Eu quis passar a semana inteira pensando em tudo o que Mônica e Natasha me revelaram. Helena me ligou mas eu agi friamente, de certo modo. Ela percebeu, me fez perguntas sobre porque eu estava diferente. Simplesmente, não consigo fingir demência quando mais precisa, mas a verdade, é que eu estava a fim de cuspir tanta coisa na cara de Helena. Desmascará-la mesmo. Estive tentando por vezes, evitá-la para pensar melhor em tudo.
Havia se passado tempo demais, ainda atendi algumas ligações de Mônica que insistia na loucura de uma aproximação para que as coisas entre nós voltasse a ser como antes, algo que julgo impossível.
Quis isso por um tempo, mas depois da iniciativa negativa de Mônica após o acidente e sua resistência a mim, resolvi abrir mão da nossa história e acabei por recomeçar outra, ao lado de Helena. Tudo aconteceu tão rápido que eu nem percebi, quando me dei conta já estava mais do que envolvida e atolada. Me apeguei a loira, melhor amiga, irmã de alma, num piscar de olhos.
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Eu não poderia fugir tanto tempo de Helena. Ela já estava chateada pelas minhas atitudes. Novamente ela estava me ligando e eu atendi.
— Alice, o que você tem? Eu quero muito te ver, estou com saudades. Não está com saudades de mim? — De novo eu tava dando o silêncio como resposta e Helena estava farta disso.
— Eu só quero ficar sozinha... não é difícil de entender, não é?
— Que grosseria. Eu não estou te entendendo. O porque disso, agora? Sem mais nem menos.
— Não é sem mais nem menos. Tenho meus motivos, só quero que respeite. — Eu dizia decidida.
— Não vou respeitar. Você me deve explicações e essa conversa está longe de acabar.
— Helena, já acabou... — Digo calma.
— A última palavra não é sua, Alice! — Ao fim da frase, ouço o tututu do telefone, Helena encerrou a ligação sem nem dar tchau. Ainda bem que ela desligou o telefone, já não aguentava mais inventar paradoxos para que me deixasse em paz. A única coisa que não gostei foi a forma de como ela disse a frase: “A ultima palavra não é sua" Helena não deixa nada passar sem ser do jeito dela. Só espero que ela não me apronte.
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Minha paz não durou tanto porque ao voltar da padaria, avisto um carro estacionar em frente à minha casa.
— Que chilique todo é esse por telefone? – Ela pergunta encostada em seu carro. Ela me olha através de seus óculos de sol.
— Só te pedi um tempo.
— Me conhece muito bem para saber que isso está fora de cogitação.
— Ah, claro. — Digo virando os olhos, mostrando frustração por meus planos não sair da forma que imaginei. — O que faz aqui?
— Vim ver minha namorada, porque, não posso? — Ela faz uma cara de deboche. Eu me viro para abrir o portão. — Você está nervosa... isso é falta...
— Helena, aqui não. — Forço um leve empurrão alertando-a de que não estou sozinha em casa.
— Vontade de te encurralar ali naquele cantinho e fodê-la gostoso para tirar essa marra toda de você. — Ela ri.
Helena nem entrou, disse que estava com pressa veio apenas me pegar para tomarmos um sorvete enquanto conversávamos eu topei porque era isso ou ter aquela conversa ali mesmo na porta de casa.
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VANILLA O Sabor Mais Doce (CONCUÍDO)✔
Romance🚨 Baseado em fatos Reais🚨 Quando o destino insiste em fazer o futuro repetir o passado, como impedir? É por coincidência ou o destino tende mesmo a ser um grande vilão das histórias? Na maioria das vezes, o destino forma triângulos amorosos mes...