• Lili •
Uma semana após a vinda da minha mãe para casa e ela já quer voltar para empresa, me pergunto se isso seria mesmo bom, do jeito que as coisas vão indo. À todo momento eu sinto que há alguém me observando quando eu saio na rua, estava me sentindo péssima e não conseguia mais sair se não acompanhada.
No momento eu e o Cole estávamos nos arrumando para ir para casa da minha mãe buscar ela e logo após irmos para a empresa, pelo que eu sei vai haver uma reunião e eu quero ver o que aquele povo fuchiqueiro vai querer perguntar para minha mãe.
Cole: Amor vamos logo, Lívia já deve estar nos esperando.- Ele diz ao entrar no quarto, por sorte eu já estava passando o batom.
Eu: Já acabei Sprouse, paciência.- Digo assim que termino de me maquiar, me levanto e vejo Cole todo social, meu Deus só de ver já me sobe um fogo.
Cole: Você é perfeita Reinhart.- Ele fala me olhando e sorrindo, logo ele chega perto de mim e deposita um beijo em minha testa.
Saímos do apartamento e logo já estávamos indo à encontro com a minha mãe. A gente não queria deixar ela ir sozinha, realmente estávamos meio apreensivos com a situação, até a polícia não achar quem fez aquilo eu não vou conseguir me tranquilizar. Chegamos e minha mãe já estava na portaria, então assim que ela nos vê começa a vir até nós.
Enfim quando estávamos chegando na empresa já dava para se ver centenas de repórteres na frente, os seguranças vieram assim que saímos do carro. Quando conseguimos por fim entrar na empresa todos acionistas estavam na sala principal esperando a minha mãe. Fomos bem recebidos, começamos uma reunião em que dona Lívia colocou tudo na mesa, essa é minha mãe!
Eu acho que não iria mais conseguir manter as coisas no controle dentro dessa empresa, tomar decisões era realmente bem difícil. A mãe do Hart estava lá também, não parecia muito feliz com a nossa chegada.
Suzan: Lívia, Lili fico feliz que estejam bem. É realmente uma pena a Ana não ter conseguido ficar conosco.- Ela diz e abraça minha mãe. Eu estava abraçada com Cole e não iria soltar ele para falar logo com ela.
Lívia: Sim, mas acredito que Ana estaria orgulhosa. Além do mais a nossa filha cresceu muito, mesmo que tenho sido em pouco tempo, ela evoluiu muito.- Minha mãe estica a mão para mim e eu seguro sorrindo.
Suzan: Parece que foi ontem que o Maycon se foi também. Lembro de quando Ana engravidou.- Ela tocou ne um dos assuntos que mais mechem com a minha mãe, e automaticamente comigo também.
Lívia: Preciso resolver negócios com meu genro e minha filha. Obrigado por nos receber.- Ela diz e nós saímos andando, fomos direto para a sala da presidência.
Minha mãe pediu para eu continuar ajudando ela na empresa, e com certeza não preciso nem falar que o Cole vai ficar também, do mesmo jeito que sempre esteve. O dia foi cansativo, por conta das reuniões e coletiva de imprensa que minha mãe teve de fazer. Eu não consigo tirar aquilo da minha cabeça, por que a Suzan teve que tocar neste assunto logo agora?
Cole: Por que está com a expressão triste querida?.- Ele pergunta assim que chegamos em casa.
Eu: Nada demais, acho que é o cansaço.- Finjo um sorriso e ele me puxa para sentar no sofá.
Cole: Você não falou nada o caminho inteiro, além do mais eu percebi aquele assunto de mais cedo com a Suzan.- Suspiro e acho que eu deveria contar, eu não tinha nada à perder, e é uma forma de eu repelir o que estou sentindo.
Eu: Minha mãe Ana, engravidou de mim quando ela tinha dezessete anos. Meus avós não gostaram é óbvio, e expulsaram ela de casa, ela só poderia recorrer ao homem que felizmente eu nunca precisei chamar de pai. O Maycon que Suzan falou sabe?.- Começo a contar, Cole estava me ouvindo atentamente.
Cole: Sim, mas...Eu pensei que suas mães, haviam se casado antes de você nascer. Pensei que tivessem te adotado ou sei lá.- Ele parecia meio confuso, então continuei a história.
Eu: Maycon ficou com a minha mãe apenas até o terceiro mês da gravidez. Os pais de Lívia, meus avós deram emprego e moradia para minha mãe e as duas viraram muito amigas, inclusive a Suzan que também era muito amiga da Lívia. Antes de eu nascer as minhas mãe acabaram se assumindo lésbicas e namoradas, meu avós aceitaram, meu avô falou que mulheres eram bem mais evoluídas que homens.- Soltamos um riso.- E foi assim que elas se casaram, e você sabe o resto.- Ele assente me olhando.
Cole: Mas a história é linda Lil, você não deveria ficar triste.- Ele toca meu rosto com suas mãos.
Eu: Sim, mas quando Maycon voltou e todo mundo viu que eu era filha dele. Começaram a atacar minhas mães, e todo dia era uma piadinha diferente na escola. Nos dias dos pais, quando minha mãe ia me buscar e todo mundo falava que eu tinha um pai pra isso. Eu e minha mãe nos sentíamos muito mal.- Sinto a lágrima escorrer. Cole me abraça e fica massageando meu cabelo.
Cole: Eu mesmo queria ter suas duas mães.- Solto um riso e ele beija minha bochecha.
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Meio Marido, Meio Advogado - SPROUSEHART
أدب الهواةLili Pauline Reinhart é filha de um casal lésbico que foi assassinado por seres humanos homofobicos. Ela era destinada a casar-se com um homem mimado de uma moça amiga da família, mas se recusa. Para se livrar de seu casamento arranjado, ela terá qu...