Dizer que eu estava assustada era puro eufemismo. A briga entre os irmãos me abalou bastante, o ódio que vi nos olhos de Saulo me assombrou, mas ver culpa e dor brilharem nos olhos do homem que eu tanto amo me doeu na alma. Meu coração comprimiu dentro do peito e ao ouvir Theo dizendo que a culpa da morte dos pais era dele me fez abraçá-lo forte.
- Você era só um menino, amor. - falo baixo em seu ouvido. - Não foi culpa sua.
Theo me abraça forte e nada diz, mas sinto seu corpo tremer. Ele está chorando e aquilo me consome por inteira. Apesar de nada saber a respeito da morte dos pais, eu sinto a dor dele e choro também. Eu compartilho com ele a sua dor e gostaria de amenizá-la, mas não sei como.
Um bom tempo depois, Theo se acalma e me encara. Só então ele percebe que estive chorando também. Sem se preocupar em enxugar suas próprias lágrimas, ele enxuga as minhas.
- Não chore, pequena. Me perdoe. Por favor, me perdoe. - e começa a beijar minhas pálpebras, meu rosto inteiro.
- Eu não tenho que te perdoar, meu amor. - falo ainda com a voz embargada. - Só me deixa compartilhar com você essa dor que está aqui. - toco em seu peito, do lado do coração.
Ele pega a minha mão e beija.
- Eu te amo muito. - ele diz com tamanha profundidade. - Obrigado por me fazer tão feliz. - eu sorrio.
- Obrigada por isso também.
Ele sorri. É um sorriso verdadeiro, mas sei que ele ainda não está bem. Theo respira profundamente e segura as minhas mãos.
- Naquele dia que nos vimos pela primeira vez... - assinto. - Eu estava de ressaca porque no dia anterior tinha sido aniversário da morte dos meus pais. Eu sempre fico de porre nesse dia. - ele faz uma pausa. - Pra esquecer a dor. Mas a dor nunca me deixa. Eu tinha onze anos quando meus pais morreram. O Saulo tinha cinco. - ele fica olhando para as nossas mãos unidas. - Eu estudava numa escola particular. Meus pais não podiam pagar e eu só estudava lá porque eu tinha uma bolsa de estudos. As minhas notas eram altíssimas. Eu sempre me de bem nos estudos. - ele respira fundo novamente. - As férias estavam chegando e haveria uma viagem de uma semana pra Praia Grande. Eu pedi a minha mãe pra ir. - a voz dele começa a embargar. - Mas ela disse que não teria como pagar. Eu fiquei tão revoltado com aquilo. - Theo chora e aquilo faz doer demais meu coração. - Eu tinha um avô rico, mas era pobre. Eu me revoltei, mas tentei não deixar transparecer. Minha mãe percebeu. Então no outro dia ela me deu a notícia de que havia conversado com meu pai e eles iriam pagar com o dinheiro que estava guardando para um carro novo. Eu não devia ter aceitado, mas, no meu egoísmo, eu aceitei. - as lágrimas transbordam e eu as enxugo. - Dois dias depois de ter viajado, eu liguei para casa pedindo ao meu pai que fosse me buscar. Eu estava com muita saudade dos meus pais, eu queria voltar pra casa. Então eles deixaram Saulo com um casal de amigos e foram me buscar. Um motorista bêbado entrou na contra-mão e se chocou com o carro dos meus pais. Então nunca mais eu os vi. Nem pude me despedir. Muito menos pedir perdão.
Theo chorava tanto que seu corpo convulcionava. Eu só o abraço e fico falando palavras de consolo, falo que o amo e que a culpa não foi dele. Então ele para e me encara.
- Essa dor que me corroía todo só amenizou com você, meu amor. - não sei o que falar. - Você veio como uma luz pra acabar com a minha escuridão. Eu te amo, Marcella.
Ele não me dá tempo de dizer que o amo também, pois se apossa da minha boca. É um beijo sôfrego, cheio de emoção e significado. Agarro-me a ele e o deixo explorar a minha boca como quiser, entrego-me como sempre foi desde que nos casamos.
- Preciso amar você agora. - ele diz e eu me dou a ele. Só a ele.
Levanto os braços e ele puxa a minha camisola. Ele me olha interia e sorri.
- Você é tão linda, amor. - e volta a me beijar.
Arranco as roupas dele e Theo começa a beijar meu corpo todo, como em adoração. Deus, como eu amo esse homem.
- Eu amo cada parte sua. - ele beija minha boca. - Amo a forma que você se arrepia quando beijo sua nuca. - então ele beija e morde minha nuca. - Amo o cheiro da sua pele. - ele beija minha barriga. - Amo como seu corpo reage a cada toque meu. - ele chega a minha intimidade e aspira meu cheiro. - Deliciosa. Eu amo os seus gemidos quando te faço gozar. - ele passa a língua. - Obrigado por seu minha mulher, amor.
Então ele me chupa forte, sem freio, sem pressa, só me fazendo sentir e com isso, gemer. Puxo seus cabelos trazendo-o mais pra mim. Rebolo e esfrego meu sexo em sua cara. A ponta do nariz se move em meu clitóris já inchado e sinto calafrios por todo o meu corpo. A liberação acontece e eu gemo descaradamente com meu gozo molhando seu rosto.
- Theo! - grito seu nome como uma súplica sem sentido. - Faz o que você fez da última vez. - digo um pouco envergonhada, mas eu quero que ele saiba que eu sou toda dele.
Ele primeiro franze o cenho, mas logo entende e sorri maliciosamente.
- Tudo o que você quiser, amor.
Então ele continua a me foder com a língua e com o polegar ciscunda meu ânus já lambuzado. Sua exploração no local é lenta, abrindo devagar pra, enfim, empurrar seu dedo. As sensações se intensificam, estou cada vez mais excitada, cada vez mais molhada. Meu corpo vibra interio com ele penetrando minha vagina com sua língua e minha bunda com seu dedo. E mais uma vez o orgasmo toma conta de mim e eu gemo falando seu nome.
Eu o empurro pra cama e fico por cima. Vejo seu pau lindo, duro e grosso. Sorrio pra ele e passo a língua em meus lábios.
- Chupa, amor. - ele diz cheio de tesão.
Beijo a pontinha sorvendo a sua lubricação, saboreando aquele sabor delicioso. Lambo até a base e volto. Então tomo-o todo na minha boca, devorando como se fosse uma rara iguaria. E era de fato.
Theo me segura pelos cabelos, afastando-me do seu pau e direciona minha cabeça pra cima, e logo ataca minha boca. Ele me põe embaixo novamente e se encaixa entre minhas coxas.
- Você é minha. - diz ao esfregar seu pau em minha entrada. - Eu amo você.
Fecho os olhos quando ele me penetra e estoca devagar dentro de mim. Ele me beija, lambe, cheira, morde enquanto estamos unidos por nossos sexos, por nossos corpos, por nossos corações.
- Eu te amo, Theo. Vou te amar pra sempre. - digo, profundamente.
Então ele estoca mais rápido e sem parar. Meu corpo responde imediatamente e gozamos juntos, na mesma sintonia, com a mesma intensidade e a mesma força.
- Você é o meu lar, Marcella. - diz baixinho com a cabeça na curva do meu pescoço e eu sinto meu coração transbordar de mais amor por ele.
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Casamento por amor? - FINALIZADO
RomantikDois casamentos Marcella e Theo Martina e Vitto