CAPÍTULO 18-O PRIMEIRO ENCONTRO

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(ALERTA! ESTE LIVRO É IMPRÓPRIO PARA MENORES!)


Tomei banho com o meu falecido namorado me instruindo a caprichar na limpeza do meu corpo como se eu fosse ser servido num banquete pra um homem só: o tal novo amor da minha vida que Jardel insistia em me arranjar!

Me arrumei como se fosse para uma festa, ou concurso de beleza, como se realmente fosse estar com o tal pretendente na cama ainda naquele dia! Loucura aquela ideia do Jardel, mas...eu devia uma a ele e   me submeti aos seus caprichos.

Era tão estranho ter o Jardel me preparando feito uma oferenda para um outro homem, mas eu não me arriscava a protestar, pois já dera o controle daquilo pra ele. Estava em dívida, pois desconfiara das intenções dele na véspera e já estava certo pra mim que ele realmente não tivera nada a ver com o lance da polícia.

_Meu Deus, o meu filho está  mais lindo ainda no dia de hoje, não acha Moema?_falou minha mãe animada e me  oferecendo o rosto para um beijo.

Beijei a melhor amiga da minha mãe também e ela sorriu satisfeita pra mim.

Todo mundo chamava a dona Moema de dona Moema...acho que até a família dela a chamava de dona Moema...ouvir a minha mãe chamá-la com tamanha intimidade realmente era estranho.

Minha suspeita de que as duas estavam tendo um caso foi logo descartada.

Ouvi que chegava mensagem no telefone da minha mãe e ela correu pra ler, me deixando falando sozinho. Isso pra mim era inédito: minha mãe nem tinha celular antes e sempre que precisava, usava o meu!

_A senhora comprou celular?

_Eu e a Moema compramos...dividido em dez vezes...não dá pra ficar fora das modernidades, não é, filho?_e lá estava a minha mãe saindo com um sorriso safado no rosto e já respondendo a mensagem.

Olhei para a minha vizinha curioso:

_Dona Moema, minha mãe tá namorando?

Ela me chamou para que eu chegasse mais perto, a fim de que minha mãe não nos ouvisse:

_Tá quase...e eu também...depois te conto, porque ela está voltando e eu odeio fofoca!

Vi minha vizinha se ajeitar na cadeira piscando pra mim e foi só aí que percebi que ela havia pintado os cabelos, até a véspera já bem brancos. 

Eu estava tão concentrado em mim mesmo e no projeto de Jardel pra achar um novo homem pra mim que nem percebera que também minha mãe estava com visual novo: cortara os cabelos e  parecia que tinha feito mais sei lá o que que os deixou mais brilhantes.

_Dá pra apressar aí que a gente tem hora?_era Jardel chegando afobado  sei lá de onde e me chamando a atenção.

Saí deixando minha mãe ainda sorrindo no telefone, após ser obrigado pelo meu falecido namorado a comer mais do que o costume! Jardel queria que eu recuperasse o meu peso a qualquer custo!

_Ele tem que ver a sua bunda, Cabu...sentir o seu cheiro, a sua presença...estar com você...porque hoje ele não me escapa!_falou decidido.

Parei assustado com aquele jeito do Jardel falar.

_Ei! Não sou um escravo sexual a ser vendido, tá bom? Daqui a pouco vai querer que eu leve camisinha também! Aceitei dar uma espiada neste príncipe encantado, mas não prometi nada, já vou avisando._disse já indo pegar a minha moto pra ir trabalhar.

_Tá, agora sobe aí e vamos logo  que temos que chegar num certo cruzamento em dez minutos ou a coisa vai desandar!_ordenou o Jardel.

Eu fiz o que ele mandava, mas confesso que estava dividido entre curioso e excitado para conhecer o homem que o Jardel dizia que iria substituí-lo em minha vida.

QUASE UM ANJO-Armando Scoth Lee-Romance gayOnde histórias criam vida. Descubra agora