59. Martina

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Fico olhando pra ele. Absorvendo aquelas palavras. Meu Deus! Eu amo esse idiota. 

- Você não teve mulher nenhuma durante todo esse tempo? - ele nega, seu olhar é profundo, sinto que é verdade. - Por que ainda estávamos casados no papel?

- Não, Pipoca. Porque estive casado com você todo esse tempo aqui. - ele pega a minha mão e põe em seu peito. - Meu coração continuou batendo por você durante todo esse tempo.

Algumas lágrimas minhas caem e ele as enxuga com um sorriso lindo.

- Quando você começou a ser brega desse jeito? - falo com a voz embargada.

Vitto dá uma gargalhada gostosa.

-Posso consertar isso.

- Não se atreva, Vittorio Colluci.

Ele vem ao encontro dos meus lábios, mas me lembro de algo e o empurro antes dele alcançar o seu fim.

- O que você quer dizer com mesmo que eu não tenha sido fiel? - preciso perguntar. - É por causa do Marco?

Ele me dá um sorriso singelo e nega com a cabeça.

- A Marcella me contou que esse Marco é namorado da sua mãe. - assinto.

- Então por quê?

Vitto dá um longo suspiro.

- Quando você foi embora, eu contratei um detetive pra encontrar você. Meu ponto de partida era Paris. Ele seguiu seus passos até Roma. Há aproximadamente um ano depois de sua partida, fui atrás de você. - ele respira profundamente. - Sabia que estava trabalhando no Ferrero Roma. Fui até lá. Eu te vi. Com os cabelos curtinhos, ainda loira. Tão linda. - sorrio.

Vitto continua segurando a minha mão, mas agora ela está em cima de sua coxa direita.

- Por que não foi falar comigo? - pergunto, angustiada. Poderíamos ter reatado dois anos atrás.

- Eu vi um homem te abraçando e a senhora que você estava conversando passou dizendo que você se casaria com o neto dela. Fiquei com tanto ódio que fui embora. 

- Meu amor, eu não tive nada com aquele homem. O nome dele é Enrico. Não é o neto daquela senhora. Era o dono do Ferrero Roma. Ele quis ter um relacionamento comigo, mas nunca consegui. - ele me olhava profundamente.  - E o neto daquela senhora era muito jovem pra mim, mas ela queria que eu o esperasse.

- E durante todo esse tempo... - ele não conclui.

- Durante todo esse tempo eu só pensei em você. Me recriminava por isso. Por ter parado a minha vida enquanto você devia estar saindo com todas as mulheres da Argentina, inclusive a Antonela. A única coisa que fiz foi estudar pra ser chef de sobremesas, além de me esforçar muito pra não pensar em você.

- Meu Deus, Pipoca. - ela pega a minha mão e beija sem tirar os olhos dos meus. - Perdemos tanto tempo. Me perdoa por ter sido tão idiota no passado, eu juro que jamais vou repetir os mesmos erros. Eu te amo demais.

- Eu também te amo, Vitto. Tanto. Desde sempre só existe você em meu coração

Ele sorri pra mim.

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora