CAPÍTULO QUATRO

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   Akemi piscou.

   ㅡ Qual é exatamente a diferença entre uma e outra? ㅡ Questionou franzindo a testa. No seu ponto de vista, todas as duas eram um pé na cova.

   Ela se lembrava da tia lhe dizendo que os hogosha eram treinados para nunca excitarem, nem terem piedade diante de leis quebradas.

   A partir do momento que sua mãe e tia a escondeu por dezessete anos, ela havia quebrado uma de suas leis. Esta era a escolha que haviam feito em seu nome, Akemi imaginou.

   Amargamente ela percebeu que dentre suas opções não havia: "Voltar para o lugar de onde veio", se bem que essa era a intenção dos agentes, reivindicá-la.

   ㅡ Na Academia você não será julgada pelo Conselho. ㅡ Respondeu lhe Mari simplesmente.

   ㅡ O que a Srta. Sasaki quer dizer, é: "Receberás clemência". ㅡ Kurama comentou, alisando seu terno como se tivesse poeira sobre ele. O rapaz ergueu o rosto, um sorriso ladino se formou em seus lábios. ㅡ Mas é claro, tudo depende do seu ponto de vista. 

   Todas as opções cheiravam a pura condenação. 

   ㅡ Que beleza ㅡ Akemi suspirou exasperada. ㅡ Fui trazida até aqui para logo em seguida ser levada para sabe se lá onde. 

   Em um timing perfeito, o celular de Shin tocou. Seu toque não passava de três toques simples de gotas d'água batendo em uma poça.

   ㅡ Sempre pontual. ㅡ Murmurou Kurama com reprovação.

    Mari olhou apressadamente para Shin, e logo todos prestavam atenção no rapaz apático, até mesmo Akemi, que o observava em silêncio. 

    Shin tirou seu celular do bolso no terceiro toque, após abri-lo, colocou no ouvido. 

    ㅡ Mestra. ㅡ Disse em japonês, como saudação.

    Mestra?, Akemi se indagou, franzindo a testa. Era difícil dizer a o que ela devia se preparar a partir dessa ligação. Se deveria esperar algo bom ou ruim dessa "mestra" era uma questão sem resposta, levando em conta as expressões dos hogosha ao seu redor, que variavam. Kurama não deixava nada mais que tédio estampado em seu rosto e Mari aparentava ter perdido sua alma, ela parecia uma estátua de mármore, pálida e totalmente imóvel. 

    ㅡ Sim, ela já está acordada. ㅡ Shin falou, olhando com desdém para Akemi. Que a morte te pegue enquanto dorme. ㅡ Sim, ela está respirando e totalmente consciente. ㅡ Seu olhar foi para Kurama e Mari ao dizer: ㅡ Ok.

    Ao encerrar a chamada ele começou a se levantar, seguiu em silêncio até a saída da varanda. Akemi estava transpirando curiosidade, e por sorte Mari estava igualmente curiosa.

    ㅡ E…? ㅡ Ecoou Mari antes que o rapaz pudesse sair da varanda.

    ㅡ Arrumem suas coisas, vamos voltar para a Academia. Terminamos por aqui.

 Terminamos por aqui

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