Capítulo Vinte

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Ficamos no chão por mais alguns minutos para recuperar o fôlego, eu estava por cima de Helena ainda. Ela mantinha seus braços enroscados a mim. Enquanto acariciava minhas costas com as mãos.  Eu sentia seu coração bater forte, e desacelerar em contato com meu corpo nu. Que sensação inexplicável eu estava vivendo.

—  Obridaga! — Helena me olha nos olhos e agradece.

— Obrigada pelo quê? — Pergunto confusa.

— Por tudo! Principalmente por ter cuidado dos meus pequenos tão bem. Eu espero tê-la agradecido a altura! — Eu levanto minha cabeça, tentando entender se aquele olhar, aquele agradecimento, se aquilo havia se dado como forma de pagamento por hoje. Eu espero que não...

— Não está me agradecendo por ter ficado de babá com o que acabou de acontecer aqui não né? — Eu olhava pra Helena perplexa.

— Claro que não! Mas se quiser...

— Que? — Levanto rápido.  Antes que ela terminasse de concluir o que estava prestes a dizer.

— Você pensa que sou o quê Helena? — Pego a toalha e saio do box para me secar. Helena se levanta e desliga o chuveiro. — Meu Deus eu sou uma babaca mesmo. — Digo  chacoalhando a cabeça negativamente.

Seco minha bunda e sinto doer, Pois o sangue já estava frio. Eu solto um gemido agora de dor, diferente dos gemidos que rolaram na hora do prazer. Eu viro meu bumbum para o espelho e vejo o quanto está vermelho. Uns 3 tons, rosa, vermelho, vermelho mais escuro. Isso vai ficar roxo no dia seguinte.

— Alice se controle, eu não quis dizer o que está pensando não! — Ela vem em minha direção.

— Ah não? Eu sei muito bem o que quis dizer. — Passei de relaxada para uma pessoa tensa de uma hora pra outra.  — Eu não sei o porquê eu caio na sua. Eu não aprendo mesmo!

— Alice minha linda. Pare de ser infantil. Está fazendo tempestade num copo d’água por nada!

— Ah claro! Pra você sempre é nada. — Paro e a encaro. — Olha, eu estava já começando a acreditar que você gostasse de mim. Mas a verdade é que você me detesta. Eu só não sei a que troco me procura. É só sexo pra você não é? Eu sou só um objeto na sua cabeça! Nada além de uma rata de esgoto. Sem dona. É o que sou para a fodona Helena Simões. — Estou tão brava e arrependida mais uma vez por ter deixado Helena me usar.

— Alice não confunda as coisas. — Helena coloca suas mãos na sua tempora. Está demostrando impaciência.

— Confundir? Confundir com o que? Ah sim... Estou confundindo que a melhor amiga da Mônica está transando com sua namorada. Estou mesmo enganada de que a irmã de alma mais leal do mundo não pode ver a Lilice da Mô que já cai de boca chupando tudo para si por puro ego. — Meu rosto recebe um tapa. Eu coloco as mãos no rosto. Viro para Helena e a encaro com fúria. — Nunca mais levante suas mãos para mim outra vez sua falsa! — Visto minhas roupas com urgência.

Minhas lágrimas querem cair e eu preciso sair da frente dessa mulher. Vou até a sala e procuro por minha mochila. Coloco nas costas e vou para fora. A chave estava na porta. Ainda bem, mais fácil para sair. Procuro a chave do portão, quando vou abri–lo, sou limitada por Helena me segurando.

— Me solta Helena. — Digo alto e chorosa.

— Você não vai sair daqui Alice, são 3:00 da manhã pelo amor de Deus! — Realmente estava muito tarde. Eu tinha até esquecido da Mônica. Com certeza ela não viria mais. E por falar nisso, ficamos 2 horas dentro do banheiro, muito tempo. Nem percebemos que a hora passou tão rápido.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Onde histórias criam vida. Descubra agora