🚨 Baseado em fatos Reais🚨
Quando o destino insiste em fazer o futuro repetir o passado, como impedir? É por coincidência ou o destino tende mesmo a ser um grande vilão das histórias?
Na maioria das vezes, o destino forma triângulos amorosos mes...
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Acordo e sinto um cheiro que não me é nada familiar. Não sei que horas são agora, mas me parece tarde da noite.
Estou na cama? Mas que cheiro é esse? Está frio. Não estou na minha cama com Helena. Parece que estou a céu aberto. E no chão?
Abro meus olhos, porém, nada vejo. A escuridão ainda me cerca. Às vezes esqueço de que o direito de enxergar me foi roubado cruelmente. Minha cabeça está tão confusa, isso ajuda a não lembrar dos últimos fatos. Paro para prestar atenção ao barulho ao redor na intenção de detectar alguma coisa que me pareça familiar.
Só ouço o barulho de uma ferramenta repetidamente. Talvez possa ser uma pá.
Uma sensação estranha percorre meu corpo e o medo começa a me consumir por completo.
— Helena... — Chamo com a voz embargada.
— Acordou bem na hora. — A risada que faz meus pêlos ficarem em pé, ressoa pelo ambiente. — Está chamando a namoradinha? Que dó. Ela não virá salvar você do seu pesadelo, Alice...
— Pára com isso, seu maníaco. Já chega. Me deixa ir embora.
— Não se preocupe, dessa vez eu não vou lhe bater até a morte. Vou deixar a natureza seguir o seu curso sozinha. — Ele gargalha.
— Helena... — Estou com medo. É inevitável a sensação devastadora que me assola. — Para onde me trouxe?
— Não consegue identificar? Tadinha, gente, esqueci que eu tirei sua visão.
— Páre com seus jogos sujos... Me diz onde estamos, seu canalha. — Grito.
— Olha aqui, sua puta. — Daniel me levanta subitamente, segura em meu pescoço apertando cada vez mais sua pegada. — Você está nas minhas mãos e assim como tive o poder de tirar sua visão, irei tirar também, todos os outros sentidos que a vida lhe deu. — Sua risada descontrolada ainda me assusta muito. O que ele quer dizer com isso?
— Me deixa ir pra casa, por favor.
— De repente está educadinha. Hum... — Ele zomba. — Quer ver sua Helena? Deixa eu te deixar a par da sua nova situação. Eu tirei o direito de você poder vê-la, e também vou tirar o direito de escutar a voz da sua namorada, o direito de sentir seus toques. Não sentirá mais suas mãos deslizando sobre seu corpo.
Daniel enfatiza a fala fazendo os toques em meu corpo. O que me deixa enojada mas não posso fazer nada. Ele está com toda a força sobre mim.
— Pára... — A lágrimas caem e minha voz embarga. Meu sentimento de pavor não me deixa pensar e nem como agir.
— Só vou parar... quando eu tiver o que vim para essa terra, buscar, doce Alice. Você tentou me impedir, só não meto uma bala nos teus miolos, porque meus planos para sua morte são bem maiores do que você possa imaginar.
