VANILLA O Sabor Mais Doce (CONCUÍDO)✔

Capítulo Um

🔥 Os desejos de um adulto são como uma criança, quanto mais experiente, mais exigente se torna 🔥

🌡💥🌡

Eu olho para a mulher a minha frente e sinto admiração. É linda por dentro e por fora, tem uma força enigmática que contagia, além de eu poder chama-la de minha senhora. Eu gosto disso! Essa me apresentou o melhor dos meus desejos mais insanos que um dia eu jamais sonhei em conhecer. Com ela eu vivo sensações maravilhosas, dentro e fora do sexo. Desejos quentes, chamas acesas, lábios nos lábios, mãos passeando sobre nossos corpos suados, cansados de tanto se movimentar para satisfazer uma a outra, carinhos, tapas, puxões de cabelo, mordidas cheias de tesão e um colo quente aconchegante quando se precisa. Loucura a duas. Muita alegria e satisfação numa vida deveras agitada!

...

Estou apreensiva com o meu compromisso para esta noite. Hoje é o aniversário de Mônica e fui convidada para comparecer a inauguração de um de seus projetos que suas amigas e amigos estão organizando.

Não pedi detalhes de onde será, portanto, não faço idéia. Não conheço seus amigos ainda, isso me deixa um pouco ansiosa. Mônica é uma mulher feita, e hoje está completando 33 anos, decidida, dona de uma personalidade incrível e admirável. Apesar de tudo, o que mais gosto nela é sua simplicidade e leveza de viver a vida de uma forma tão consciente e responsável.

Três meses atrás, meus dias eram diferentes se comparado aos dias atuais. Meus pensamentos eram parados, nada pecaminosos, nem fora dos trilhos. Uma santa devassa que mal comia e muito mal era comida.

Falando na lata, não estava tendo uma vida saborosa. Vida sexual baunilha definia. Baunilha! Eu até gosto pra caralho desse sabor. Tem gente que acha baunilha sem gosto, eu já acho um bom gosto. Vai entender. Só sei que curto. Até mesmo pro sexo. Não vejo problema algum fazer um amor normal de vez em quando, ainda mais se você gosta da pessoa, acho isso saudável, mesmo que casualmente, acaba sendo uma surpresa gostosa.

Estou pronta depois de algumas horas, logo vou encontrar Mônica no metrô para irmos.

Ajeito o que falta e saio dentro do horário para não deixar Mônica me esperando. Vinte minutos de espera, avisto seu carro chegando. Ela pára e abaixa o vidro, me mostra um largo sorriso e me chama com a mão. Sorrio para ela e me dirijo até seu carro. Entro após Mônica destravar a porta.

— Feliz aniversário, Mô. — Digo lhe abraçando forte. Um abraço carinhoso e longo. Lhe entrego um buquê de flores. São suas rosas favoritas.

— Obrigada, meu amor. Mas não precisava. — Agradece com um sorriso bem mais largo do que o anterior.

— Lógico que precisava e isso é tão pouco ao que você merece. Tudo para a mulher mais linda e incrível que eu conheci em toda minha vida.

— Você é tão linda. — Diz num tom emocionado, acariciando meu rosto docemente. — Eu amei muito. E você, está me esperando aí desde o horário em que combinamos? Esperou muito? — Pergunta.

— Na verdade eu cheguei um tempinho antes. — Sorrio meia sem jeito.

— Ah, sério? Que droga! Não queria te dar canseira. Acabei me atrasando porque na hora de sair minha mãe me pediu para que a deixasse na casa do meu irmão. Não pude dizer não. Me desculpe. — Justifica.

— Imagina, Mô, relaxa. Está tudo certo. Eu quem não poderia atrasar. — Digo tentando tranquilizá-la. Ela sorri solidária.

— Hey, venha aqui... — Diz risonha.

— Hum, o que foi? — Sorrio para ela.

— O que foi? Não está esquecendo nada, senhorita? — Pergunta olhando-me por completo.

— Não, eu acho... — Sorrio achando graça.

— Meu beijo. — Exige.

— Seu Beijo? — Faço uma cara de desentendida demonstrando confusão.

— Isso mesmo, meu beijo. — Afirma.

— Hum... — Coloco o dedo indicador no queixo, aperto os olhos como quem tenta se lembrar de algo. — Deixa eu ver se está aqui?
— Abro a bolsa e começo revirar tudo de um lado à outro.

— Ainda não achou? — Pergunta ela.

— Não. Não tem nenhum beijo seu aqui. Deixa eu ver... tem o da Ana, da Mariana, da Maria... tem de mais umas trinta mulheres aqui. Mas não vejo o seu. — Finjo estar contando todos eles.

—Ah, é? — Ela faz cara de surpresa e ao mesmo tempo de brava, porém ainda continua com ar divertido.

— Pois é. Nada de beijo com seu nome aqui. — Tento ficar séria , mas quase escapando um sorrisinho maroto.

— Vai ver eu ainda não te dei, deve ser por isso que não encontra em lugar nenhum. — Enquanto fala me puxa pelo braço me levando pra perto de seu corpo, aproveitando o sinal que acabara de fechar. Mônica envolve sua mão em minha nuca, segurando firme e cola seus lábios aos meus. Me dá um beijo gostoso e sôfrego. Daqueles de tirar o fôlego.

— Agora, joga essa sua malinha cheia de beijos fora, porque tenho certeza que nenhum supera esse. E de onde tirei esse tem muito mais, garanto que não irá nem caber nessa sua bolsinha. Vou te dar uma mala gigante tamanho X-G para guardar todos eles. 

Ela sorri de canto deixando escapar um sorriso satisfeito e debochado. Eu pego minha bolsa e a jogo contra o painel, demostrando que concordo plenamente com ela. Enquanto, isso seguimos viagem sorrindo de nossas baboseiras.