Capítulo cinqüenta e nove

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Eu não tinha muito o que fazer, contrariar Mônica já estava até mesmo perdendo a graça, ela não estava me agredindo mais até o momento e isso estava sendo menos pior. Os gêmeos estava sendo uma oportunidade para manter minha sanidade saudável.

O sorriso deles, nossos momentos juntos era tudo de bom. Um castelo de amor, que era constantemente desmoronado quando eu pensava em Helena e de como ela está desesperada procurando pelos seus filhos. Ela com certeza não está pior porque sabe que estão com Mônica.

Mônica fez uma jogada de mestre mentindo para Helena sobre estar a sua espera no hospital, fez isso apenas para tirá–la de casa nas maiores das intenções.

Isso Helena não pôde prever para prevenir que Mônica tirasse os meninos de sua casa. Mas Helena sabe que Mônica jamais em hipótese alguma faria mau aos seus filhos.

Ela cuida muito bem deles. Ela se irradia quando está com esses meninos. Pepe e Dudu tem o poder de transformar essa madrinha. Que inclusive está com a aparência bem mais leve, aparenta estar em sua sã consciência.

Não a vi mais usar drogas, e seus olhos não estão mais vermelhos. Mônica se esforça muito para ficar bem ao lado dos afilhados isso é muito bom. Significa que ela tem responsabilidade mesmo com essa cabeça oca dela.

Eles ficam muito felizes juntos, vejo isso desde que os conheço, e neste momento os três estão correndo pelo jardim brincando de jogar bexiga d'água um no outro.

Seria a cena mais linda e divertida, se eu não tivesse angustiada e chateada o suficiente para querer que esse passeio acabe o mais rápido possível e cada um de nós voltemos para nossos lares.

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Era o segundo dia e tudo parecia estar calmo no sítio. Eu estava na varanda sentada na rede enquanto ela balançava levemente e eu encarava as águas calmas da piscina.

— O que foi? Está lembrando do dia que você quase morreu após cair nela? — Mônica me olha.

— N–não... — Respondo gaguejante.

— Interessante como você e Helena acharam mesmo que estavam me enganando. — Ela solta aquela risada maligna de canto. Eu abaixo a cabeça e evito encara–la. Lá vem ela com esse assunto novamente não poderá acabar bem.

— Mônica eu não estou afim...

— Não está afim? De que? De saber que eu estou ciente que aquele dia você e Helena usaram a minha cama para transar, aí você saiu correndo e caiu na piscina?

— Como sabe disso Mônica? Helena te contou?

— Helena? Claro que não! Aquela ali nunca me disse a verdade sobre as traições. Eu tenho meus contatos... — Diz meneando a cabeça em direção a Dircy. Sua empregada fiel que cuida de seu sítio quando está fora. Aliás, Mônica tem muitos empregados aqui que cuidam de tudo pra ela.

Eu não sabia disso na época. Helena não tomou cuidado com os olhos e ouvidos que circulam pela casa, esse foi o mal. Eu fiquei calada por um tempo.

— Bom àquilo foi um erro Mônica...

— Óbvio que foi um erro... O primeiro de muitos aliás... — Me calo com a voz de Mônica me surpreendendo. Me mantenho de cabeça baixa. — Mas não se preocupe, eu tive 7 meses para me recuperar e bolar um bom plano para me vingar de tudo.

— Porque Mônica? Porque quer acabar com sua amiga? Está louca?

— Porque eu tenho meus motivos. Eu a perdoei da primeira vez que Helena me tirou quem eu amava. Eu prometi que nunca faria mau algum a ela. Mas jurei a mim mesma que não deixaria Helena cometer o mesmo erro pela segunda vez. Dessa vez eu não vou permitir, nem que eu tire o que ela mais ama nesse mundo... — Eu vejo o terror em meu olhar quando percebo que Mônica fala dos gêmeos. Meu Deus, Mônica não é quem eu pensei conhecer mesmo. Esse olhar sombrio não é de uma pessoa que tem amor no coração.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Onde histórias criam vida. Descubra agora