Capítulo Dezenove

457 98 440
                                    

Finalmente chegamos ao hospital, Dudu foi atendido imediatamente. Eu fiquei com Pepe na sala de espera, ele já estava cansado de tanto esperar e acabou adormecendo no meu colo.

Helena estava na emergência com Dudu. Umas duas horas depois, Helena aparece com o cuequinha, ele já estava acordado e parecia estar bem melhor. Estava até falante. Ele conversava com ela, todo sério fazendo várias perguntas, parecia gente grande.

—  Dormiu? — Helena perguntava olhando para Pepe em meu colo.

— Capotou. — Sorrio. — E, lá dentro, como foi?

— Garganta ainda está inflamada. Mas, eu sei o que foi isso, desde que começou a tomar os remédios, ele tinha que ficar de regime de muitas coisas. Mas, eles foram para casa do pai e ele deu sorvete para eles. Enfim, sobra tudo para quem?

Helena suspira cansada. Ter um filho doente com certeza é um desespero e estar sozinha pra dar conta é pior. Os filhos nem são meus, por poucas horas eu já estava quase tendo um mini infarto. Imagina quem tem que segurar essa barra 24 horas por dia.

Chegamos na casa de Helena, e a ajudei com o banho nos pequenos. Depois cada um comeu e foram assistir no quarto.

Eu estava no quarto com eles enquanto Helena tirava a mesa do jantar. Minutos depois, eles adormeceram e eu fui para a sala. Ou Melhor, fui direto para o corredor ligar para Mônica.

— Oi, Mô. Cadê você, está tudo bem?

— Oi, meu amor, está sim, mas ainda estou na reunião.

— E, vai demorar?

— Na verdade! eu acho que terei que dormir aqui hoje, porque essa reunião não tem hora para acabar.

— Dormir, como assim? — Pergunto espantada.

— Bom, estamos num hotel, Alice. A reunião ainda não acabou, então terei que ficar. Não vou me arriscar voltar para casa de madrugada. Mas se terminar logo, eu vou tentar ir. Mas, não vou prometer nada. Também, teria que te pegar aí, te levar até Guarulhos e depois voltar. Colabora comigo, por favor?

— Tudo bem. Se não dá para você vim, o que podemos fazer? — Falo desanimada.

— Ok, meu amor, estarei aqui no celular se precisar. Mas já sabe, caso eu não atenda, são por bons motivos.

— Sim, eu sei.

— E, me conta sobre Dudu. Como ele está?

— Está bem. Fomos ao médico. Agora está dormindo. Foi um baita susto. Mas passou.

— Imagino, meu amor. Que bom que ele está fora de qualquer perigo. Mudando de assunto... Quando nos vermos, eu tenho uma surpresa para você. — Mônica fala colocando muito suspense na voz.

— Surpresa é? O que é?

— Ha, ha, se eu contar não vai ser surpresa, né espertinha! — Sorrimos.

"Vem, Mô. Estão todos esperando..."

Uma voz feminina chama Mônica. Uma voz que não conheço. Deve ser alguém que trabalha com ela.

— Bom, deixa eu voltar para as obrigações. — Diz ela.

— Vai lá. Até logo. — Me despeço.

— Até, meu amor. Beijos.

— Beijo.

Quando eu volto para dentro, encontro Helena cochilando no sofá. Eu olho para um lado e para o outro. Eu não combinei com ela de que ficaria para dormir aqui, já passa da meia noite, ônibus não tem mais. E eu não sei se Mônica consegue sair a tempo para me buscar e levar para casa. Sabendo como ela é ocupada, minhas esperanças eram bem mínimas.

VANILLA O Sabor Mais Doce   (CONCUÍDO)✔Onde histórias criam vida. Descubra agora