50. Vitto

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Eu não estava nem um pouco feliz com aquela viagem. Me afastar da minha mulher naquele momento não era o aconselhável. Martina estava grávida e consequentemente muito sensível. Mas eu precisava ir. Era uma oportunidade única. O dinheiro era mais do que eu já havia ganho num único trabalho. Com essa grana pude comprar à vista o apartamento que seria o lar da minha família.  Além de ser uma grande chance de ganhar meu espaço dentro do ramo, pois por mais que eu estivesse gostando de trabalhar na Cantina, como nunca pensei que fosse possível é bom frisar, eu não desisti do meu sonho de ser um fotógrafo conhecido.

Então, antes de viajar fui a uma floricultura e encomendei um buquê de flores para cada dia da semana que eu ia ficar no Rio. Além de deixar uma mensagem para acompanhar cada buquê. Mas no aeroporto me despedir da minha Pipoca foi pior do que eu pensei. Amaldiçoo-me instantaneamente quando a vejo chorar daquele jeito e quase desisto de ir, mas eu não podia. Além de já ter assinado um contrato, eu precisava do dinheiro. E seriam poucos dias. Mas eu entendia a Martina. Fui tão idiota com a minha Pipoca que ela ainda tinha dúvidas do meu amor. Era compreensível. Assim que entrei no avião mandei uma mensagem e quando recebi a dela, meu coração se aquietou.

O trabalho era corrido. O dia todo eu trabalho quase que ininterruptamente. Eu chegava ao hotel um caco. Cansado era puro eufemismo. Mas eu sempre ligava pra minha esposa, para o meu amor. Nunca fiz sexo por telefone, mas a saudade era tanta que propus a ela. E a mulher que eu amava pra caralho me fez gozar vendo-a gozar. Porra, eu estava totalmente aos pés dela. Nunca pensei que um dia isso pudesse acontecer comigo. Um dia pensei que amava Antonela, mas nunca soube de fato o que era amor até admitir pra mim mesmo o quanto amava a minha Pipoca. E como fui imbecil em ter evitado enxergar isso.

- Amanhã é a última noite que você dorme longe de mim, amore mio. - fala com aquela vozinha doce que ela tem.

- Graças a Deus, amor. Essa distância tá me matando. Eu tô louco pra sentir seu cheiro, beijar cada pedacinho do seu corpo e me enfiar até o talo dentro de você. - ela dá uma gargalhada gostosa.

- Eu também, amore mio. Nem no Vittito hoje eu posso me enroscar pra amenizar a saudade que eu tô de você.

- Tenho ciúme daquele urso. - brinco e ela gargalha novamente. - Onde ele está?

- Já o deixei no nosso apartamento. No nosso quarto. - fala de modo sugestivo.

- Ficou tudo pronto, então? - ela assente.

- E tá lindo. Vamos fazer muito amor naquele quarto.

- Minha safadinha. - falo, já louco de tesão. - Porra, amor, com isso meu pau já cresceu aqui dentro da calça.

- Humm. - ele geme. - Deixa eu ver.

Aponto a câmera para o meu pau, afastando a calça de moletom que estou usando.

- Lindo. - ela faz com uma voz safada. - Me deu um calor de repente.

- Martina! - minha voz tem tom de aviso. - Não me tente. - ela gargalha.

- Você não está com calor? 

- Morrendo de calor. - entro na brincadeira.

- Então vamos tomar banho. - vejo ela se levantar.

Ela se dirige ao banheiro e coloca o celular no balcão da pia.

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora