CAPÍTULO 25-O QUE JARDEL NÃO ME CONTOU...

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


O ser humano é uma criatura  a ser estudada mesmo...cara sacana aquele!

Ele havia me pegado praticamente em casa (sabendo que eu não recusaria um convite dele depois da noite anterior), me levara praticamente sequestrado para aquele estacionamento...duvido que destravaria as portas, caso eu quisesse sair, e agora falava em chamar a polícia pra mim?

Incrível como o herói da noite anterior agora era o vilão e me ameaçava!

Juro que se eu não tivesse tomado um comprimido "trava cu", como dizia a Cíntia Kely, eu usaria todas as minhas forças para espalhar merda por todo aquele banco de couro caro! Mas a droga já agia e dali não sairia nada, pelo menos, por enquanto. Lá se foi a minha melhor arma pra espantar aquele tirano, pois mesmo tendo lidado tão bem na noite anterior com o meu revertério, eu duvido que ele não me jogaria pra fora do carro se eu começasse com um cagaçu parecido ao da noite anterior.

_Melhor abrir a porta, ou vou sujar o seu carro todo._eu tentei simulando um mal-estar que não existia._Você viu ontem como é que eu fico quando estou nervoso...

_Faça isso e eu te boto uma rolha, mas que você vai me explicar como obteve aquelas informações, você vai!_ele me encarou e vi que falava sério.

Cíntia Kely e Nino sabiam que eu estava com aquele homem...talvez isso me desse um pouco de garantia de que ele não iria me matar depois que conseguisse a sua informação.

Juliano falara em eu ameaçar a empresa dele com um escândalo, caso ele reagisse à altura de sei lá do que ele me acusaria...ele falara em chamar a polícia... insinuava que eu estava vendendo informações e, coincidentemente, para um tal Jardel que, ao contrário do meu, estava vivo! Essa parte, claro, eu poderia interpretar como um mal entendido.

Ok...tudo poderia ter ficado aí, se o meu fantasma de estimação não tivesse falado aquele impactante "fudeu tudo"!

Foi mecânico eu olhar sobre os meus ombros e encarar o meu falecido empoleirado no banco de trás.

Jardel me encarava visivelmente assustado e estava claro que ele  não esperava que o seu nome surgisse naquela conversa.

Juliano confuso também olhou em alerta para o banco de trás, talvez suspeitando que eu tivesse um cúmplice ali pra me dar cobertura. Vacilo dele: como o cara teria entrado com as portas travadas?

O meu herói em rota de desconstrução voltou a olhar pra mim confuso...talvez lembrando-se que o avô do Nino havia  falado que eu tinha problema de cabeça...talvez eu enxergasse coisas que não existiam, ele deve ter pensado.

Cu travado (por que eu tomara aquele remédio)...coração travado...cérebro travado...tudo por excesso de informações...o que eu iria querer saber primeiro?

Por que Jardel dissera que havia fodido tudo? E o que havia sido fodido?

Por que aquele ex herói do banheiro fedido me ameaçava chamar a polícia pra mim?

Por que ele associava a minha pessoa a escândalo em sua empresa?

Por que o todo poderoso e sabichão Jardel não sabia que eu estava correndo o risco de me ver metido com a polícia? Óbvio que ele teria me alertado...teria? Já nem sabia o que pensar...

Por que Juliano achava que eu  estaria espiando a vida dele, a empresa dele, os negócios dele se eu nem sabia se a empresa dele fabricava camisinhas ou tampas de panelas? Será que eu tinha cara de empresário disposto a roubar alguma ideia da empresa  dele?

QUASE UM ANJO-Armando Scoth Lee-Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora