Capítulo 077 - Maratona 10/10

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Christopher Point Of View

Tudo estava calmo e estranho, as coisas pareciam ter começado a andar na linha e agora eu estava começando a acreditar na lei de Murphy*, onde diz que se algo pode dar errado, dará.

Então eu não acreditava nessa coisa de destino e acreditava sim que alguma coisa poderia dar errado em qualquer momento da minha medíocre vida. Me pergunto em que momento da minha vida eu comecei a lamentar tanto.

Ultimamente tudo na minha estava dando errado, que eu estava começando a acreditar de verdade que a Lei de Murphy adorava acabar com a minha vida. Tão deprimente.

Eu não entendia tudo o que estava acontecendo em minha vida, me perguntava se tudo isso era um carma ou era a vida querendo me ver no chão. Eu apostava nas duas opções.

Ainda tinha o fato de que o Flávio podia sim ser o meu pai, e então eu ia ficar bem desesperado caso o exame de DNA desse positivo. Não era algo que eu queria.

Mas agora eu tinha um acordo com Flávio, e eu já estava me arrependo de ter aceitado o acordo com o Flávio. Eu sabia que ia dar muita merda caso o exame desse positivo.

E sim, eu ia ter que aceitar de muita mal vontade que o Flávio era sim meu pai, e em todo caso, ia ter que deixar ele me tratar como filho. O que me embrulhava o estômago só de ter que passar por isso.

Eu ia ter que rezar muito para o teste de DNA dar negativo, assim eu ia poder me livrar do casamento que eu não queria estar e de quebrar, me livrar da Dulce também.

O acordo com o Flávio era simples, se o teste desse positivo, eu começava a tratar o Flávio como o pai que ele não era e nunca ia ser, e se desse negativo, eu podia me separar da Dulce.

Por isso que eu estava apostando todas as minhas fichas no teste dar negativo. Só esparava que a lei de Murphy não resolvesse atrapalhar tudo como sempre fazia.

Naquele dia, depois de uma boa noite de sono, eu me levantei e me arrumei para ir me consultar com a mãe do Lucca. Assim que sai do quarto, revirei os olhos discretamente ao ver Flávio saindo do quarto em que ele dormia.

Pra completar a minha desgraça, Flávio resolveu que era legal passar um tempo na minha casa, me perturbando e tirando a minha paciência que eu não tinha.

Fingi que eu não tinha visto ele, e desci as escadas rapidamente e entrei na cozinha, vendo a mesa já posta. Meu estômago roncou e eu me sentei, começando a me servir.

Não demorou muito para Flávio aparecer e Dulce apareceu logo depois e não cumprimentou ninguém e eu me perguntei se estava tudo bem com ela. Mas depois desisti de tentar saber sobre Dulce.

Tomei meu café tranquilamente e quando terminei, me levantei e fui novamente ao meu quarto, e escovei os dentes e sai do banheiro, vendo Flávio sentado na cama.

Acho que eu tinha jogado pedra na cruz pra merecer tal coisa, Deus, que karma. Ok, eu tinha que fingir aguentar o Flávio, pelo bem de todos.

Ucker: O que faz aqui Flávio? Sabe que não gosto que entre em meu quarto sem permissão.

Flávio: Só vim te lembrar que vamos fazer o exame hoje.

Ucker: Eu sei, e saiba que vou estar rezando para dar negativo.

Flávio: Você acredita mesmo que vai dar negativo Christopher?

Sim, eu acreditava que esse teste de DNA podia dar negativo. Mas eu não podia negar para mim mesmo, que lá no fundo, bem lá no fundo eu também acreditava que podia dar positivo.

Amor Por Contrato | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora