CAPÍTULO TRÊS

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   Kurama foi o primeiro a reagir, o sorriso assustador do rapaz não vacilou em nenhum momento, e era isso o que parecia ter deixado a Mari subitamente nervosa.

  ㅡ Você é engraçada, pequena ladra. ㅡ Disse o rapaz.

  Akemi arqueou uma de suas sobrancelhas e inclinou a cabeça. Seu olhar varreu o trio. 

   ㅡ É assim que vocês fazem? ㅡ Indagou, para sua surpresa seu tom era afiado, como se ela realmente não tivesse medo daquelas pessoas e não tivesse passado toda a vida fugindo delas. ㅡ Desacordam e cercam suas vítimas? Se querem me matar, vão em frente, mas corta a ladainha.

   Pela expressão de ofensa explícita no rosto da moça, Akemi pode deduzir que ela já havia escutado alguma das histórias contadas sobre os meio-youkais do Instituto Youkai. Mas sua reação fez com que ela se questionasse o motivo de se sentir ofendida, ela duvidava que eles fossem seres gentis de qualquer forma.

   Kurama sorriu, um sorriso assustador. Mari disparou antes que ele pudesse comentar qualquer coisa:

    ㅡ Que tal se falássemos sobre isso no jantar? ㅡ Sorriu. ㅡ Nunca é bom discutir de barriga vazia.

    Ela não esperou que Akemi aceitasse o convite. Dando as costas para todos na sala, a hogosha saiu.

    Percebendo que não tinha escolha se não dançar conforme a música, e que não conseguiria sair dali sem suar bastante ㅡ se conseguisse sair ㅡ, Akemi a seguiu. Qualquer lugar que Mari fosse seria melhor do que ficar mais tempo com os dois rapazes.

    Acompanhando a jovem Hogosha, ela a seguiu até uma varanda cercada de vidro, onde havia uma mesa vermelha com oito lugares. Sobre a mesa diversas comidas estavam postas em louças de porcelana decoradas, comidas tanto norte-americanas quanto japonesas.

   ㅡ Então o lance de vocês é opressão psicológica, não assassinato? ㅡ Comentou Akemi enquanto se aproximava da mesa.

   Mari lhe lançou um olhar de reprovação.

   ㅡ Não queremos matar você. E acho que não deveria acreditar em tudo o que te contam.

   Akemi deu de ombro. 

   ㅡ Não tenho motivos para duvidar.

   Mari se sentou, dando algumas batidinhas na cadeira ao seu lado direito. Um pedido para que Akemi se sentasse.

   ㅡ Quem trocou minhas roupas? ㅡ Questionou enquanto se sentava. Ela não havia visto nenhuma outra pessoa além dos três hogosha e ela naquela cobertura.

   ㅡ Eu. Me desculpe se isso te incomodou, não pretendia ser tão invasiva.

   Como poderia não incomodar?

    Foi inevitável olhar para as mãos cobertas da moça. Tecnicamente ela não tinha lhe tocado.

   ㅡ Por que você se sentiria culpada caso eu não acordasse? ㅡ Akemi perguntou, se lembrando do comentário da hogosha na sala de estar.

   Ela percebeu a mudança repentina no comportamento da outra. Abruptamente Mari parecia estar extremamente interessada no assunto. Ela se virou na cadeira para encarar Akemi com seus olhos jade.  

IY- Ao Cair Da NoiteOnde histórias criam vida. Descubra agora