• Cole •
Tive uma noite muito boa com a Bree. Na verdade não rolou nada demais entre a gente, mas nós brincamos tanto e fizemos várias coisas legais. Fui para casa de manhã cedo, logo após ter tomado café.
Cheguei e vi que a porta não estava trancada. Entrei e ouvi ruídos vindos da cozinha, caminhei até lá onde vi Camila.
Eu: Camila? Veio dormir com a Lili ontem?.- Pergunto sorrindo, coloquei minhas chaves no balcão.
Camila: A Lili não passou muito bem, eu vim vê-la ontem.- Ela parecia meio séria.
Eu: Como ela está agora? Bem? Ela precisa ir no médico ou algo do tipo?.- Pergunto já deixando transparecer a minha preocupação.
Camila: Eu não sei se a Lili te contou mas ela tem transtornos de ansiedade. Não à deixe sozinha por muito tempo Cole, ela se sente mal.- Ela diz ainda séria. Só então eu percebo a gravidade da situação, eu vejo o quanto deixei a Lili de lado esses últimos tempos.
Estou me sentindo culpado pela minha falta de consideração, talvez se eu estivesse aqui a Lili não iria se sentir tão sozinha. Agora eu vejo o quanto meu relacionamento pode afetar a Lili, e se ela não estiver bem eu definitivamente não irei ficar também.
Eu: Ela está acordada?.- Pergunto com a cabeça meio baixa. Nem para a Camila eu consigo olhar.
Camila: Ela ficou acordada a noite inteira. Deixe ela descansar.. Eu preciso ir agora, mais tarde eu volto. Vê se cuida dela.- Ela pega sua bolsa e sai sem esperar por uma resposta de minha parte.
Assim que ela sai, eu vou até o quarto de Lili e abro uma fresta da porta. À vejo dormindo tranquilamente e me encosto no batente da porta. Por que será que ela não me falou que estava mal? Eu poderia ter ficado com ela. Se eu soubesse nem na casa da Bree tinha dormido.
Saio do quarto da Lili e vou para o meu, me jogo na cama e começo a pensar no que dizer à Lili quando ela acordar. O pior é que eu tinha marcado de ver a Bree hoje mais tarde, mas eu vou ter que desmarcar de um jeito ou de outro, não queria deixar Lili mais sozinha.
Em mais ou menos três horas eu pude ouvir a porta do quarto de Lili se abrir. Respirei fundo e fui atrás dela, ela entrou no banheiro então eu a esperei no corredor. Assim que ela saiu, me olhou com uma expressão de confusa.
Eu: Lili? Acordou melhor?.- Pergunto e ela assente. Seu rosto estava tão abatido e cansado.
Lili: A Camila te contou o que houve né?.- Ela pergunta como se fosse um erro ter me contado tudo que havia acontecido.
Eu: Sim. Você poderia ter me falado, ou sei lá.- Ela solta um riso sarcástico e eu à olho confuso.
Lili: Eu não acho que eu deveria atrapalhar seus encontros românticos. E vai se acostumando porque eu não vou ficar pedindo sua ajuda à todo momento.- Ela sai do banheiro e vai em direção à cozinha, eu vou atrás dela.
Eu: Mas qual é o problema em me pedir ajuda Lili? Você é minha amiga, você pode contar comigo.- Falo gesticulando os braços, ela para em frente à pia e eu paro alguns passos atrás da mesma.
Lili: Esse é o problema Cole, eu não te considero meu amigo.- Ela diz isso, e eu acabo me sentindo mal..
Chego mais perto de Lili e pego em seu braço, ela parece tensa por um instante. Eu a viro para mim, estamos bem pertos um do outro no momento, não sei o que estou sentindo, muito menos se é bom.
Eu: Por que Lili? Eu pensei que a gente tivesse uma relação legal.- Falo meio baixo, mas ne um tom suficiente para que ela ouvisse.
Lili: Não. O que sinto por você é muito mais que amizade, eu não posso ficar perto de alguém que não tem sentimentos recíprocos por mim.- Ela fala de cabeça baixa. Agora eu entendi, tudo que ela estava fazendo é porque gosta de mim? Mesmo assim ela "deixou" eu ficar com a Bree sem nem mesmo ter se intrometido.
Solto o braço de Lili e encaro o chão por alguns instantes, logo saio da cozinha.
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Meio Marido, Meio Advogado - SPROUSEHART
FanficLili Pauline Reinhart é filha de um casal lésbico que foi assassinado por seres humanos homofobicos. Ela era destinada a casar-se com um homem mimado de uma moça amiga da família, mas se recusa. Para se livrar de seu casamento arranjado, ela terá qu...