Pensei em ligar pro Gabriel assim que cheguei em casa, mas acabei ligando primeiro para o Ricardo, pois senti que ele ficou preocupado com o que o idiota do Jansen podia fazer contra mim.
M: "Oi meu anjo, chegaram bem?"
R: "Chegamos sim, Márcio. A Jô veio bem rápido. Ela vai ficar aqui hoje. Mas e você, não teve nenhum problema até chegar em casa?"
M: "Cheguei agora e pode ficar tranquilo, que aquele merda não vai arriscar fazer nada comigo. Ele é mó garganta, só fala, não faz nada."
R: "Eu fiquei preocupado sim, você tem certeza que tá tudo bem?"
M: "Está sim, e não fica bolado com o que aquele prego falou, você não é um brinquedinho pra mim. Eu gosto muito de você, te quero sempre comigo. Ah, só uma pergunta: Vocês vão vir na quinta? A galera gostou muito do pessoal da república."
R: "Não fiquei chateado, fiquei assustado com o que ele podia fazer contra você, mas você disse que está tudo bem, então eu acredito. Eu devo ir sim, acho que o Andrei, Murilo e a Jô também. O Edu ainda não sabe, por causa das aulas. Eu confirmo depois e te aviso."
M: "Que bom meu lindo, vou te cobrar, viu! Vou tomar um banho, acabei de entrar em casa. Beijo meu amorzinho!"
R: "Beijo, vou dormir mais cedo hoje, amanhã eu te ligo."
M: "Liga mesmo, vou te esperar. Dorme com os anjos."
Ricardo encerrou a ligação e só então reparei em minha mãe em pé na entrada da cozinha.
— Ainda acordada mainha?
— Vim beber água e ver se tu já tinhas chegado.
— Vou tomar um banho e dormir também. Tô cansadão, o dia foi puxado hoje. Painho já dormiu?
— Já deve estar pra lá do décimo sono. Só de manhã agora. Tô voltando pra cama agora, boa noite meu filho.
— Boa noite dona Do Céu. Sua benção!
Minha mãe passou pro quarto e eu fui pro banheiro tomar meu banho. Pensei melhor e resolvi deixar pra ligar pro Gabriel pela manhã. Era quase impossível do zé ruela tentar alguma coisa depois do meu aviso pra ele. Então eu podia deixar pra avisar o Gabriel depois.
Tomei meu banho e caí na cama, e dessa vez indo dormir "com as galinhas".
Acordei na quarta-feira e depois de me arrumar para ir trabalhar, saí do quarto e fui tomar café. Meu pai já estava na porta de casa, se despedindo de minha mãe, dizendo que tinha que sair mais cedo para a obra, que ele afirmou estar chegando na parte de acabamentos. Quando me viu em pé na cozinha, voltou e veio me dar bom dia. Me fez me curvar e me deu um beijo na testa, coisa que ele sempre fez, comigo e com meu irmão, desde que éramos crianças.
— Oxe, que saudade do tempo que vocês eram "pitititinhos" e corriam pra me abraçar quando eu saía pro trabalho! Agora tão aí; tu e teu irmão, dois varapaus, grandes que só a porra. Pra dar um beijo de bom dia nos meus filhos quase que tenho que montar um andaime! – Meu pai falou rindo. — Isso é culpa sua, que botou fermento na comida deles dois, minha rainha!
Minha mãe também riu do jeito exagerado do marido e o acompanhou no beijo em mim.
— Bom dia pai, bom dia mãe. Vou tomar meu café, também tenho que chegar cedo no trabalho.
Meu pai terminou de se despedir da minha mãe, enquanto eu ia até a mesa. Quando finalmente meu pai saiu, minha mãe sentou junto comigo, me acompanhando no café.
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Anjo Capoeirista
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