𝐒𝐞𝐠𝐫𝐞𝐝𝐨𝐬 𝐞 𝐌𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫𝐚𝐬 - Heyna/Siyoon

6 years ago

[ Bom diaa! Bom gente, era pra ter mais história, só que eu realmente me senti mal de escrever essas coisas, sei lá, talvez pq minha infância também foi abusiva, mas isso não vem ao caso, me perdoem por isso mas foi só o que eu consegui.]  Boa leitura ou sei lá kk [ah relacionamento abusivo não é saudável, se vocês por favor conhecer alguém que está passando por isso, avise, se a pessoa não escutar não dê as costas, insista, essa pessoa precisa de ajuda]

Heyoon's Pov.

- minha filha você precisa se casar logo, estou esperando isso há anos. - minha mãe fala e nego com a cabeça.

- mãe, eu só tenho dezoito anos, eu preciso viver muito. - digo. - a propósito o papai inventou essa coisa de namoro com o Derek sendo que eu não o amo dessa forma...

- você não o ama? - ela pergunta incrédula.

- claro que não, mãe. O papai praticamente me jogou pra ele e ele aceitou. - falo revirando os olhos e vejo o horário. - ai meu Deus, está tarde, melhor eu ir. - levanto do sofá e deixo um beijo na testa de minha mãe.

Assim que saio da casa, entro no carro e dirijo até minha casa, ao chegar lá saio do carro pegando minha mochila em seguida e entro na pequena casa.
Passo pela sala e o Derek não estava lá, subo as escadas e entro em meu quarto, eu não sei mesmo o que vou fazer, apareceu um teste pra fazer e é o que eu mais quero, mas o pai e o Derek não vão deixar, ainda bem que minha mãe me apoia em tudo e sempre irá apoiar, sinto uma mão pousar em meu ombro e apertar sem muita força, suspiro pesado já sabendo quem seja.

- por que chegou tarde? - Derek pergunta calmo.

- eu estava no trabalho. - é apenas o que falo  já pegando a toalha e indo para o banheiro.

Depois de alguns minutos desci as escadas e caminhei até a cozinha para preparar o jantar, não sabia cozinhar no começo quando comecei a morar com o Derek, mas logo minha mãe me salvou dando aulas de culinária, eu a agradeço tanto hoje por isso.

- por que você mente pra mim, Heyoon? - Derek aparece em meu campo de visão me fazendo congelar por completo.

- eu n-não minto pra você, Derek. - falo tentando me acalmar e não surtar.

- eu liguei pro seu trabalho, eles disseram que você não saiu tão tarde assim, então, vai me dizer onde estava? - Derek pergunta.  Ele estava tão calmo, isso me assustava e muito.

- e-eu... Eu estava na casa da minha mãe. - falo rapidamente olhando pra ele.

- você sabe que eu não gosto que vá até lá. - ele se aproxima levando sua mão até o meu rosto que o acariciava.

- eu sei, mas hoje tive que dizer algo pra ela.

- o que era?

- nada de mais, era sobre o casamento. - falo e sento na cadeira.

- o nosso casamento não é importante? - ele pergunta acariciando meu cabelo.

- não quis dizer isso, eu, eu só queria dizer que não falamos mais nada além disso, só...

- por que mente, Heyoon? Eu odeio isso. - ele diz passando sua mão em meu pescoço e me levanto rapidamente.

- eu não estou mentindo. - digo séria.

- não quero você na casa da sua mãe outra vez. - ele ordena e solto uma risada.

- você não pode fazer isso, você não vai, eu vou pra onde eu quiser, eu sou livre. - digo notando o olhar de Derek mudar e logo tento me afastar.

- você é livre é? Livre por quanto tempo? - ele pergunta vindo na minha direção.

- não, não Derek, por favor, não. - com uns passos para trás corro subindo as escadas e percebo que Derek está vindo atrás de mim, assim que tento fechar a porta do quarto, Derek hesita em empurrar e caio no chão.

- você não é livre, Heyoon, você é minha. - ele diz.

Ele ajoelha a minha frente e me puxa pelos pés. Ele leva suas mãos até a minha cintura, eu estava assustada, não conseguia me mexer, nem gritar, porque eu sei se fizesse alguma dessas coisas... iria ser muito pior.
Nunca imaginei que o Derek pudesse fazer tanta maldade, uma pessoa que eu considerava um confidente, melhor amigo, quase um irmão, agora virou alguém abominável. Ele rasgava meu cropped e arrancava meu sutiã, isso era péssimo, pois eu estava quase sem sutiãs e blusas, ainda ficava roxa com tanta brutalidade.

- Derek, por favor, não faz isso, eu não quero. - falo com os olhos marejados e sinto a mão de Derek vindo como um flash em um tapa forte no meu rosto.

A angústia de estar aqui, eu só queria fugir, mas simplesmente não consigo, eu preciso pedir socorro, mas tenho medo, eu preciso dar um fim nisso. Mas eu tenho medo da morte. Estava chorando, ele não parava, nunca parava, ele continuava e continuava, eu sentia nojo, desespero, medo, angústia, tudo em um mesclar só.

Assim que ele terminou me encolhi no canto do quarto ainda despida, chorando.
Eu sentia nojo de mim, do meu corpo, só de pensar que o primeiro a usar esse corpo o ele, me dá ânsia de vômito, eu tenho vergonha de mim por isso.

No dia seguinte.

- amiga! O que foi que aconteceu com você? - minha amiga Linsey perguntou notando a marca roxa em meu rosto.

- nada, me envolvi em uma briga de trânsito e uma mulher acertou bem em cheio. - minto, tinha vergonha e medo de falar a verdade.

- meu Deus, ela deve ter uma mão pesada e grande, já passou gelo nisso? - ela passa sua mão no machucada e faço uma careta negando com a cabeça, respondendo sua pergunta.

- precisa passar. Eu ajudo você. - ela fala, Linsey era realmente uma amiga importante para mim.

- obrigada.

Naquela manhã passei o dia passando coreografias para os alunos novos, eles estavam em teste e eu seria quem iria dar as notas e dar o resultado de quem entra na academia de dança. Mas também passei o dia com aquela bolsa de gelo que a Linsey fizera pra mim no rosto, meu rosto estava latejando, às vezes uma tontura vinha e eu me sentia mal com isso, eu não suportava mais.

- amiga, você vai fazer o teste mesmo para o now united? - Linsey pergunta assim que saio do vestiário.

- sim, eu quero, é um motivo pra mudar minha vida e sumir daqui. - digo seca.

- o que tem de errado aqui? - ela pergunta caminhando ao meu lado.

- absolutamente tudo. - falo entrando no meu quarto e me despeço de Linsey.

Ao chegar em casa vejo Derek sentado no sofá, passo por ele e ele levanta agarrando meu pescoço com apenas uma de suas mãos. Eu relutava, eu achava realmente que iria morrer naquele momento, mas ele me solta logo em seguida.

- p-p-por que fez i-isso? - pergunto com dificuldade tentando recuperar a respiração.

- tô sabendo que vai fazer um teste e não pediu minha permissão. - ele diz.

- eu não preciso da sua permis... - tento falar, mas sinto um chute em minha costas.

- não precisa mais mesmo, porque acabou, você não me serve mais, sabe quem serve e é perfeita pra mim? A linsey, sua amiga favorita. - ele fala. O que?????

- como assim? - pergunto ainda jogada no chão.

- eu traía você com ela, simples, agora vai arrumar suas coisas e ir embora daqui porque eu não tenho todo o tempo. - ele fala voltando a sentar no sofá.

Com muita dificuldade mesmo, levantei caminhando devagar até a escada e subindo até o quarto. Com tudo arrumado, saí daquela maldita casa, sim, finalmente estava livre, finalmente vou ir pra bem longe daqui e ninguém irá me prender, ninguém.

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