(ALERTA: ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)
A coisa que eu mais gostava no meu namorado era o jeito dele me pegar cheio de tesão, me tirar do chão e me encaixar direitinho nele!
Eu e o Jardel éramos dois motoboys pobres ralando todos os dias pra sobreviver.
Namorávamos há dois anos e não tínhamos muitas opções pra ter um pouco de privacidade e o jeito era aproveitar todos os momentos que tínhamos pra ficarmos juntos.
Quando eu digo um pouco de privacidade...é literalmente, porque vivendo no Aglomerado da Pinha (meu namorado não abre mão de continuar falando Favela da Pinha) a gente logo percebe que a palavra privacidade não consta dos dicionários!
Minha mãe, faxineira numa fábrica de torneiras, saía cedo pra trabalhar e só voltava no início da noite. Era aquele período que eu o Jardel tínhamos pra nos encontrarmos.
Num dado momento, combinávamos uma suposta corrida pro mesmo lado, fugíamos rapidinho dos outros colegas e vínhamos cheios de tesão para o nosso banheiro minúsculo.
Claro que abríamos o chuveiro pra despistar algum possível gemido que fugisse do nosso controle, porque as casas eram grudadas umas nas outras e as paredes pareciam de papel, dando pra escutar tudo o que se passava na casa do vizinho!
Fazer amor de dia era um pouco melhor, porque o pessoal da vizinhança estava fora trabalhando e a meninada nas ruas jogando bola ou soltando pipa e dava pra entrar de fininho sem ninguém perceber.
Os gritos e a farra dos pequenos serviam pra nos dar cobertura, claro e a certeza de que minha mãe não iria chegar nos deixava mais à vontade.
Chuveiro morno aberto, pegada forte do meu amor e era aquela delícia me sentir amado e desejado pelo meu querido Jardel!
A gente sabia que não tinha muito tempo, por isso já vínhamos combinando pelo caminho, pensamentos eróticos já aquecendo o corpo, meia dúzia de obscenidades ditas pelo meu namorado que adorava um palavrão.
Eu, como usava os cabelos louros e fartos maiores, tinha que colocar a touca de banho da minha mãe, porque não dava pra chegar no serviço de cabelos molhados que o povo iria cair matando!
Pegada forte de Jardel (ele tinha um talento pra associar mãos, sexo e língua que me deixava louco), pernas cruzadas na cintura do meu amor, o bate estaca a todo vapor pra gozarmos rápido e depois aqueles minutos ali, parados, deixando a água levar o gozo e a gente recuperar o fôlego.
Eu não sei que merda foi aquela de naquele dia o Jardel, ao invés de cumprir o ritual de sairmos rapidinho, nos secarmos, recolocarmos as roupas de trabalho e voltarmos pro serviço, inventou de falar sobre aquilo.
_Se você morrer antes de mim, promete voltar pra me ver?_falou meu namorado adiando o tempo de sair de dentro de mim.
_O quê?_perguntei não acreditando que ele estava falando de morte num momento daqueles.
_Eu quero que a gente combine aqui, Cabu*, que aquele que for primeiro volta pra contar pro outro como é do lado de lá, ou mesmo volta aqui só pra matar as saudades._disse o meu namorado da maneira mais morbidamente romântica. (*Nota do autor: Meu nome é Carlos Bruno, mas como o meu namorado odeia nomes compostos, me chama de Cabu.)
Claro que eu poderia ter dado um desconto, porque todos os dias algum motoboy se acidentava, alguns morriam no corre -corre do trânsito infernal, mas a gente estava ali, no nosso momento de amor e eu não queria que ele viesse estragar com aquele papo ruim!
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QUASE UM ANJO-Armando Scoth Lee-Romance gay
Romance(ATENÇÃO! LIVRO IMPRÓPRIO PARA MENORES!) Meu nome é Carlos Bruno, Cabu, para o meu falecido e até então amado namorado Jardel. Aliás, de falecido ele não tem nada, pois ainda está bem vivo na minha vida e me infernizando pra eu conseguir um novo p...