O cansaço estava me vencendo e eu tentava manter meus olhos abertos por ter passado a noite toda acordada e hora ou outra, apanhando.
A fechadura da porta virou e a porta se abriu. Já sei que terei de aguentar as agressões de Mônica outra vez.
— O que foi, Mônica? Está virando hábito vim até aqui me bater a hora que quer? — Tento ainda ser debochada.
— Alice, que merda é essa?
— Helena! — Digo surpresa. Ela corre em minha direção para me soltar.
— Mônica está louca. Não sei o que deu nela para agir assim...— Eu sei. É complicado. Vamos embora daqui.
— Vocês não vão à lugar algum... — Me assusto quando uma outra silhueta feminina se projeta a porta. — Invadindo meu apartamento, Helena?
— Mônica, o que deu na sua cabeça para cometer essas atrocidades? Está louca, outra vez? — Helena se vira para a sua amiga.
— Não se intrometa nisso, Helena, o assunto aqui é entre Alice e eu. — Mônica parece adverti-la.
— Você sabe como isso termina, Mônica. Sabe que precisa de ajuda.
— Não preciso de nada que venha de você, sua traidora. Uma vez traidora, sempre traidora.
— Mônica, pare de dizer que lhe traí. Isso não é verdade. Estou farta dessa velha calúnia. — Helena grita. Ela está com seu rosto vermelho e demonstra muita irritação.
— É apenas a verdade. Sabe o que fez.— Mônica afirma.
— Sei sim... Eu tentei salvar sua namorada das suas loucuras antes que a machucasse.
— E depois, ficou com ela... Essa era sua salvação? E agora está fazendo de novo. Estranho seu jeito de salvar as pessoas, não é, Helena? — Mônica ri debochada.
— Eu não fiquei com Tayna. Mônica, abra os olhos já se passaram 15 anos. Malditos 15 anos que me atormentam até hoje. — Helena fala com lágrimas escorrendo pela face. — Vem, Alice... vamos embora. Essa palhaçada já passou dos limites.
— Por sua culpa ela se foi. — Mônica grita nas nossas costas apontando para Helena, ela possui uma arma na mão. Eu arregalo meus olhos enquanto Helena se vira para Mônica com a expressão séria no olhar.
— Mônica, abaixa essa merda agora antes que você cometa uma loucura, mais uma vez.
— Foi sua culpa, Helena, sempre se intrometendo na minha vida. — Mônica está tão assustadora. As lágrimas caem uma a uma molhando seu rosto, ela limpa o rosto com a parte inferior de seu braço tentando clarear sua visão, enquanto mantém uma pistola Glock apontada para nós.
— Por deus, Mônica... Pense bem. Helena é a sua melhor amiga, vocês são família. — Tento argumentar, mesmo com a voz falhando por mal conseguir falar.
— Cala a boca sua vadiazinha. Cala essa maldita boca. — Ela grita e aponta a arma inteiramente para mim. Helena entra na minha frente mantendo suas mãos para cima, falando várias coisas para Mônica, mas ela não abaixa a arma e a mantém firme em minha direção.
— Mônica... — Helena a encara firme.
— Sai da frente, Helena. Ou eu meto uma bala nessa tua cara de puta.
— Não. Não vai meter bala em ninguém, Mônica... Para com isso por favor. — Eu me adianto e me posiciono agora, na frente de Helena que segura firme em meus ombros me apertando contra seu corpo.
— Anda. Faz o que estou mandando. — Mônica me puxa com força. — Começa a descer, em silêncio, se você ameaçar fazer qualquer coisa eu não tenho nada a perder puxando esse gatilho.
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VANILLA O Sabor Mais Doce (CONCUÍDO)✔
Romance🚨 Baseado em fatos Reais🚨 Quando o destino insiste em fazer o futuro repetir o passado, como impedir? É por coincidência ou o destino tende mesmo a ser um grande vilão das histórias? Na maioria das vezes, o destino forma triângulos amorosos mes...