aquele do combate PT.1

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Em seguida o Chanceler reagiu e então pronunciou-se para a multidão.

— Isso é mentira! — Gritou ele.

— Foi tudo uma armação da princesa Celestia. — Continuou o mesmo e então eu sorri com ironia.

— Sério? E quanto a isso que eu encontrei nas suas coisas? — Perguntei ao mesmo enquanto erguia o frasco do remédio.

O Chanceler novamente ficou imóvel, mais logo ele voltou ao normal e com uma risada irônica.

— Fala do remédio do seu pai? — Perguntou-me ele.

— Hum... Então esse é o remédio do meu pai. Seria o mesmo que o rei Oliver tomou para se tratar? — Perguntei e então o mesmo assentiu.

— E o que esse remédio estava fazendo em seu quarto, não deveria está com o médico real? — Insisti.

— Olha princesa, eu não sei se você sabe. Mais entrar nos aposentos de uma pessoa sem o consentimento da mesma, é invasão. — Disse o Chanceler mudando de assunto e então um sorriso ladinho surgiu em meu rosto.

Em seguida, eu me encaminhei até o médico real, que estava aparentemente nervoso.
Eu fiquei de frente ao mesmo enquanto eu o encarava de forma firme e repreensiva, tanto que eu vi o mesmo engoli em seco.

— Do que é feito esse remédio, doutor? — Perguntei enquanto erguia o frasco para o mesmo.

— Bem... Ele é... Feito de uma erva medicinal do exterior. — Respondeu ele nervoso.

— Hum, é mesmo, e por acaso essa erva viria de Snoctum? — Perguntei novamente e então ele balançou a cabeça em negativa.

— Quais são os efeitos desse remédio? — Perguntei mais uma vez.

— Ele é bom para fraqueza e febres. Que são um dos principais sintomas da doença do seu pai. — Respondeu o mesmo.

— Entendi. Ele é bom para acalmar também? — Perguntei e então ele assentiu.

— Então porque o senhor não toma um gole. Você me parece muito nervoso. — Sugeri com um sorriso discreto no rosto enquanto erguia o remédio para o mesmo, e então ele tornou-se ainda mais nervoso, porém pegou o frasco de remédio da minha mão.

Ele estava segurando o frasco do remédio enquanto tentava conter as suas discretas tremidas. Todos da multidão o encaravam com desconfiança, inclusive a minha mãe, Carl e a Lady Blossom.

— Pode beber, doutor. — Falei e então ele ergueu lentamente o frasco até a sua boca, porém antes que ele virasse, ele parou de repente.

— Me perdoe, mais eu não posso fazer isso. — Disse ele com os olhos marejados.

— Isso é veneno. Feito da erva branca do sul. — Continuou o mesmo enquanto todos o encaravam assustados.

— Eles quem me obrigaram a fazer isso. — Concluiu o mesmo apontando para o rei George e o Chanceler.

A multidão gritava de ódio pelo rei George, o Chanceler e o médico real. Palavras como:
"assassinos", "mentirosos" e "traidores". Eram as mais ditas.
O rei George tomou a frente, tentando livrar-se da culpa, e enquanto ele falava o seu discurso de "inocência" a multidão já havia se acalmado e escutavam o mesmo com atenção.

— Tudo isso não passa de uma armação da princesa fugitiva para nos incriminar. — Disse o rei George apontando para mim.

— Ela quer se livrar da culpa, e então fez toda essa armação para que vocês acreditem nela e não em nós. — Continuou o mesmo.

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