aquele de Dric

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Confesso que fiquei assustado e confuso quando eu acordei na tenda da Cherry. Eu me recordo de ter bebido depois da minha conversa frustrante com o ZK. Ele me falara a respeito da "minha aproximidade" com a Cherry. Ele reforçou que o Lundyer não gostaria daquilo e que eu deveria não me apegar a mesma, já que seria um problema se caso o destino dela fosse a morte. Mais eu não deixaria isso acontecer, embora eu não revelasse esse fato para o mesmo.
Depois da minha conversa com o ZK eu fui para a tenda do Leonard, ele servia bebidas alcoólicas e então eu me servi de rum, já que eu podia me dar ao luxo, e logo me embreaguei com os pensamentos preocupados na Cherry. Eu não me recordo muito bem de como eu chegara na tenda da mesma, mais me lembro perfeitamente de quem fora ela quem me levou para dentro. Logo mais, eu me recordei que a mesma me empurrara e quando eu acordei... Estava em sua cadeira, amarrado enquanto ele estava em frente ao espelho trançando o seu cabelo. Naquele momento, eu temi o que havia feito. E quando ele falou a respeito, eu percebi que havia ido longe demais.
Embora aquela noite foi a que eu melhor dormi, o resultado não tinha sido bom no dia seguinte já que eu acordei com um baita de um torcicolo. E mesmo que eu tivesse merecido, Cherry se sentira culpada e veio se redimir com uma massagem, e mesmo achando estranho, não quis comentar a respeito. Eu estava precisando daquilo no momento e não quis estragar. Fomos surpreendidos com Ziany adentrando na tenda com um sorriso de quem estava pensando que fomos além na noite passada. Ela nos informou que ZK, OT e AS nos esperavam para voltarmos a Darkican e quando chegamos lá, todos nos olhavam desconfiados, e embora eu desse de ombros eu sei que isso incomodava a Cherry. Pensei em dá um basta, mais sabia que isso só pioraria a situação, então fiquei calado e apenas seguir minha viagem.

═ೋೋ

Quando chegamos em Darkican, eu vi os soldados de longe, então paramos a mais ou menos uns dois metros de onde estavam e então o governador LS continuou os seus passos em nossa direção.
Ele lançou algumas palavras antes de ordenar que entrassemos, mais até aí, tudo ocorria como o esperado até que um alto relinchar de um cavalo foi ouvido e logo avistamos alguém se aproximar. Em seguida, AS e OT ergueram as suas espadas, mais o governador LS estranhamente os reprimiu, então presumi que fosse um novo soldado recém recrutado.
Quando o mesmo chegou mais perto eu pude ver a sua face, e então parei quando vi que era o tal do fazendeiro Dean que dividiu o quarto comigo e com o seu amigo na estalagem de Adelaide.
Mais que maldição ele está fazendo aqui?
Ele parou um pouco a frente e nós e então vi que Cherry estava feliz e mais ainda, queria ir para perto do mesmo, mais ela imediatamente parou quando o governador LS deu um passo na frente do mesmo.

— Pessoal, eu quero que conheçam o nosso novo integrante. O DN. — Falou o governador LS e então eu parei em surpresa.

Como é que é?!

Cherry estava parada com a expressão gélida. Por mais que quisesse disfarçar, ela não conseguia. Pelo menos, não para mim. Eu conhecia as suas expressões. Eu vi que todos o cumprimentavam com um simples assenti de cabeça, e fiz o mesmo.
Quando nós entramos no palácio de Darkan e nos encaminhavámos para o Saguão de Blackdow, mil coisas se passaram pela minha cabeça.
"O que fazia um mero fazendeiro meio dos 'bárbaros'"?
E com esses pensamentos, eu seguia silenciosamente para o Saguão. Cherry estava triste e calada, mais eu percebia que ela olhava de relance para Dean, porém o mesmo a ignorava, como quem não conhecesse a mesma.
O que de errado com ele?
Quando adentramos, o Lundyer estava sentado em sua cadeira, com as costas viradas para nós, mais quando ele percebeu a nossa presença, virou-se imediatamente. O Dean e a Cherry estava em frente a sua mesa. ZK os empurrara para que se aproximassem. E quando ele olhou de relance para ambos, parou o olhar no governador LS, esperando explicações para o garoto estranho que ele vira, e imediatamente o governador LS explicou ao mesmo.

— Então você quer juntar-se a nós em meu exército? — Perguntou o Lundyer para Dean e ele assentiu sem encarar o mesmo.

Em seguida ele designou o seu dever como soldado calouro. Isso também era uma forma para testa-lo, se realmente ele era confiável o suficiente ou forte o bastante para sair em guerras ou missões como nós do Zections. Logo mais ele fez um sinal com a mão, para que o mesmo se retirasse e então ele veio até nós. O foco do Lundyer estava voltado na Cherry

— Bom princesa, acredito que você já saiba o porquê está aqui. — Continuou o Lundyer.

— Sim. Por causa do Pergaminho Sagrado. — Disse Cherry.

Eu temia que ela quisesse confrotá-lo e dizer que ele nunca abriria o Pergaminho Sagrado por mais que ele o tivesse em mãos, mais ela não fez isso. Logo mais ele encerrou a conversa e então fez um sinal para que ZK a levasse para fora do Saguão. E sei até para onde fora. Eu quis segui-la, mais sabia que iria levantar muitas suspeitas, então o Lundyer deu ordem para que o Dean e o OT a vigiasse, então eu relaxei.

═ೋೋ

Quando eu finalmente me livrei do questionário do Lundyer a respeito da minha "aventura" para encontrar a princesa, eu fui até uma cozinha e ordenei que uma criada fosse chamar o OT, e sem hesitar ela foi. E depois de alguns poucos minutos, OT aparece no corredor.

— O que você quer? Eu estou cumprindo ordens agora. — Perguntou-me ele.

— Relaxe. Eu só quero que você cuide da Cherry para mim. — Respondi.

— Eu não confio nesse Dean. Desde Crivel eu nunca gostei dele. — Completei e o mesmo revirou os olhos.

— Olha DC, eu não quero arriscar a minha pele por conta de seu "romancezinho" não. — Disse ele.

— OT, eu só estou pedindo para que você fique de olho nele. — Falei e então ele soltou um suspiro.

— Tudo bem. Mais eu só aceito porque eu também não fui com a cara dele. — Disse OT e então eu assenti.

— Mais alguma coisa a acrescentar? — Perguntou-me OT e eu balancei a cabeça em negativa.

Em seguida ele estava indo em direção a cozinha e então eu me apressei, fazendo-o parar.

— Para onde está indo? — Perguntei.

— Eu vou aproveitar que estou aqui e vou atrás do jantar, óbvio. — Respondeu o mesmo.

— Mais as criadas já levarão. — Falei.

— Eu sei. Mais você sabe que eu sou solidário. Então eu as ajudarei e pouparei do seu trabalho de ir até aquele lugar escuro e frio. — Disse ele com um sorriso e então eu rir.

— Nossa, como você tem um bom coração. — Falei e ele riu, seguindo o seu caminho até a cozinha, enquanto eu me dirigia para o meu quarto.

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