Capítulo 082

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Christopher Point Of View

Eu estava no meu limite, sentia que a qualquer momento eu podia perder a cabeça e acabar enlouquecendo de uma vez por todas.

Mas essa era a menor das minhas preocupações, tudo ultimamente estava me deixando irritado e a ponto de explodir. Acho que as pessoas tinham o prazer em me irritar, só para me ver perder a paciência.

Eu não aguentava mais, era tanta coisa na minha cabeça, que eu tinha medo de acabar enlouquecendo e acabarem me internando em um hospício.

A única coisa que me impedia de enlouquecer totalmente era o meu filho. Eu estava sendo forte por ele, apenas ele que me mantinha feliz e livre das minhas preocupações.

Depois daquele fiasco que tinha sido a festa de ano novo, que o Flávio tinha estragado mais uma vez, ele tinha parado de pegar no meu pé. O que eu agradecia muito por isso.

Eu tinha um momento de paz ao me ver livre do Flávio, e isso me deixava bastante aliviado e eu podia ficar em paz, sem o Flávio me perturbando como ele se faz.

Mas de uns dias para cá, ele anda pegando muito no pé da Manuela, por causa do seu namorado. O que me deixava bastante confuso sobre isso, talvez o Flávio não quisesse que a Manuela tivesse um namorado.

Eu apostava que tinha coisa por trás dessa história toda e apostava todas as minhas fichas, na hipótese de que o Flávio conhecia o namorado da Manuela.

Era isso ou ele então tinha arrumado alguém para perturbar, além de mim é claro. Mas isso não anulava o fato de que ele podia pegar no pé das pessoas sempre que quisesse.

Mesmo assim, ninguém tinha mais paz por causa das brigas entre o Flávio e a Manuela, me deixando ainda mais estressado com tudo o que acontecia.

Já tinha desistido a muito tempo de tentar colocar paz dentro daquele casa, mas como uma pessoa como o Flávio era totalmente impossível.

Então eu tinha que ouvir as brigas entre os dois e ficava quieto em meu canto. Já estava cansado de tentar separar a briga dos dois, e eles sempre voltavam a brigar.

Nesse momento eu podia ouvir a briga dos dois no andar de baixo, enquanto eu ouvia alguma coisa se quebrando. Devia ser a Manuela tentando matar o Flávio com algum enfeite caro que tinha na sala.

Eu estava trancado no quarto, enquanto olhava para o teto e ouvia a briga. A janela estava fechada, deixando o quarto escuro, e a televisão estava ligada, em um volume baixo.

Eu estava sem fome, não iria descer e encontrar o Flávio mais uma vez tentando fazer a Manuela terminar com o seu namorado. Acho que isso devia ser um karma.

Suspirei mais uma vez e senti a minha barriga roncar de fome, mas eu me recusava a descer e tomar café. Também não queria que ninguém me incomodasse, mesmo que Maria já estivesse batido na porta várias vezes, tentando me fazer descer.

Pisquei os olhos confuso e olhei para a televisão, mas não prestando atenção realmente no que passava ali. Eu não conseguia prestar atenção em nada.

A briga parecia ter acabado de vez, estava tudo silêncio e a única coisa que eu podia ouvir era o som da minha respiração calma e a minha barriga roncando de fome as vezes.

Ouvi a porta abrir lentamente e me sentei na cama e mesmo com a falta de luz, vi que era Lucca que tinha entrado com uma bandeja com um café da manhã.

A bandeja foi posta na minha frente e as cortinas foram abertas, deixando a luz do sol entrar e iluminar o quarto. Demorou um tempo para me acostumar com o quarto todo claro, já que ele estava todo escuro antes do Lucca abrir as cortinas.

Amor Por Contrato | VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora