Epílogo

1.8K 181 56
                                    

Vitto estava saindo do escritório na Cantina Colluci que ficava em la Boca e deu de cara com a irmã no salão do restaurante. 

- Não acredito! - ele já disse abrindo os braços para a irmã.

Marcella sorriu e pulou nos braços do irmão.  E os dois rodopiaram pelo salão como sempre faziam quando se reencontravam.

- Por que não avisou que vinha? - ele perguntou quando colocou a irmã no chão.

- Queria fazer surpresa.

- Papà vai pirar e mamma vai te dar umas boas palmadas.

- Não tem melhor boas vindas. - ela sorriu.

Os dois ficaram se encarando.

- Isso não tem gosto de dejavù? - ele perguntou  e Marcella assentiu.

- Tem. A diferença é que naquele dia foi você que retornou de viagem. E depois daquele dia nossas vidas mudaram pra sempre. - Vitto sorriu.

- Mas foi uma mudança pra melhor.

- Graças a Deus. Mesmo com o susto de achar que papà estava condenado a morte. - ele assentiu.

Vitto olhou pra ela levantando uma sobrancelha e com um olhar levemente sarcástico.

- Seu marido viu você saindo assim? - levantou o indicador e apontou para a roupa de Marcella. Ele adorava irritá-la mesmo com o passar dos anos, mesmo os dois adultos e casados.

Marcella revirou os olhos.

- Meu marido não é nenhum ogro como você. - sorriu irônica.

- Vou ter uma conversinha com meu cunhadinho. Isso é tamanho de saia, Pimenta? - provocou mais. 

Ela também resolveu provocá-lo.

 - Tenho pena da minha amiga que teve a infelicidade de casar com um homem das cavernas como você. Cuidado pra ela não ver a cilada em que se meteu e pedir o divórcio. - ele sorriu e Marcella gargalhou. - Dessa vez acho que ela nem vai esperar por você pra dar andamento. - ao lembrar esse fato do passado, Vitto não sorriu mais.

- Você é insuportável. - ela sorriu.

- Acredita que eu acho o mesmo de você? - brincou e ele voltou a sorrir.

Marcella abraçou o irmão e ele deu um beijo em sua bochecha.

- Papà e mamma estão aí? - ele assentiu. 

- Vem, vamos subir.

Os dois subiam juntos a escada que dava na casa da família Colluci. Mesmo com o passar dos anos e Vittorio ter assumido os negócios, o casal continuava morando no mesmo local. Os filhos insistiram para que eles fossem morar num apartamento perto deles, mas Armando era irredutível.

- Onde estão seu marido e seus filhos?

- Em casa. Eu quis vir primeiro contar a novidade.

- Que novidade? - ele quis saber.

- Vamos voltar a morar aqui em Buenos Aires.

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora