Me levantei da cama com o Ricardo em meu colo, já indo em direção ao banheiro. Ricardo estava meio tenso no meu colo, estava assustado com a minha ideia.
— M-Már... Márcio... V-você... Você vai... To-tomar ban-banho co-comigo?
— Não precisa ficar com medo Rick... É só um banho... Não vou avançar o sinal com você...
— Mas... Mas o que... O que os caras vão pensar?
— Relaxa meu anjinho de cabelos de fogo, eles não vão se importar, deu pra perceber pelo jeito que me receberam e como trataram o Raul e o Plínio. – Falei, dando um selinho no meu namorado. — Se eles tivessem alguma coisa contra, não teriam te dado essa vaga na república.
— Eu... Eu fico... Envergonhado...
Encarei meu ruivo e quase me perdi no verde daquele olhar tímido.
— Ricardo, eu não vou forçar a barra pra transar com você, pode ficar tranquilo com relação a isso. Nós vamos só tomar um banho juntos. – Falei, novamente o cobrindo de beijos. — Vem, vamos economizar um pouco da água do planeta.
Novamente peguei Ricardo no colo e entrei no banheiro. Quando estávamos já dentro do banheiro, ainda no meu colo, novamente o ruivo me questionou por causa do banho.
— Mas Már-Márcio... A gente não trouxe a roupa pra trocar aqui!
— Relaxa meu anjo, você sai enrolado na toalha...
— Vo-você vai sair pe-pelado do ban-banheiro? E se... Os me-meninos virem a gente?
Eu já estava achando divertido o jeito envergonhado do Ricardo. Apesar dele viver numa república com outros quatro caras, ele ainda era muito fechado e tímido, e parecia que o pessoal não costumava andar de cueca ou sair pelado do banheiro e se arrumar no quarto, coisa que eu estava muito acostumado a fazer em casa.
— A gente sai enrolado na mesma toalha, então! – Falei, dando mais um beijo naquela boquinha que me enlouquecia a cada dia. — Ou melhor, saímos nós dois peladões e de pau duro...
Coloquei Ricardo no chão e o encarei, ele baixou o rosto, mas eu pedi que olhasse pra mim. Ele estava vermelho de vergonha. Tinha que falar com ele com calma, pelo visto ele foi criado em ambiente muito rígido e não estava acostumado com a liberdade que eu e meu irmão fomos criados.
— Meu anjo, você não precisa ter vergonha, aqui todos são homens, e eu percebi que os garotos gostam muito de você, ninguém vai achar nada demais se você sair pelado do banheiro.
— É, eu sei... É que em casa, minha mãe não permite... Que a gente fique sem camisa... Ela acha... Que é afronta a moral...
— Tudo bem, não precisa ficar assim. Os caras não vão ligar. Vem cá, vamos fazer um acordo, se você achar que eu estou passando dos limites, você me avisa. – Falando isso, o abracei novamente e fui dando beijinhos no seu pescoço, deixando Ricardo um pouco menos tenso.
Ainda abraçado com ele, fui levantando a camisa que Ricardo usava, ele não estava mais tão tenso como estava quando entramos no banheiro. Fui retirando a camisa dele e a joguei no cesto de roupa suja que ficava no banheiro. Era a primeira vez que via Ricardo sem camisa, e a visão daquele peitoral lisinho, magro, mas definidinho, com sardas, salpicando todo o peitoral, com uma barriguinha reta, estava me deixando louco. Ele me olhava com aqueles olhos verdes como duas esmeraldas, envergonhado. Fui desabotoando a minha camisa e a cada botão aberto, Ricardo olhava para mim como se estivesse vendo um ser de outro mundo. Tirei minha camisa e a pendurei num gancho que havia no banheiro.
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Anjo Capoeirista
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