Saio daquele aeroporto arrasada. Uma coisa ruim enche meu peito e eu não sei explicar bem o que é. Amo o Vitto e sei que ele me ama.
"Você é a mulher que eu amo."
"A mulher da minha vida."
"Você e nossa pipoquinha são tudo pra mim."
Vou repassando aquelas frases em minha cabeça enquanto entramos no carro da minha mãe. Sim, ele me ama. Meu celular vibra e o pego. Abro o aplicativo de mensagem e sorrio em meio às lágrimas.
"Eu sei que eu demorei muito tempo pra enxergar o óbvio e talvez por isso você ainda tenha dúvida do meu amor, mas a verdade é que você é a minha vida. Eu te amo. Não existe mais Vittorio sem Martina."
- O que foi, amorzinho? - minha mãe pergunta preocupada.
- Nada não, mãe. Eu sou uma boba. - sorrio pra ela e enxugo as lágrimas.
Ela sorri também e começa a dirigir.
"Também não existe Martina sem Vittorio. Sem você eu não sou completa. Te amo."
Digitei a mensagem pra ele e enviei, mas vi que ele ainda não recebera. Possivelmente desligou o celular durante o voo.
Fomos pra casa da minha mãe. Minha mãe sugeriu que eu ficasse com ela enquanto Vitto estava viajando e meu marido adorou a ideia. Disse que ela cuidaria de mim. Zia Luísa ficou um tanto enciumada dizendo que também cuidaria muito bem de mim. Como se eu fosse uma criança. Mas eu disse que queria fazer um pouquinho parte da rotina da minha mãe, já que tantos anos nos foram roubados. Florencia estava presa e não tinha dinheiro pra pagar um advogado decente, então responderia pelo crime presa até o julgamento. Por sorte o crime que ela cometeu não prescrevera. Faltava um ano ainda pra isso. Carlos não tinha noção de nada do que ela tinha feita. Ele era uma vítima nas mãos dela. Extremamente apaixonado, fazia tudo por ela, inclusive registrar uma filha que ela dissera que tinha tido com um namorado que a abandonara.
Chego à casa da minha mãe e vou para o quarto. Toda a decoração é linda. Em tons de rosa claro. Sorrio ao ver minhas fotos quando criança. Mamãe fez questão de tirar muitas outras agora e distribuir por toda a casa. Havíamos combinado que quando minha filha nascesse, iríamos à minha cidade natal e também à São Paulo pra conhecer os meus primos. Infelizmente meus avós maternos haviam falecido. Deito um pouco na cama e acabo adormecendo. Acordo com uma dorzinha no pé da barriga. Como um início de cólica. Ligo pra minha obstetra, mas ela me tranquiliza dizendo que aquilo é normal, mas por via das dúvidas ficasse de repouso.E se a dor piorasse, ligasse novamente pra ela.
Marcella me ligou contando a novidade de que teria gêmeos.
- Não acredito que você já saiu ganhando de mim. - brinco e ela gargalha. Está exultante de tão feliz. - Eu engravido primeiro e você vai ter logo dois.
- Foi uma surpresa, amiga. Estou tão, tão, tão feliz.
- Minha Alice terá logo dois priminhos pra brincar.
- Queria tanto ter uma menininha também. Pra serem melhores amigas como nós.
Continuamos com a conversa sobre nossos bebês. Marcella ainda não sabia o sexo, mas fizemos planos e mais planos. Desliguei o celular e vejo que chegou mensagem do Vitto.
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Casamento por amor? - FINALIZADO
RomantikDois casamentos Marcella e Theo Martina e Vitto