Capítulo Vinte e Três

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🚨 O Vídeo acima é a música da trilha sonora deste Capítulo a tradução da letra está no fim do Capítulo 🚨

O domingo havia chegado e eu estava a caminho do parque para encontrar com Mônica e os gêmeos. Vamos brincar muito hoje. Nós vamos aproveitar bastante o dia com os pequenos. Mônica contou que eles passaram a semana toda perguntando por nós duas, ansiosos pelo passeio. Ela fala deles com tanto amor, é tão fofo como ela ama essas crianças. Tão apegada a eles.

Pensando nisso, paro pra analisar se caso Mônica soubesse do que houve entre mim e Helena. Começo a imaginar coisas, imaginar a briga que seria entre essas duas amigas e tudo por minha culpa.

Mônica se afastaria de Helena? Será que a amizade ficaria abalada? Imagina pra Mônica como seria difícil perder a amiga e os gêmeos que ela tanto ama. Ela fica maluca para estar com eles.

Eu tenho o direito de acabar com isso? Eu entrei na vida de Mônica para destruir uma parte dela? Talvez a melhor parte da vida dela. Eu não tenho esse direito. Ou eu me afasto de vez sem dizer nada ou eu conto tudo.

Eu estava até decidida a não contar e continuar relevando. Mas da primeira vez que aconteceu eu me silênciei pensando que poderia dar certo. Mas aí, aconteceu a segunda.

Eu estou mesmo decidida que jamais haverá uma terceira, estando com Mônica ou não. Mas minha cabeça está borbulhando por guardar isso.

Esconder de Mônica não é honesto. Agora, diante de tudo isso o que devo fazer? Eu preciso de uma luz meu Deus.

Mas Helena tem razão, eu preciso agir como adulta que sou. Pensar nas crianças, pensar numa amizade de mais de 30 anos. Poxa tem crianças envolvidas. Isso está mais difícil do que pensei que seria.

Ao longe eu avisto Mônica com os dois cuequinhas correndo no gramado em uma parte do parque

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Ao longe eu avisto Mônica com os dois cuequinhas correndo no gramado em uma parte do parque. Ela se jogava no chão com eles, eles se jogavam em cima dela.

Eles gargalhavam quando ela fazia cócegas neles, eles tentavam fazer nela. Uma zorra só esses três. Eu parei um pouco onde eu estava e fiquei olhando, sorrindo, lembrando dos meus pequenos que eu amo tanto, os meus sobrinhos que eu cuidei, como era gostoso tê-los comigo, como eu não conseguia viver mais sem o som da risada deles. Sem sentir o cheirinho de perfume de criança depois do banho. Aquilo me deixava tão feliz.

Analiso toda a cena com os gêmeos novamente. Definitivamente eu não tenho o direito de acabar com essa coisa linda que eles têm. Nem seria humano causar sofrimento para essas pessoas. Aliás “essas pessoas" eu já tenho um carinho enorme. Não tenho coragem de causar mau a nenhum deles.

— Tia Lilice...

— Tia Lilice... — Eu estava distraída pensando o quanto eu estou ferrada que não vi que os gêmeos me viram e vieram correndo ao meu encontro. Eu sai do transe e fui dar atenção a eles.

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