6. Marcella

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Voltamos pra casa e fingimos que não sabíamos de nada. 

- Meu bebê, que bom ter você em casa novamente. - disse minha mãe abraçando Vitto.

- Sim, figlio. E quando você ganha o mundo novamente? - perguntou meu pai enquanto sentávamos à mesa para jantar.

- Que isso, papà? Já querendo ver o tuo bambino pelas costas? - Vitto perguntou divertido.

- Claro que não, figlio. Nada me daria mais prazer que ter i miei bambini perto de mim. (os meus bebês)

- Io conosco, papà. ( eu sei, papai). Mas para alegria geral - Vitto finge suspense. - Eu resolvi ficar.

- Di cosa stai parlando? (o que você está falando?) - papà pergunta sem acreditar.

- Estou falando, papà, que ficarei aqui em Buenos Aires e assumirei ao seu lado as Cantina Colluci. Isso se o senhor me quiser aqui. - brinca.

- Figlio mio, - ele se levanta. - Nada me faria mais feliz. - e abraça Vitto com lágrimas nos olhos.

Meu irmão também fica com os olhos marejados.

- Filho, mas e o seu sonho de virar um fotógrafo profissional? - mamma pergunta.

- Você tinha que acabar com a minha alegria, donna. (mulher) - papà fala mal humorado.

- Pra mim o que importa é a felicidade dos meus filhos. - ela responde com um olhar enviesado para papà.

Eu e Vitto sorrimos. Ele se aproxima de mamma e a passa o braço por seus ombros.

- Eu vou continuar meu sonho, mamma. Só que aqui.

Voltamos a nos sentar à mesa.

- Agora pra criar juízo de vez, só falta você se casar, figlio. - diz papà.

- Vamos por partes, papà. Tudo ao seu tempo.

- Quem vai se casar sou eu, papà. - digo de repente.

- Você, Marcella? - mamma fala espantada. - Que história é essa? Nem namorado você tem.

- Ah, dio mio, tenho certeza que é o Theo. - papà fala feliz. - Gostei demais daquele ragazzo.

- De quem você está falando, Marcella? - mamma não se dá por satisfeita.

- Tudo ao seu tempo, mamma. Melhor agora falarmos sobre os planos de Vitto com a Cantina. O que importa é a felicidade dos seus bebês, não é? - falei o mesmo que ela dissera e isso a calou, pelo menos momentaneamente.

Mamma não me deixou em paz, mas eu consegui tranquilizá-la. Disse que era uma menina ajuizada e que só me casaria com um bom homem. Ela não ficou muito satisfeita, mas respeito meu silêncio.

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora