One less

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Aquela manhã eu acordei com a força do ódio, odeio acordar cedo, Sina e Diarra vão passar aqui daqui a pouco. Levantei pedindo a Deus que um piano caia em minha cabeça e que eu fique em coma só pra dormir por mais tempo. Caminho até o banheiro para fazer minhas higienes matinais, amarro meu cabelo em um rabo de cavalo, já despida entro no box e ligo o chuveiro começando meu banho gelado pra ver se o sono ia embora, me ensaboo e me enxáguo.
Depois de minutos termino meu banho, desligando o chuveiro e me enrolo na toalha indo para o meu quarto. Abro meu guarda-roupa procurando uma roupa adequada para que minha mãe não critiquei como sempre faz, alguém bate na porta e mando entrar.

- oi amor. - Sina entra se aproximando.

- oi linda. - falo selando os lábios dela. - tô indecisa na roupa, me ajuda.

- claro. - ela diz. - usa um vestido, você fica tão linda com aquele vestido colado preto.

- parece ser apropriado. - digo.

- apropriado? Pra ir em um aeroporto? - Sina pergunta.

- não, pra minha mãe, o aeroporto não. - digo dando risadas.

- aaah, faz sentido. - ela ri.

Assim que me vesti, saímos do quarto indo para a sala e vendo Hina e Diarra a nossa espera.
Logo saímos do prédio entrando no veículo e Sina deu partida saindo dali e indo para o hotel onde minha mãe estava a espera.

- eu gostei muito dela. - Hina fala.

- eu também, nunca imaginei que sua mãe com aquele carão seria tão legal. - Diarra fala nos fazendo rir.

- eu fiquei com medo dela no começo. - Sina fala.

- claro, ela é sua sogra. - Diarra diz.

- e que nem sabe, porque se ela descobrir pode te matar. - Hina fala.

- meu Deus gente. Minha mãe não é um monstro. - falo.

- não estamos falando isso amor, só estamos dizendo o que achávamos antes de conhecer ela, ela é um amor. - Sina explica.

- que bom, Sina, porque você vai ter que me proteger quando você ver chinelo voando na nossa direção. - digo fazendo as meninas caírem na gargalhada.

- meu Deus, que medo. - Sina fala e dou risadas negando com a cabeça.

O trânsito não ajudava em nada essa manhã em Los Angeles, era horrível, mas assim que chegamos no hotel minha mãe já estava pronta com a chegada do carro, o concierge ajudou colocando as malas no porta-malas enquanto minha mãe adentrou no veículo no banco de trás com Hina e Diarra.
Assim Sina deu partida que dessa vez foi para o aeroporto e que não demorou muito o trajeto, o tráfego havia sumido, Sina tinha pegado um atalho. Ao estacionar o carro, saí do veículo e ajudei minha mãe a descer, entramos no aeroporto fizemos todos os procedimentos do check-in e nos direcionamos ao portão de embarque até a espera de minha mãe entrar.

- vou sentir muito a sua falta, minha filha. - minha mãe fala já desabando em lágrimas.

- eu também vou mãe, mas eu vou em breve te visitar, eu prometo. - digo e a abraço forte.

- promete que não vai se esquecer da gente, da sua família? - ela pergunta.

- prometo mãe, nunca vou me esquecer de vocês, eu nunca me esqueci de vocês. - falo com os olhos marejados.

Minhas mãe abraçou as meninas, ela realmente gostou delas, eu ia sentir muita falta dela, de suas broncas e do amor de mãe que ela sempre dá, da comida que ela faz de absolutamente tudo. Mas é difícil pra mim voltar para a Coréia, não vou poder ir tão cedo.

𝐒𝐞𝐠𝐫𝐞𝐝𝐨𝐬 𝐞 𝐌𝐞𝐧𝐭𝐢𝐫𝐚𝐬 - Heyna/SiyoonOnde histórias criam vida. Descubra agora