Capítulo 071 - Maratona 4/?

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Christopher Point Of View

Um dia antes da viagem com a minha avó e com a Dulce, comecei a me preparar psicologicamente para a briga eterna entre a minha avó e a Dulce nessa viagem. Sinto que isso ia dar uma confusão danada entre elas.

Minha avó tinha vindo um dia antes da viagem para minha casa, e estava perturbando a Dulce, a ponto dela ter que dormir com a porta e a janela do quarto dela trancada.

A coitada estava vivendo um verdadeiro inferno com a minha avó perturbando ela, o que me dava um pouco de pena dela. Mentira, eu me divertia vendo a minha avó perturbando a Dulce.

Quando a Dulce dormia comigo, o que acontecia as vezes, eu sempre esquecia de trancar a porta e minha avó entrava em meu quarto, expulsando a Dulce aos pontapés.

Confesso que a minha avó estava passando dos limites, mas quando eu conversei com ela, ou pelos menos tentei, ela quase me deu um puxão de orelha, por estar passando um quase sermão nela.

Então eu desisti de ter uma conversa civilizada e me perguntei como o meu avô aguentou a minha avó por todos esses anos. Minha avó sabia ser chata quando queria.

E então eu decidi falar com o meu avô e pedir para ele ir com a gente nessa viagem. Assim a coitada da Dulce teria um pouco de descanso, e eu evitaria que elas duas se matassem.

Claro que eu sabia que não ia ser fácil convencer o meu avô de fazer essa viagem com a gente, ultimamente ele e a minha avó estavam brigando muito, e quando eu perguntei o motivo, eles não me responderam.

De qualquer forma, seria melhor o meu avô ir, e tentar controlar a minha avó, que parecia que nos últimos dias estava querendo matar alguém.

Eu não entendia a minha avó, nos últimos dias ela estava querendo me controlar, se eu dormia demais, ela me acordava aos berros e se eu não dormia, ela dizia que eu tinha que descansar a mente e o corpo.

A minha avó estava muito controladora, onde eu ia, ela queria ir junto. Parecia que ela queria me proteger de algo, como se eu fosse um bebê indefeso. E eu estava simplesmente odiando ela ser a minha sombra.

Mas a minha avó precisava entender que eu não era mais um bebê que estava aprendendo a andar, e que se caísse, ia começar a chorar, até alguém me pegar no colo e me fazer para de chorar.

Eu estava me sentindo sufocado com a minha avó na minha cola, querendo saber sobre cada passo que eu dava, e onde eu ia. Eu não podia mais andar na minha própria casa, que a minha avó estava em qualquer lugar me vigiando.

Sinceramente, eu já não sabia mais se era uma boa idéia viajar com a minha avó, ela estava tão chata nos últimos dias, que isso já estava me irritando.

Eu entendia que ela queria me proteger, mas proteção de mais, me sufocava. Estava na hora da minha avó entender que eu não precisava de proteção.

Eu teria que ter uma conversa bem seria com a minha avó, ela já estava passando dos limites, no quesito querer me vigiar e saber onde eu ia.

Pra completar, ela tinha colocado os seguranças que o Flávio tinha contratado para vigiar a casa e a mim, para me seguir e me acompanhar onde eu fosse.

Sinceramente, eu estava me sentindo um prisioneiro e que para sair, tinha que ter um segurança para me acompanhar a todo lugar. Como se eu precisasse de uma sobra me vigiando.

Hoje como era sexta feira e teria consulta com a mãe do Lucca, e como sempre, eu tinha acordado cedo, e depois de tomar um banho e me vestir adequadamente, fui tomar café.

Amor Por Contrato | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora