou e eu posso afirmar que foi lindo ver ela se aflorar, vê-la feliz.

Ela se mostrou uma mulher tão doce, mesmo comandando uma organização criminosa, quando ela chega em casa, vira o meu anjo.

Sempre carinhosa e ao decorrer do tempo, fomos revivendo momentos importantes, fizemos algumas viagens juntos e pudia ver em cada momento junto como ela me amava, como ela gostava de estar ao meu lado.

Foi todos esses momentos que me fizeram não desistir de me lembrar da nossa história. Eu devia isso a ela. Eu tinha que lembrar.

Há uns dias atrás nós dois acabamos discutindo justamente porque eu não me lembrava.

E foi nesse mesmo dia que tudo aconteceu.

Uma única pergunta dita por ela, pareceu ter sido a válvula tirada para minhas lembranças.

— O que você sente por mim? De verdade?

Assim que ela me fez essa pergunta, minha cabeça começou a doer e logo em seguida um lapso de memória do dia em que ela me fez essa mesma pergunta voltou e logo depois outro.

Vamos lá homem, coloque as mãos em minha cintura que eu comando o resto.

Minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento, porque era muita informação vindo de uma vez só. Me segurei na parede para não cair porque veio um lapso atrás do outro.

— Eu prometo! Nunca mais irei agir assim. Você é todo meu e eu sou toda sua amore mio. Amo-te demais, não quero te perder nunca. Me desculpa de verdade.

Depois do último lapso não me lembro de mais nada que aconteceu, apenas que acordei no outro dia e foi incrível, porque eu vi ali a mulher da minha vida.

A minha garota que sofreu tanto e mesmo assim estava ali tentando ser feliz, com um cara que mal lembrava da nossa história.

Eu não contei a ela, e faz dias que venho tentando contar, mas é difícil, eu queria fazer um momento especial. Só nosso.

Eu vejo em seu dedo o nosso anel de noivado e também o colar que eu dei em seu aniversário de 18 anos. Mas eu queria algo novo.

Algo que marcasse o nosso futuro, não nosso passado.

Fui em uma joalheria e escolhi um anel para dá a ela. Irei pedi-la em casamento e dessa vez, nada vai nos impedir de ser feliz. Nós dois merecemos isso.

— Iai irmão... — Adam diz, assim que entra em meu escritório sem bater.

— Pensei que não fosse ver você tão cedo... — falo me levantando e indo até ele o dando um abraço.

— Fiquei com saudades de você e da ruiva... — ele diz, retribuindo o abraço. — Falando nisso, como está a relação de vocês? — me pergunta se sentando na cadeira de frente pra minha. Acho que ele vai ter a resposta em segundos. — Woww, isso é sério? — diz olhando a caixinha com o anel nas minhas mãos. — Cara... Ela vai surtar, você sabe né?

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