CAPÍTULO 39-UM APERTO NO CORAÇÃO...

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Algo...talvez o romantismo...talvez a carência afetiva...me dizia que aquele momento fora tão importante para o Juliano quanto pra mim...e olha que a gente só tinha dado um sarro e não feito amor de verdade!

Senti um arrepio percorrendo o meu corpo já imaginando como seria fazer amor com aquele homem!

_Com frio?_ele me perguntou de forma carinhosa._Vou baixar o ar condicionado do carro.

Não o impedi, pois não iria dizer que já estava ansioso para que ele estivesse dentro de mim.

Eu não conseguia raciocinar direito, pois só queria que aquele momento durasse pra sempre...pra sempre...e foi pela incerteza de que aquilo seria impossível que eu chorei novamente.

_Não...não faça assim, meu menino...não faça assim, meu anjo..._disse secando as minhas lágrimas com os lábios.

Lindo aquilo...lindo!

Ele me chamara de meu menino...de meu anjo...

Minhas relações com Antônio Marcos e depois com Jardel se dissiparam como num passe de mágica em minha memória!

Era como se eu tivesse navegado a minha vida inteira e finalmente atracado o meu barco no único porto onde eu sempre quis chegar...claro que a frase não era minha!

Plagiar num momento como aquele era permitido e eu disse aquilo em voz alta para Juliano.

_É como se eu tivesse navegado a minha vida inteira e finalmente atracado o meu barco no único porto onde eu sempre quis chegar.

Ele riu lindamente, me beijou mais uma vez...

_Nossa...depois dessa...o que eu posso dizer?

_Que fomos feitos um para o outro?_arrisquei ansioso.

_Que vô Divino estava certo quando disse que eu deveria lutar por você, Carlos.

Eu o olhei boquiaberto.

_Ele disse isso, é?

O som de dedos batendo no vidro da janela do carro nos trouxe de volta à realidade e levamos um susto.

Juliano fez menção de se levantar pra ver quem era, mas eu o segurei de volta.

_Com certeza deve ser vô Divino que mandou o Josué vir aqui nos alertar que já estamos chamando a atenção das pessoas que passam._ri maldoso.

Juliano riu, totalmente seguro de que eu estava certo do que dizia.

Meus olhos pareceram querer saltar das órbitas quando vi não Josué batendo ali no vidro...muito menos algum curioso tentando ver se o carro estava abandonado...

Tive certeza de que assim como eu, aquela era a última pessoa que Juliano imaginou que pudesse estar ali!

Quem batia em nossa janela era Carla!

_É a sua esposa!_sussurrei com os dentes tão travados que acreditei que Juliano não tinha me ouvido.

Ele foi precavido a ponto de também não erguer a cabeça, talvez temendo que a esposa pudesse, mesmo através dos vidros escuros, perceber que outra era a cabeça que se erguia dentro do carro na segunda vez.

_Ela vai te descer o cacete, seu safado..._era o acompanhante encosto de Carla com cara de assassino de aluguel que agora estava ali, dentro do carro de Juliano, bem ao meu lado, rindo do meu semblante apavorado.

QUASE UM ANJO-Armando Scoth Lee-Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora