Capítulo Setenta e Cinco

228 55 128
                                    

Depois do terrível dia onde eu soube toda a verdade sobre Mônica, Tayna e Helena. Nós tentamos uma aproximação maior.

Tentar recuperar o carinho e confiança de Pepe estava sendo muito difícil o pequeno é rigoroso, mas parece que estava bem melhor do que o primeiro dia que me viu.

Helena jurou que não resolveu o problema com estupidez ou agressão alguma, aliás isso eu acredito, se disser que já vi Helena corrigindo seus filhos na lei da palmada estaria mentindo.

Ela já até deu sim umas palmadinhas mas qual criança não tenha provocado essa reação dos país que perderam a cabeça e acabaram achando consolo na vara, que não é a vara da infância e da juventude se não a vara de mesmo significado cipó ou peia.

Eu mesma cresci sob os ensinamentos da vara e sobrevivi. Mas uma boa conversa aberta com as crianças muitas das vezes resolve a questão e Helena começou a levar os meninos a psicólogos e até para yoga. Helena zela tanto pela saúde física dos filhos quanto a saúde mental.

Carla se prontificou a conversar  com o então sobrinho e parece que ele estava se abrindo e começando a melhorar. Não estava me aceitando de braços abertos mas também não estava me rejeitando totalmente. Seu olhar para mim já estava mais leve. Aos poucos ele muda de ideia e me aceita de volta, essas são as expectativas por aqui, precisamos de tempo.

Nesse meio tempo havia já se passado semanas e estava sendo bom estar de volta ao Brasil. Só que algo aconteceu e eu descobri que Helena não mudou nada e nem mudará nunca.

Fui visita-la em sua empresa. Eu fui anunciada e entrei. Estava na recepção sentada esperando Helena me atender pacientemente.

Mas minha paciência se perdeu quando o elevador abriu as portas e meus olhos pousaram nele. Aquele crápula, o tal do Daniel estava ali na minha frente outra vez e pior estava ali por Helena.

Meu sangue subiu quando seu olhar se pôs sobre mim e um sorriso cínico brotou em seus lábios. Que cara mais filho da puta. Ele lembra muito bem de mim pelo jeito. Já que não mudei praticamente nada. Ele também não porque o reconheci de cara.

— Ora ora, quem vemos por aqui. — Ele vem em minha direção olhando dentro de meus olhos. — Parece que meu presente foi entregue no endereço errado.

O homem diz olhando para a recepcionista que o olha sem entender nada e muito menos eu. Mas que porra esse imbecil está dizendo? Foda-se esse bosta nunca fala nada que se entenda,vou nem perder meu tempo.

— Afaste suas patas imundas de mim cara!

Exijo ao olhar o braço de Daniel esticado em minha direção. Sua intenção era um cumprimento formal mas eu não vou encostar nele.

— Continua azedinha e linda. A sorte é que eu gosto. — Estou prestes a dar uma voadora na cara dele e arrancar essa porra de sorriso convencido dessa boca asquerosa dele.

— Irei anunciá-lo para a senhora Helena senhor Daniel... — A recepcionista pega o telefone.

— Esse seu serviço eu dispenso minha doce jovem. Eu mesmo me anuncio pode deixar. — Daniel diz ainda fazendo a recepcionista paralisar com o aparelho telefone no ar.

Não dando tempo para ela discar o número que mesmo assim o fez e estava com o telefone em sua orelha rezando para a patroa atender urgente. Sua cara é de muita preocupação. Com certeza por temer falhar em sua função e deixar de avisar a sua patroa que um intruso está invadindo sua sala.

Daniel não se incomoda com o desespero da moça lhe dando as costas e a poucos passos logo estará com sua mão na maçaneta da porta.

— A propósito, você fica linda de vestidinho Alice. — Daniel pisca para mim me jogando um olhar acomphando por um sorriso perverso antes que adentrasse a sala de destino. A única coisa que pude fazer foi lhe lançar uma cara de repúdio ao desaprovar sua atitude tosca.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Onde histórias criam vida. Descubra agora