44. Vitto

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Martina está linda dormindo. Seus cabelos loiros espalhados pelo travesseiro. Seu corpo macio sendo abraçado pelo lençol de seda. 

Minha Pipoca. 

Sigo para o banheiro e tomo um banho. Enrolo a toalha em meus quadris e vou até a varanda. Começo a pensar em como a minha vida mudou esses últimos meses. Sorrio. Hoje percebo que a melhor coisa que me aconteceu foi o anúncio da chegada inesperada da minha pipoquinha. Ela me aproximou de Martina. Eu que tanto fugi das investidas loucas daquela desmiolada estava totalmente rendido a ela.

A nossa lua-de-mel foi curta demais para o meu gosto. Infelizmente eu não dispunha de tempo para mais. Assumir as Cantinas estava me dando mais trabalho do que imaginei, principalmente porque acabei tomando gosto pela coisa. Queria expandir para outros locais. Queria deixar a marca dos Colluci no mundo. E eu o faria. Fotografar sempre seria minha paixão e eu não abandonaria o que tanto gostava, eu só estava dando uma pausa. Volto a olhar na direção do quarto e Martina continua dormindo. Li nos livros que ela comprou que a gravidez aumenta o sono. Sorrio quando uma ideia me surge.

Entro no quarto e pego minha câmera. Levei pra tirar fotos da viagem. Comecei a fotografar minha Pipoca em vários ângulos. Apesar do barulho que o flash fazia, a dorminhoca não acordava. Acabei a sessão de fotos e fui acordá-la com beijos. Quando beijei sua boca, Martina gemeu. O beijo foi lento, profundo.

- Bom dia. - digo e ela me sorri.

Martina é linda, mas sorrindo consegue superar todas as minhas expectativas.

- Bom dia. - diz se espreguiçando toda. Depois me olha com aqueles lindos olhos que ela tem. 

- Tomara que a minha pipoquinha tenha esse sorriso. 

- Se não for uma menina você vai ficar muito frustrado? - sorrio e beijo seu pescoço. Depois volto a olhá-la.

- Não. Mas vai ser uma menina. Eu sinto. Eu sei.

Martina passa a mão por meu rosto. Fecho os olhos deleitando-me com o contato.

- Acho que você vai ser um pai bem babão. - abro os olhos e sorrio mais.

- Vou. Vou protegê-la de tudo e de todos.

- Você será o melhor pai do mundo. - me enche de orgulho aquelas palavras. Mostram que Martina confia em mim. Que acredita que serei um bom pai, mais até que eu mesmo.

- Temos que escolher o nome da nossa pipoquinha. - tiro o lençol que cobre o ventre da minha esposa e acaricio.

Martina gargalha.

- Ai, Vitto. A ultrasson pra saber o sexo só na semana que vem.

- Ouviu isso, filha? - digo aproximando a boca de seu ventre. - Ela não quer escolher seu nome. - coloco meu ouvido em sua barriga. - O que? - finjo que minha pipoquinha está me contando algo. - Sério, filha? Você vai preferir o  papai. - ela bate de leve em mim e gargalha. 

Linda. Perfeita. Minha. Sempre foi minha. E ali eu jurei pra mim mesmo que sempre seria.

Olho- a profundamente. Sortudo do caralho é o que eu sou. Martina sempre me amou, mesmo quando eu não merecia e agora me daria uma menininha linda como ela.

Casamento por amor? - FINALIZADOOnde histórias criam vida. Descubra agora