Capítulo Sete

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Final de semana chegou novamente. Ontem Mônica me ligou, pedindo para acompanhá-la no aniversário de seus sobrinhos que será no domingo. Ela ainda precisa comprar os presentes, pois não teve tempo na semana. Após andarmos por um tempo no shopping achamos os presentes. Ela queria comprar roupas e pediu minha opinião.

- O que acha dessas roupinhas? - Pergunta ela olhando algumas camiseta para meninos.

- Estão lindas! - Digo olhando cada uma.

- Tá, mas qual? Estou em dúvidas.

- Hum, primeiro... O quê seu sobrinho gosta? - Ela me olha com uma cara como se eu tivesse falado grego.

- Como assim, o quê meu sobrinho gosta?

- Ué, você tem que saber, oras! Como vai dar um presente, se não sabe o gosto do aniversariante?

- Ah, eu não sei. Eu sempre dou brinquedo. Eles gostam de tudo o que dou, mas dessa vez eu queria variar né? Já tem tantos brinquedos e essas roupinhas estão tão lindas. Apesar de que roupa, eles têm de monte.

- Estão mesmo. Se está com vontade de dar roupas, então dê.

- Qual?

- Qualquer uma dessas está linda. Nem precisa se esforçar demais pra isso.

- Sou péssima para escolher roupas pra criança. Não tenho a menor paciência pra isso. - Ela diz.

- Hum... Não é tão difícil assim Mô. - Digo sorrindo. - Primeiro você escolhe pela numeração da criança. Depois pede para embrulhar e pronto. Viu como é simples?

- Aí é que tá. Não sei a numeração. - Ela me olha com uma cara aflita.

- Ok. Não precisa ter pânico. - Tento acalmá-la.

- Como não vou entrar em pânico meu Deus? E agora? Sem a numeração não tem como levar. - Ela se mostra chateada.

- Relaxa vamos dar um jeito nisso agorinha. Qual o tamanho dele? Idade? - Pergunto.

- Os dois têm 4 anos.

- Dois? - Pergunto surpresa, pensei que estávamos falando de apenas um.

- Sim, são dois.

- Ah ok. Um têm 4, mas e o outro?

- Também.

- Certo. Então você deve comprar as camisetas pelo tamanho de idade.

- E como que eu sei disso, meu Deus? - Mô parece desesperada. E eu sorrindo da cara dela achando a maior graça.

- Pela etiqueta. É igual comprar pra adulto. Tem numeração.

- Ah, é que é criança, né? Eu só sei brincar com elas. Agora comprar roupas, comida... Eu não faço idéia... se eu tivesse um filho coitadinho dele.
- Ela gargalha, uma risada tão gostosa e divertida.

- Ah ok. Então se vai levar essa camiseta para um, leve esta para o outro, é do mesmo personagem, porém a cor é diferente. Assim não dá briga. - Sugiro.

- Hum, os dois gostam das mesmas coisas, o que um tem o outro quer. - Pegamos as camisetas e seguimos para o caixa, entregamos para a atendente e aguardávamos ainda falando sobre o assunto.

- Que fofos. Fazem aniversário juntos e tem a mesma idade? São primos?

- Irmãos. E gêmeos.

- Oi? Então pára! Isso muda tudo. - Digo surpreendendo a atendente e a Mô, as duas ficam me olhando.

- Por que muda tudo?

- Gêmeos... Gêmeos, Mô. Por quê não disse antes?

- Uai e que diferença faz?

- Toda. Eu pensei que fossem primos, mas são irmãos e gêmeos.

- E o que é que tem? Estou satisfeita com o que você escolheu, eu gostei.

- E eu também, mas sendo assim terá que levar igual para os dois. Como você mesma disse, o que um tem o outro quer igual, e a cor influência demais. Você não quer um deles chorando insatisfeito pelo presente, não é?

- Não, Deus me livre disso. - Ela faz um tipo de oração.

- Então ouça-me enquanto há tempo. Leve a vermelha, duas dela. Exatamente iguais. Sem mais nem menos. Você não é a mãe deles pra saber as cores favoritas dos dois, então melhor não arriscar.

Após trocarmos as camisetas saímos da loja sorrindo. Eu tirando uma com a cara da Mô por sua falta de aptidão com crianças. Ela não tem o menor senso maternal, serve mesmo apenas para ser a tia louca que mima os sobrinhos. Que na verdade 'tia' tem um dos papéis mais importantes na vida de uma criança.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Onde histórias criam vida. Descubra agora