CAPÍTULO 17-INTIMIDADES ENTRE DOIS PLANOS...

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Jardel desapareceu por três dias inteiros, o que me deixou com mais desconfiança ainda de que a médica estava falando a verdade...tinha caroço debaixo daquele angu...e parecia um caroço bem peludo*! (NOTA DO AUTOR*: sem plágio, claro! Este último trecho foi colaboração de uma leitora! Valeu!)

Surpreendentemente me senti muito sozinho à noite, no meu quarto, sem a Cíntia Kely ou o Jardel. 

Ele não apareceu no primeiro dia, no  segundo dia, no terceiro e Jardel também não aparecia naquele que seria o quarto dia e eu fiquei receoso de chamá-lo. Será que ele estava esperando eu invocar a presença dele?

Seria o espírito de Jardel igual aqueles vampiros que só entram na casa da gente se forem convidados?

Eu não iria chamar o meu falecido namorado de volta...não sem saber a que a médica se referia quando fez aquelas insinuações...estaria ela mentindo? Ou seria Jardel o mentiroso?

Curioso, tentei ligar para a doutora Margareth Cleonice Disiábas, mas só dava caixa postal. 

Antes a minha mãe e a dona Moema saíam com a desculpa de irem pedir ajuda a São Judas Tadeu para curar a minha cabeça...agora tinham que sair todas as noites para irem na mesma igreja agradecer a graça alcançada: eu não tinha problemas de cabeça!

Assim que o mal entendido foi desfeito, tudo voltou ao normal: as lésbicas usando e abusando das minhas coisas...meu ferro de passar roupas ficava mais tempo na casa delas  do que na minha casa! Nino e Clarinha voltaram a usar o meu banheiro quando o deles estava ocupado e na saída pediam o gelo colorido pra mim. 

Na  noite daquele que seria o quarto dia sem a presença de Jardel, novamente a minha mãe saiu com dona Moema e eu fiquei sozinho em casa.

Ao contrário de eu estar aliviado com a partida de Jardel (afinal o mal-entendido já tinha sido desfeito e eu já resolvera todos os problemas que ele acarretara...pra que precisaria do Jardel?), eu percebi que queria me despedir dele, caso realmente fosse a última vez...e eu ainda estava curioso demais  imaginando que segredo ele guardaria de mim. Fiquei inquieto. Não consegui conciliar o sono.

Estava frio...fiz chocolate quente...peguei uns biscoitos waffer (eu precisava recuperar o meu peso, ou voaria na próxima ventania!)...escolhi um dos filmes gays que eu gostava de assistir com o meu falecido namorado.

Não era apenas  porque eu estava com saudades do Jardel, mas estava com saudades do filme mesmo...sou daqueles que gosta de rever filmes e aquele eu já vira umas dez vezes e não me cansava!

"Do começo ao fim", um filme brasileiro  de 2009 em que dois irmãos (filhos da mesma mãe, porém de pais diferentes)  se apaixonavam e viviam um romance lindo cheio de cenas hot que a gente amava!

Talvez, por estarem os calmantes já saindo aos poucos do meu organismo, eu estivesse voltando a sentir meu desejo sexual retornando  aos poucos...como naquele momento, daí escolher justamente aquele filme.

Eu estava sentindo-me carente de um carinho a mais...um toque a mais...meu corpo queria outro corpo ali, naquela cama pra me aquecer...pra me fazer um cafuné...

Rever aquele filme ativaria boas lembranças de momentos íntimos maravilhosos que eu passava ao lado do meu namorado. 

Rafael Cardoso e João Gabriel Vasconcellos, os protagonistas lindos, tesudos, sexys, gostosos estavam lá para me acenderem o corpo novamente...Eu e o Jardel havíamos visto aquele filme juntos tantas vezes que já virara o nosso Viagra natural.

QUASE UM ANJO-Armando Scoth Lee-Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora